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Traumatologia e Ortopedia
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Questões de Traumatologia e Ortopedia comentadas por área
About Lesson

Questão Trauma 001

Discussão:

Fratura da cabeça/colo do rádio

Entre 9-10 anos; sem diferença entre sexos. Movimento em valgo.

Ordem de ossificação: CRMOTL (Capitão Roy Manda Ordens em Todos os Legionários).

Ordem de fusão: CTL – R – O – M (ConTroLe do Rei Ordena Magistrados: Capítulo, Troclea, Epicôndilo lateral (juntos), cabeça do rádio, olecrano, epicôndilo medial).

Classificação de Chambers:

Grupo 1: desvio primário da cabeça.

A: SH 1 ou 2

B: SH 4

C: Metafisária

D: após redução do cotovelo

E: após luxação do cotovelo

Grupo 2: através do colo – variantes de Monteggia

Angular

Torsional

Grupo 3: por estresse

Osteocondrite dissecante

Tratamento:

<30 graus de desvio: conservador

>30 graus: reduzir fechado e conservador se <30.

Fixação percutânea: >30 graus de angulação residual, 3-4mm de translação, <45 graus de supinação e pronação.

RAFI: apenas se não obtiver redução fechada; maior incidência de necrose e rigidez.

Manobra de redução: Patterson: extensão; supinação; movimento em varo enquanto empurra a cabeça para redução.

Israeli: pronar o antebraço originalmente supinado, mantendo o cotovelo fletido; pressão direta estabiliza a cabeça do radio.

Com FK: Metaizeau. Inserção retrógrada através do foco de fratura; o fragmento é reduzido através da rotação do fio.

Questão Trauma 002

Discussão:

na fratura em galho verde, com relação ao desvio, a cortical contrária ao desvio sofre força de tensão e provoca o aspecto em galho verde; a outra cortical sofre força de compressão.

Questão Trauma 003

Discussão:

Alta especificidade: metafisária, processo espinhoso, costela na região posterior, esterno.

Média especificidade: múltiplas, em diferentes estágios epifisiólises, fratura ou luxação de corpo vertebral, dedos e complexas de crânio.

Baixa: subperiosteais, clavículas, diáfise de ossos longos e as simples de crânio.

Questão Trauma 004

Discussão:

A principal complicação do tratamento com TEN é dor no local de inserção das hastes, por dor local; elas têm menor resistência à flexão, apresentam maior deformidade axial e geram mais espasmo muscular. As deformidades residuais são geralmente irrelevantes.

Fratura da diáfise do fêmur:

É importante lembrar que o tratamento varia de acordo com a idade:

0-6 meses: Pavlik; se desviado, com encurtamento >2cm e angulação >30 graus, GPP.

6 meses a 5 anos: GPP; pode-se usar tração para fraturas muito instáveis ou com encurtamento >2cm.

5-11 anos: TEN é o tratamento predominante. Placa também é opção.

12 anos em diante: haste rígida de entrada trocantérica. O problema aqui não é lesar a fise, mas sim, lesar a circulação para a cabeça femoral pela entrada trocantérica.

Desvios aceitáveis:

questao trauma 004  

Bizu: faixa etária = separação do tratamento.

Para lembrar: CSE (ordem dos desvios) 30 30 15 15 20 20 e tira cinco de cada para cada linha.

Questão Trauma 005

Discussão:

Fratura supracondiliana de úmero:

5-7 anos, 3 homens:2 mulheres, membro não dominante.

2/3 das fraturas de cotovelo na criança, 1-7% lesão nervosa, 1% lesão vascular, pulso não palpável em 12-15%. Nervo mediano é o mais acometido, principalmente NIA.

Queda de altura: 70% dos casos.

Desvio medial: 75% dos casos (inserção medial do bíceps). Desvio medial: risco para o nervo radial.

Desvio lateral: risco para o nervo mediano e artéria braquial. Pode ocorrer aprisionamento no foco de fratura.

Desvio em flexão: nervo ulnar.

Classificação de Gartland:

Tipo 1: sem desvio.

Tipo 2: transladada, com algum contato cortical. Linha umeral não intersecciona o capítulo.

Tipo 3: rotura circunferencial da cortical, com desvio do fragmento.

Tipo 4 (adição posterior, não faz parte da original): instável inclusive quando imobilizado.

Apresentação clínica:

Pucker sign: desvio evidente, com fragmento proximal penetrando braquial e fáscia anterior.

Tratamento:

Gartland 1: tala posterior com 60-90 graus de flexão. Pronação e flexão excessivas diminuem o fluxo da braquial. Repetir RX em 3-7 dias e, se mantida redução, gesso circular com tipoia.

Principal causa de cúbito varo é fraturas 1 e 2 mal tratadas e tipos 3 não desviadas.

Gartland 2: muitas vezes fica estável após redução. Atentar para colapso medial para não levar a deformidade em varo. Edema importante, obliteração do pulso com flexão do cotovelo, lesão neurovascular, angulação importante e outras lesões do membros: fixação cirúrgica.

Gartland 3: isquemia distal ou falta de pulso ou compartimental: redução e fixação cirúrgica de urgência. Extremamente improvável de conseguir redução e estabilidade com tratamento conservador, especialmente porque só fica estável com mais de 120 graus de flexão, o que leva a isquemia.

Manobras de redução: extensão, supinação, desimpactar fragmento proximal; pode-se realizar manobra do leiteiro, puxando-se partes moles da região anterior do braço. Corrigir deformidade rotacional. Apoiar polegar no olecrano e condilos posteriormente, fazer força em flexão.

Bizus do kodão: rodar a escopia, e não o braço, para fazer perfil; obter um perfil absoluto do fragmento distal é mais fácil do que do fragmento proximal. Se desvio rotacional, pode-se fixar uma coluna adequadamente e rodar ao redor para corrigir. Buscar sempre a imagem de rabo de peixe. Prefere usar fios cruzados, com mini via medial, e evitar a fossa olecraniana.

Redução cruenta: diversas vias. A preferencial do Rockwood é anterior. Pode-se fazer lateral em caso de desvio posteromedial, ou medial, se posterolateral – de acordo com onde está roto o periósteo.

Avaliação vascular: ausência de pulso, com ou sem perfusão: reduzir e fixar. Aguardar 10-15 minutos no cc para avaliar. Se pulso não voltar, e não houver perfusão, abordar artéria. O local de lesão da radial geralmente é na altura da artéria supratroclear, entre pronador redondo e braquial.

Necrose avascular: pode ocorrer da tróclea; leva a deformidade em rabo de peixe com cúbito varo em todos os casos.

Questão Trauma 006

Discussão:

Fratura do côndilo lateral:

16,9% das fraturas do úmero distal. Associada a luxação do cotovelo, fratura da cabeça do rádio e fratura do olecrano.

Classificação de Milch: L42

Milch I: traço sai pelo sulco capítulo-tróclea (fragmento distal não inclui crista lateral da tróclea) – SH4

Milch 2: traço sai pela tróclea (fragmento distal inclui a crista lateral da tróclea) – SH2.

Fragmento permanece aderido ao rádio proximal e tanto o rádio quanto a ulna estão subluxados.

Desvio mais comum: posterolateral. A rotação do fragmento condilar é o principal fator patológico. Frequentemente limitação da extensão, hipercrescimento lateral, raramente desvio no plano axial.

Estágios do desvio:

1: sem desvio (<2mm, articulação intacta).

2: extensão para intra-articular; fragmento distal desvia e olecrano lateraliza.

3: rotação do fragmento, desviado para posterolateral, com translação do olecrano e cabeça do rádio.

TRATAMENTO: 40% conservador; fraturas com <24h, desvio mínimo (<2mm), com tala, tipoia, colar-cuff. Controle radiológico semanal; risco de redesvio associado ao acometimento articular da tróclea e lesão de partes moles.

RI + FPC: cotovelo em extensão, antebraço supinado, aplicar força em varo para manipular fragmento; não indicada para fratura estágio 3. Avaliar congruência e estabilidade após FPC; se redução não satisfatória, redução cruenta.

RC + FI: para estágios 2 e 3. 2 fios cruzados que podem ultrapassar a fise sem causar prejuízo. Preferencialmente inserir na metáfise. Se muito pequeno, inserir na epífise.

Retardo de consolidação: atraso ocorre em fratura com redução aceitável, devido a fatores como pobre vascularização do fragmento metafisário, liquido sinovial inibindo formação de calo, tensão exercida pela musculatura originada no fragmento condilar. Ocorre mais em pacientes com tratamento conservador.

Pseudoartrose: sequela mais comum = cúbito valgo por translação lateral. Necessita de redução do fragmento e correção da deformidade angular.

Complicações:

Osteofitose lateral: deformidade mais comum. Pseudovarismo.

Cúbito varo: incidência de até 40%, mais comum no tratamento cirúrgico, provavelmente por redução inadequada e hipercrescimento da fise lateral.

Cúbito valgo: deformidade menos comum, mínima limitação funcional.

Alteração de crescimento: deformidade em rabo de peixe: de ângulo agudo – após fratura, com subdesenvolvimento da crista lateral da tróclea; arredoindada: por osteonecrose da crista medial da tróclea.

Lesão nervosa aguda. Raro.

Lesão ulnar tardia: após cúbito valgo por consolidação viciosa ou pseudoartrose. Inicialmente alteração motora, depois sensitiva.

Parada de crescimento: tardiamente. Não há limitação nem deformidade.

Questão Trauma 007

Discussão:

Abaixo de 30 graus, pode-se imobilizar sem redução.

Acima de 30 graus, recomenda-se redução incruenta. Se redução para <30 graus, imobilizar; se não, ou se perda de pronossupinação para menos de 45 graus, ou translação >3-4mm, é indicada redução em centro cirúrgico e fixação percutânea. Preferencialmente não se deve abrir para reduzir, porém pode ser necessário.

Questão Trauma 008

Discussão:

A deformidade em varo acontece na maioria das vezes por redução inadequada da fratura, com rotação interna do fragmento.

A artéria braquial e o nervo mediano são os mais lesados no desvio lateral. No desvio medial, é o nervo radial. E na fratura em flexão, o nervo ulnar.

Na evolução com diminuição do pulso radial, deve-se realizar a redução e fixação percutânea no centro cirúrgico. Após observação por 15 minutos, se permanecer sem pulso e sem perfusão, deve-se prosseguir com arteriografia. Não se deve realizar arteriografia antes da redução e fixação, e o aumento da flexão piora a perfusão.

Questão Trauma 009

Discussão:

Fratura do rádio distal

Queda da própria altura com mão e punho em extensão; atividade esportiva; mais frequente no verão; fator de risco conhecido = obesidade.

Diagnóstico: RX = AP e Perfil – pode-se fazer o perfil com 15 graus de angulação proximal para se ver a fise no seu perfil verdadeiro.

Variância ulnar na criança é medida pela superfície da metáfise!

Fraturas fisárias: radial é mais comum que ulnar, mais comum em meninos, no membro não dominante, pico no estirão do crescimento. SH 2 é mais comum, depois SH 1. Redução com tração suave e flexão do fragmento distal. Maioria RI + gesso; fraturas desviadas com comprometimento neurológico = RF + FPC. RA + FK somente se SH 1 e 2 irredutíveis ou 3 e 4 com mais de 1mm de desvio após redução.

Fraturas metafisárias:

É o tipo mais comum de fraturas do rádio e ulna distais. Mais frequentemente no braço não dominante, pico de estirão do crescimento. 30% instáveis: fatores associados: técnica inadequada de gesso, aposição em baioneta, translação maior que 50%, Apex volar, angulação > 30 graus, fratura isolada do rádio, fratura do rádio e ulna no mesmo nível.

Classificação = volar e dorsal.

Desvio aceitável: sempre aceita mais no plano de movimento – sagital. Menino aceita mais que menina.

questao trauma 009  

Rockwood favorece fixação percutânea, por ser uma fratura que tende a instabilidade.

Redução aberta: fraturas expostas ou irredutíveis: desvio dorsal – interposição do periósteo volar ou pronador quadrado; desvio volar: interposição do periósteo dorsal e extensores.

Consolidação viciosa ocorre em até 30% dos casos com encurtamento em baioneta; PSA: rara; união cruzada: ponte óssea entre rádio e ulna; rara; FR: tratamento pela mesma via ou fraturas no mesmo nível.

Questão Trauma 010

Discussão:

A fratura fisária mais comum em bebês é SH1. As outras se tornam mais comum conforme os centros de ossificação se desenvolvem e formam as ondas fisárias.

Questão Trauma 011

Discussão:

A fratura do Toddler é uma fratura clássica da tíbia de pacientes que estão começando a deambular; ocorre com rotação externa do pé com joelho fixo, produzindo fratura em espiral da tíbia, sem fratura da fíbula. Ocorre em menores de 6 anos (média 27 meses), menino mais que meninas, perna direita mais que esquerda. Local mais comum de acometimento é a

metáfise distal. O tratamento é com imobilização com joelho fletido por 2 semanas, depois imobilização abaixo do joelho por 2 semanas com salto para deambulação.

Questão Trauma 012

Discussão:

As fraturas em deformidade plástica e galho verde acometem osso diafisário. A fratura por impacção da metáfise chama-se toro (como referência à parte superior das colunas romanas). Conforme a criança cresce, o osso laminar é substituído por lamelar, e ela para de ocorrer.

Questão Trauma 013

Discussão:

Por incrível que pareça, não foi Wolf. A lei de Wolf se relaciona com o remodelamento da diáfise; Harris-Park, à linha de parada do crescimento; Shapiro, à estimulação do crescimento em osso fraturado.

Pauwels descreveu que ambas as fises adjacentes a uma fratura tendem a se realinhar para ficar perpendicular às forças que agem através delas por um processo de crescimento assimétrico. O lado côncavo é estimulado a crescer mais rapidamente para alinhar a fise, de modo a ficar perpendicular com o eixo longitudinal da diáfise. Quando a fise está realinhada, ela reotnra, então, o crescimento simétrico.

Questão Trauma 014

Discussão:

Fratura luxação de monteggia:

Classificação de Bado:

Tipo 1: luxação anterior (70%) – luxação anterior da cabeça do rádio e fratura da diáfise da ulna.

Tipo 2: luxação posterior (6%) – luxação posterior da cabeça do rádio e fratura meta ou diafisária da ulna.

Tipo 3: luxação lateral (23%) – luxação lateral do rádio e fratura em galho verde da ulna.

Tipo 4: luxação anterior do rádio; fratura da ulna e do rádio no mesmo nível, ou distal do rádio em relação à ulna (1%?).

Na criança: primeiro ímpares, depois pares: 1-3-2-4. Bizu do batata: criança não anda direito. Dá um passo maior que a perna, depois volta, e ai anda direito.

No adulto: 2-1-3-4.

Classificação de Letts:

A – luxação anterior do rádio + deformidade plástica da ulna.

B – luxação anterior do rádio + galho verde da ulna

(ambos bado like 1)

C – luxação anterior do rádio + fratura completa da ulna – bado 1.

D – luxação posterior do rádio – bado 2.

E – luxação lateral do rádio – bado 3.

Fraturas equivalentes a Monteggia:

Tipo 1: luxação isolada da cabeça do rádio (pronação dolorosa); fratura isolada do colo do rádio; fratura do colo do rádio e da diáfise ulnar; fraturas do rádio e ulna com fratura do rádio acima da junção dos terços médio e proximal; fratura da diáfise da ulna com luxação anterior da cabeça do rádio e fratura do olecrano.

Tipo 2: luxação posterior do cotovelo.

Tipo 3: fratura ulnar com fratura desviada do côndilo lateral.

Tipo 4: não há.

O nervo mais afetado na Monteggia é o NIP.

Tratamento Bado 1: redução e tratamento conservador se ulna com menos de 10 graus de angulação e cabeça do rádio reduzida (geralmente reduz com a flexão de 90 graus; às vezes, leve pressão anterior. Para estabilizar, pode ser necessário deixar em 110-120 graus de flexão.

Tratamento cirúrgico é indicado em tentativa frustrada de reduzir a ulna e/ou cabeça do rádio (mais comum na tipo 3).

Tratamento Bado 2: crianças mais velhas. Reduzir ulna com tração longitudinal ou flexão de 60 graus. Rádio com redução espontânea ou pressão na face posterior. Imobilizar cotovelo em extensão ou 80 graus de flexão. Tratamento cirúrgico não tem critérios definidos, mas pode se basear no tipo 1.

Tratamento Bado 3: inchaço lateral, deformidade em varo. Muitas vezes necessária redução aberta da cabeça do rádio. Redução ulnar: extensão do cotovelo com tração longitudinal + valgo; cabeça do rádio reduz espontaneamente ou com pressão latearl. Gesso axilopalmar com cotovelo fletido: anterolateral ou lateral: 110-120; posterolateral: 70-80. Antebraço em supinação.

Tratamento Bado 4: a estabilização da fratura do rádio transforma a tipo 4 em tipo 1. Deve-se tentar a redução, principalmente se fratura em galho verde. Tratamento cirúrgico é com redução fechada e fixação intramedular com FK; em crianças maiores de 12 anos, usar placa no rádio pela via de Henry dá mais rigidez ao sistema.

Questão Trauma 015

Discussão:

Fratura do fêmur antes do início da marcha está associada a maus tratos em 80% dos casos.

Questão Trauma 016

Discussão:

Fratura de Tillaux é da porção anterolateral da tíbia distal, por avulsão pelo ligamento TFA. Mais comum em crianças próximas da maturidade esquelética, assim como a triplanar, e ocorre em 3-5% dos casos de fraturas do tornozelo infantil. Mecanismo de trauma: rotação externa com o pé em supinação. Classificada cmo SH3. A porção da fise que não é atingida sofre fechamento.

Questão Trauma 017

Discussão:

O bizu da classificação de Peterson é o 4479: a soma dele com o SH, na ordem do SH, tem de dar este números. Portanto: SH I = Peterson 3 (4); SH II = Peterson 2 (4); SH III = Peterson 4 (7); SH IV = Peterson 5 (9).

O Bizu da Aitken é: SH – 1. Portanto: SH 2 = Aitken I; SH 3 = Aitken 2; SH 4 = Aitken 3.

Por fim, a Poland é igual ao SH de 1 a 3. O 4 seria a soma do 1 + 3: fratura a fise e separa da metáfise.

Questão Trauma 018

Discussão:

O pico de incidência de fraturas fisárias é aos 14 anos em meninos e aos 11-12 anos em meninas. Acometem 2X mais meninos que meninas. É igual em ambos os membros, acomete mais distal do que proximal, e 70% acometem os MMSS.

Questão Trauma 019

Discussão:

Fatores de risco de maus tratos: separação, desemprego, morte na família, problemas financeiros, drogas, álcool. 2,8X maior nas famílias com 2 filhos não planejados, do que nas com filhos planejados. 5X maior quando a mãe usa cocaína. Jovens, pobres, isolados

socialmente; podem ocorrer, porém, em lares de qualquer classe social. 30% das mães já sofreram violência.

Crianças de risco são as mais novas: 50% < 1ano, 78% < 3 anos. Primogênitos, prematuros, adotivos e deficientes.

Questão Trauma 020

Discussão:

A fratura de canto, ou de alça de balde, é uma fratura associada a maus tratos, que ocorre no lado metafisário da fise, acima da zona de calcificação provisória. Se apenas na ponta, é considerada como corner fracture; se estende até o outro lado do osso é uma fratura em alça de balde. Causada por sacudidas violentas ou tração; como calo metafisário não ocorre de forma fidedigna, é difícil estimar o tempo. Contudo, se houver calo, a fratura tem pelo menos 14 dias.

Questão Trauma 021

Discussão:

Fraturas do fêmur proximal

Incomuns; alta energia (se baixa, considerar tumor ou doença metabólica). Relacionadas a outras lesões em 30%. Se acometer a fise do grande trocanter, pode resultar em coxa valga; se acometer a fise principal, coxa vara ou breve.

Classificação de Delbet e Colona:

Tipo 1: fratura através da fise (rara). A: sem deslocamento da cabeça femoral do acetábulo. B: cabeça luxada.

Tipo 2: transcervical (mais comum, 50%). Intracapsulares.

Tipo 3: linha intertrocantérica/basocervical (34%). Intra ou extracapsulares.

Tipo 4: transtrocanterianas.

Tratamento:

Tipo 1A (<2 anos): estável sem desvio: GPP; estável com desvio: RI + GPP; Instável: FK + GPP.

(>2 anos): sempre fixar: FK + GPP; se maiores de 10 anos, parafuso canulado sem GPP.

Tipo 1B: sempre fixar interno. Tentar RI 1 vez; se não der certo, abrir. Fixar com FK e GPP; se parafusos canulados, não precisa do GPP.

Tipos 2 e 3: redução anatômica e fixação interna para quase todos (exceção: tipo 2 sem desvio, estável, com menos de 5 anos). Tentar RI; se não der, RC pela via de Watson Jones. Sempre usar parafusos canulados. No tipo 2, pode-se cruzar a fise; se tipo 3, raramente precisa cruzar a fise.

Tipo 4: pode-se tentar RI e GPP se estável e desvio aceitável para menores de 4 anos. Para o resto, DHS pediátrico.

Complicações:

Osteonecrose – mais comum e mais grave. 1B > 2 > 3. Reduzir e estabilizar o mais precocemente possível (menos de 24h).

Crianças maiores de 10 anos têm pior prognóstico.

– Classificação de Ratliff:

1: toda a cabeça. Tipo 1: mais grave e mais comum.

2: parcialmente a cabeça.

3: só o colo (da linha de fratura até a fise).

Incidência de ON de acordo com o Delbet:

I: 38%; II: 28%; III: 18%; IV: 5%.

Questão Trauma 022

Discussão:

Qualidade da redução, estabilidade da fixação e fratura tipo I (b) de Delbet são fatores de risco para osteonecrose. O tempo para redução e fixação, porém, é de 24 horas.

Questão Trauma 023

Discussão:

Fraturas do úmero proximal

Podem ocorrer durante o parto; em crianças mais velhas, 2 mecanismos de trauma: direto e indireto.

6 mecanismos específicos: extensão forçada; flexão forçada; extensão/flexão + RE/RI

>50% associado a atividade esportiva

Exames de imagem:

AP + P + Axilar; sinal de Vanishing epiphysis – epífise se desloca para posterior e fica oculta pela diáfise – visto no AP. Epífise só é vita a partir do 6 mês de vida!

Classificação de Salter-Harris:

SH 1 – mais comum em menores de 5 anos

SH 2 – mais comum em maiores de 11 anos

è Metafisária: entre 5 e 11 anos.

Classificação de Neer:

1: até 5mm de desvio

2: de 5mm a 1/3 do diâmetro da diáfise

3: 1 a 2 terços

4: mais de 2/3.

Tratamento:

Maioria conservador.

Redução: Neer 3 e 4 em pacientes com mais de 11 anos; desvios significativos (20 graus) em pacientes com mais de 11 anos. Redução incruenta: abdução até 90 graus, flexão até 90 graus, rotação externa. Redução cruenta: via deltopeitoral (pode estar interposot periósteo ou tendão do bíceps). Fixar com FK.

Complicações: consolidação em varo; lesão neurológica; fratura de costela, pneumotórax; discrepância de membros; osteonecrose.

Questão Trauma 024

Discussão:

Incidência de Greesnpan, utilizada para avaliar fraturas da cabeça do rádio.

Questão Trauma 025

Discussão:

A manobra de Patterson envolve tração em supinação + movimento em varo + empurrar a cabeça para o lugar.

A manobra de Isareli consiste em, com o cotovelo fletido, pronar o antebraço e fazer pressão direta sobre a cabeça do rádio, o que a reduz.

Manobra de Parvin é para redução de luxação do cotovelo.

Manobra de Wallace envolve o elevador periosteal.

Questão Trauma 026

Discussão:

O mecanismo de trauma mais comum é força aplicada na face lateral do joelho com momento em valgo.

Questão Trauma 027

Discussão:

Bizu do vozera: eva 10

Em crianças menores de 8 anos, tudo vale 5, menos: Encurtamento, Varo, Antecurvo, que valem 10. (Como lembrar que é varo? Na EVA você mete Vara ou Valga?). E, acima de 8, não aceita nunca retrocurvo! (Nunca no reto!!)

questao trauma 027 

Questão Trauma 028

Discussão:

Fratura de tornozelo

Definir o tipo da fratura do tornozelo infantil é muito difícil e raramente é útil para alguma coisa. Mas cai em prova. Tem alguns bizus para a vida prática, que você nunca vai usar, porque fora do IOT você NUNCA vai classificar a fratura de tornozelo pelo Tachdjians, mesmo que você seja pezeiro.

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Supinação inversão: tem dois graus.

1 – SH1 da fíbula

2 – SH 1, 2, 3 ou 4 (mas as figuras geralmente mostram 4) da tíbia.

Supinação-flexão plantar:

É a fratura vista mais facilmente em perfil. Se mostrarem uma radiografia em perfil, certeza que é SFP. É uma SH 1 ou 2 da tíbia.

Supinação-Rotação Externa:

Ao contrário do adulto, começa pela tíbia, não pela fíbula.

1 – SH 2 da tíbia distal.

2 – traço metafisário tradicional de anteroinferior para posterossuperior da fíbula distal.

Pronação-eversão-rotação externa:

Fratura transversa metafisária da fíbula + SH 1 ou 2 da tíbia.

Guia prático:

Avalie a fíbula.

Sem fratura: pode ser uma SFP ou uma SRE1.

SH1: supinação-inversão. Conferir traço da tíbia, que será um SH 1-4.

Traço metafisário transverso: PERE.

Traço metafisário oblíquo de anteroinferior para posterossuperior: SRE2.

Avalie a tíbia:

SH2 visto no perfil: fechou em SFP.

SH 2 visto no AP e perfil, com extensão proximal e medial: SER 1 ou 2.

SH 1 ou 2 da tíbia distal:

se tiver SH1 da fíbula, é supinação inversão 2.

Se tiver traço metafisário da fíbula, é PERE.

Se tiver o traço oblíquo tradicional da fíbula, é SER 2.

Questão Trauma 029

Discussão:

Fratura triplanar é causada por rotação externa.

Questão Trauma 030

Discussão:

Lesões da mão e carpo da criança

25% das lesões pediátricas.

Pico de incidência na adolescência devido a esportes; segundo pico é até os 3 anos por esmagamento. D = E, H>M. Áreas mais comuns: não fisária = falange distal; fisária = falange proximal. Indicador e mínimo são os fraturados com maior frequência.

Falange distal: local mais frequente de lesões; esmagamento e hiperflexão.

Falange proximal: osso com maior frequência de fraturas. Nas fraturas diafisárias de falanges, aceita-se angulação de até 20-25 graus no plano de movimento em menores de 10 anos, 10-15 graus nos maiores de 10 anos. No plano coronal, o limite é 50% menor.

Metacarpos: região mais comum de fratura é o colo.

Carpo: escafoide também é o mais frturado em crianças; pico aos 15 anos. Muito raras em menores de 10 anos. Trauma direto é o mais comum, assim como fratura do polo distal (tipo A). RAFI indicada se desvio >1mm ou angulação >10 graus.

Polegar do dançarino de Break: fratura do canto ulnar da base da falange proximal do polegar, com instabilidade ulnar. Após dançar break. Tratamento com RAFI. Não confundir com a lesão do guarda-caças, que é do LCU da MF do polegar.

Questão Trauma 031

Discussão:

Meninos mais que meninas

Maioria em extensão

Desvio medial, queda com antebraço pronado, reduz em pronação (regra do polegar de zanfa), risco de lesar o radial.

Desvio lateral, queda com antebraço supinado, reduz em supinação, risco de lesar o mediano.

Questão Trauma 032

Discussão:

Caso seja necessária redução aberta, a via de eleição é anterior. A via posterior apresenta morbidade extrema e má visualização da superfície articular. Pela via anterior é possível reparar as estruturas neurovasculares e estabelecer uma boa redução.

Questão Trauma 033

Discussão:

Trata-se de uma Poland 4. A classificação de Poland é igual SH de 1 a 3; a 4 é igual a SH 1 + 3 (portanto, através da fise e com separação fise-metáfise).

Questão Trauma 034

Discussão:

Fraturas da espinha tibial

Avulsão condroepifisária do LCA. Causada por valgo e RE da tíbia, ou por hiperflexão.

Classificação de Meyers e McKeever:

Tipo I – sem desvio -> tratamento com gesso.

Tipo II – desvio, mas preso -> artrocentese mais gesso ou FI

Tipo III – desvio e solto -> artrocentese mais gesso ou FI

Zaricznyj fez uma adição posterior à classificação com o tipo IV: cominuição do fragmento da eminência tibial. É um artigo de 1977, mas todo mundo caga mole para ele. Em uma pequena frase da preferência do autor, ele diz que “prefere fixação epifisárias com parafusos canulados se o fragmento é grande, ou sutura se o fragmento é pequeno ou cominuto”. Mas ninguém nunca mais menciona esta grande contribuição polonesa à classificação.

Questão Trauma 035

Discussão:

Ordem de frequência: 2>3>4>1

Ordem de complicações (ON): 1>2>3>4

Ratliff: mais comum e pior prognóstico = 1 (toda a cabeça)

A principal complicação é ONCF. Pode ocorrer coxa valga se acometer fise do trocanter maior, e vara, se acometer a fise principal.

Questão Trauma 036

Discussão:

Discrepância dos membros só ocorre se não forem respeitados os parâmetros aceitáveis de redução. De outra forma, não, pois não acomete a fise.

Questão Trauma 037

Discussão:

Luxação posterior sem fratura é um bado-like 2.

Questão Trauma 038

Discussão:

Letts A = luxação anterior da cabeça do rádio + deformidade plástica da ulna

Letts B = luxação anterior da cabeça do rádio + fratura em galho verde

Letts C = luxação anterior da cabeça do rádio + fratura completa

Questão Trauma 039

Discussão:

Fraturas da clavícula em idade escolar ocorrem tipicamente por queda com força compressiva lateral contra o ombro. Atividades típicas: queda de brinquedos do playground, bicicleta e atividades esportivas.

Alternativamente, e menos comum, um trauma direto contra a clavícula pode fratura-la.

A queda clássica com a mão estendida não gera força suficiente para fraturar a clavícula.

Vale lembrar:

Fratura em neonatos: estima-se que atinja 4,4%, porém provavelmente é subdiagnosticada. Deve ser diferenciada da rara pseudoartrose congênita de clavícula, que é invariavelmente à direita, exceto em caso de dextrocardia.

Toddlers podem fraturar por queda de altura ou lesões por maus tratos (4 vezes mais frequente do que na população em geral, cuja incidência e´1%).

Adolescentes: similar a escolares, e também mecanismos de alta energia ou atletismo competitivo. AVA são uma causa comum de alta energia, gerando politraumas como adultos. Em esportes competitivos, podem ocorrer em esportes de colisão, como futebol americano, ou muito menos comumente fratura por estresse.

Atividades que podem levar a fratura por estresse da clavícula são: remo, mergulho, baseball, ginástica, entre outros.

Questão Trauma 040

Discussão:

A maioria das deformações plásticas e fraturas incompletas diafisárias radiais e ulnares podem ser tratados por redução fechada e imobilização gessada em pacientes esqueleticamente imaturos. Deformidades plásticas significantes podem limitar rotação do antebraço e ter aparência cosmética de serpentina que não remodela se não for realizada redução fechada.

Correção da deformidade plástica geralmente requer um alto grau de aplicação de força, com um fulcro ou através do joelho. Desta forma, a redução geralmente é realizada no centro cirúrgico sob anestesia geral. Isto permite o teste da rotação do antebraço adequadamente e se dor, para se ter certeza de que a redução está adequada.

Questão Trauma 041

Discussão:

Bizu da classificação de Peterson: 4479.

Peterson 1: fratura transversa da metáfise com extensão longitudinal à fise. Geralmente vista no rádio distal.

Peterson 2: igual SH 2.

Peterson 3: igual SH 1

Peterson 4: igual SH 3

Peterson 5: igual SH 4.

Peterson 6: fratura exposta com perda da fise.

Questão Trauma 042

Discussão:

Por serem associadas a lesões de alta energia como acidentes de trânsito e esportes motorizados, lesões viscerais ocorre em aproximadamente 5% dos pacientes. Outras lesões musculoesqueléticas associadas ocorrem em 10-15% dos pacinetes. Lesão ligamentar do joelho é a mais comum. Instabilidade do joelho é diagnosticada em 8 a 37% dos pacientes e é tipicamente diagnosticada após consolidação da fratura com o início da reabilitação e retorno a atividades. SH3 do côndilo femoral medial são mais frequentemente associadas a lesão do LCA.

Fraturas expostas e lesão vascular ocorrem em 3%. Lesão do nervo fibular, em 2 a 7%.

Questão Trauma 043

Discussão:

A avulsão do LCU na base da FP do polegar é similar à lesão de guarda-caça do adulto. O mecanismo de trauma, achados radiográficos, sintomas físicos são similares aos do adulto.

Entretanto, o padrão de fratura é usualmente uma SH3, uma vez que o ligamento permanece preso ao fragmento epifisário.

Questão Trauma 044

Discussão:

Se esta realmente for uma questão sobre LAC infantil, o mais comum é a clavícula se soltar do periósteo, gerando algo semelhante a uma LAC de adulto. A classificação não menciona fratura, mas no começo desta parte do capítulo o autor cita que muitas supostas fraturas da clavícula distal são na realidade um deslocamento fisário.

No caso de fraturas tipo III da clavícula distal, é distal aos ligamentos coracoclaviculares e se estende até a articulação AC. Isto seria um SH III ou IV.

O gabarito que nos mandaram considera a III como correta.

Questão Trauma 045

Discussão:

Fraturas do epicôndilo medial são relativamente comuns; 10% de todas as fraturas de cotovelo na criança. Maioria entre 10 e 14 anos e meninos (mais de 75%). Lembrar que o epicôndilo medial é o último a se fundir, de forma que a maioria desta lesões é fisária!

Questão Trauma 046

Discussão:

Galho verde com ápice dorsal: hiperpronação

Galho verde com ápice volar: hipersupinação

Questão Trauma 047

Discussão:

O mecanismo clássico é a tração axial com o antebraço pronado, levando à subluxação da cabeça do rádio.

Questão Trauma 048

Discussão:

Dano à superfície osteocondral do talus pode ser causada por trauma direto ou osteocondrite dissecante. A lesão medial é geralmente mais profunda e em forma de taça, em comparação com a lateral que é mais fina em forma de bolacha. A lesão lateral é mais comumente associada a trauma e mais sintomática que as lesões mediais. A medial se deve mais a microtraumas repetitivos. O talus anterolateral acerta o aspecto medial da fíbula com a dorsiflexão e inversão, e flexão plantar e inversão causam lesões osteocondrais posteromediais.

56%-74% das lesões são mediais, e 21-44%, laterais; 1% centrais.

Questão Trauma 049

Discussão:

O segundo metatarsal é o osso mais comum no pé a apresentar uma fratura por estresse. Ocorre geralmente no colo do metatarso, na junção da metáfise com diáfise. O tratamento envolve repouso e carga parcial em Robofoot por 4-6 semanas.

Questão Trauma 050

Discussão:

Bado 1: fratura do terço médio ou proximal da ulna com luxação anterior da cabeça do rádio e ápice anterior da ullna.

Bado 2: fratura do terço médio ou proximal da ulna,c om Apex usualmente posterior, e luxação posterior da cabeça do rádio e geralmente fratura da cabeça do rádio.

Tipo 3: fratura da ulna distal ao processo coronoide com luxação lateral da cabeça do rádio.

Tipo 4: fratura o terço proximal ou médio da ulna, luxação anterior da cabeça do rádio e fratura do terço proximal do rádio abaixo da tuberosidade bicipital.

Lembrar que a ordem de frequência na criança é: 1-3-2-4. E, no adulto, 2-1-3-4.

Questão Trauma 051

Discussão:

O mecanismo de trauma de fratura de ossos do antebraço é uma queda com a mão estendida. Estudos biomecânicos mostraram que a junção dos terços médio e distal da diáfise do rádio e uma porção substancial da diáfise da ulna têm vulnerabilidade aumentada à fratura.

Questão Trauma 052

Discussão:

As fraturas transcervicais do tipo II ocorrem em 45-50% dos casos. A tipo III (basocervical, ou na linha intertrocantérica) são a segunda mais comum (34%). Não confundir com a osteonecrose: o padrão mais grave e mais comum de Ratliff é o tipo I.

Questão Trauma 053

Discussão:

A fratura quase patognomônica de abuso infantil é a LMC (lesão metafisária clássica), comumente chamada de fratura do canto ou de alça de balde.

Questão Trauma 054

Discussão:

O trauma em hiperextensão ocorre com queda com a mão espalmada com ou sem força em varo ou valgo. Se a mão está pronada, ocorre desvio posteromedial (regra do Baré: Siga o Polegar!). Se a mão está supinada, ocorre desvio posterolateral. O desvio posteromedial é mais comum; desvio medial do fragmento distal ocorre em aproximadamente 75% dos pacientes.

Questão Trauma 055

Discussão:

Acredita-se que a tíbia valga pós fratura se deve a uma lesão a placa tendínea da pata de ganso. Sugere-se que a pata de ganso segura o aspecto medial da fise, assim como a fíbula afeta o aspecto lateral. Alguns autores acreditam que a fratura proximal da tíbia lesa a placa do tendão, produzindo uma perda deste efeito. Isso leva a um sobrecrescimento medial e uma hemicondrodiastase. Exploração da fratura, seguida pela remoção e reparo do periósteo dobrado que forma a fundação da placa tendínea da pata de ganso, sugere-se que possa reduzir o risco de deformidade em valgo do desenvolvimento.

Questão Trauma 056

Discussão:

Fraturas da TAT geralmente ocorrem em crianças mais velhas, geralmente em esportes de salto, assim como basquete. Estas fraturas foram classificadas por Watson-Jones como tipo I – fragmento pequeno desviado superiormente; tipo II – framento maior envolvendo o centro secundário de ossificação e da fise proximal da tíbia, que é dobrado para cima; tipo III – fratura que passa proximal e posteriormente através da fise e da superfície articular da tíbia (SHIII).

Ogden subdividiu estas do tipo III em rotacional, cominuta ou epifisária. Tais fraturas, se ocorrem em pacientes mais novos, devem ser reduzidas anatomicamente e fixadas, se não podem levar a para do crescimento e deformidade em hiperextensão.

Frankl descreveu a tipo IC – fratura avulsão da tuberosidade tibial com ruptura do tendão patelar na sua inserção proximal.

Ryu e Debenham sugeriram um tipo IV, na qual a linha de fratura da TAT estende completamente através da fise tibial em um padrão SHI.

Donahue subdividiu em: IVA – lesão estritamente fisária; IVB, fragmento metafisário posterior, compatível com SHII.

Curtis e McKoy descreveram um tipo V – fratura tipo IV associada a um SH3, formando um Y.

Questão Trauma 057

Discussão:

HIM podem ser usadas em pacientes com 9 anos ou mais velhas e um canal intramedular de diâmetro maior que 8.5mm.

Questão Trauma 058

Discussão:

A melhor indicação para tratamento cirúrgico no caso é fratura fisária desviada com neuropatia do mediano e edema volar de partes moles significativo. Estes estão em risco de desenvolver SCA. O periósteo volar lesado permite que o sangramento fraturário disseque nos compartimentos volares do antebraço e túnel do carpo. Um gesso moldado excessivamente neste local pode aumentar a pressão perigosamente.

Questão Trauma 059

Discussão:

As falanges representam o local mais comum de lesões fisárias.

Questão Trauma 060

Discussão:

Luxações inferiores podem ocorrer com flexão excessiva prolongada; hiperflexão também pode levar a neuropatia do nervo femoral; lesão do plexo braquial pode ocorrer pelas faixas dos ombros; subluxações do joelho, por colocação errada das tiras nos MMII. Lesões de pele nas regiões de cristas e fossas poplíteas, se não tomar cuidado em manter limpo e seco.

A consequência mais danosa do Pavlil é lesão à cabeça cartilaginosa do fêmur e da placa fisária proximal, geralmente secundária a força em abdução, ou ao uso continuado do pavlik apesar da falha da redução, em luxação completa.

Questão Trauma 061

Discussão:

Pronação dolorosa

Comum em crianças jovens. Idade média de 2 a 3 anos, mas já foi relatada em crianças de dois meses. Raramente ocorre após 7 anos. 65% meninas, cotovelo esquerdo em 70%.

Ocasionado por tração longitudinal do cotovelo estendido e pronado. Também pode ocorrer em crianças com menos de 6 meses que rolam pela cama sobre o cotovelo estendido preso sob o corpo.

A dor pode ser referida no ombro, mas é principalmente irradiada para o punho.

Recorrência ocorre em 5 a 39% dos casos; crianças com 2 anos de idade ou menos parecem apresentar o maior risco de recorrência. Subluxação recorrentes geralmente respondem ao mesmo procedimento de redução; cessam eventualmente após os 4 a 5 anos, quando o ligamento anular se torna mais resistente e a frouxidão ligamentar cessa. Recorrência não leva a nenhuma sequela de longo prazo. Se a subluxação recorrente eventualmente impacta a qualidade de vida do paciente devido a dor ou atividade limitada, imobilização em um gesso acima do cotovelo com o antebraço em supinação ou posição neutra por 2 a 3 semanas geralmente é o suficiente para evitar recorrência.

Questão Trauma 062

Discussão:

Deve-se pensar sempre que a lesão vascular ou nervosa se relaciona à tração da estrutura, que fica apoiada no fragmento proximal e pode ser rasgada.

Desta forma, desvio medial põe em risco o nervo radial; desvio lateral põe em risco o nervo mediano e a artéria braquial.

Questão Trauma 063

Discussão:

Redução fechada de deformidade plástica consiste em aplicar uma força transversa direta proximal e distal ao ápice da curva, com este apoiado sobre uma toalha enrolada. Geralmente realizado sob anestesia geral. Como pode ocorrer em vários planos, deve-se realizar força sequencial aplicada sobre a deformidade em ambos os planos. Evitar pôr forças sobre as fises.

Com a aplicação de 20 a 32kg, a deformidade corrige gradualmente em 2 a 3 minutos. Se o outro osso estiver fraturado, é tratado por um método fechado ou aberto que teria sido escolhido independentemente da deformidade plástica.

Gesso axilopalmar com cotovelo em 90 graus de flexão e na rotação apropriada; 6 a 8 semanas.

Reduzir o osso mais deformado primeiro. Aplicar força gradualmente para prevenir fratura.

Questão Trauma 064

Discussão:

Contusão do quadríceps na criança

Se a força do trauma for grande o suficiente, pode ocorrer hematoma, seguido da formação de tecido de granulação ao longo das próximas semanas, que pode maturar em uma cicatriz densa de colágeno que levaria a disfunção importante. Desta forma, esta lesão deve ser reconhecida precocemente para evitar problemas de longo prazo.

Ocorre edema da coxa, dor e perda da flexão do joelho nos estágios iniciais da hemorragia.

Iniciar com PRICE; depois, ADM ativa e delicada. Alongamento passivo para aumentar a flexão do joelho não é permitido e piora o sangramento e formação de cicatriz. Fortalecimento progressivo e exercícios são permitidos após atingir 90 graus de flexão. Contusões moderadas a graves levam 4 a 6 semanas, na média, para curar antes do retorno a participação de esportes. Participação total em esportes é permitida após atingir 120 graus de flexão e ao menos 80% da força da perna contralateral e a agilidade funcional necessária.

Complicações da contusão incluem a SCA (muito rara) e miosite ossificante (ocorre em até 20%), que geralmente não provoca nenhum déficit, apesar das imagens radiográficas.

Perda de flexão do joelho e dor podem ocorrer raramente devido à miosite ossificante.

Questão Trauma 065

Discussão:

Classificação de Torode e Zieg:

I: fratura avulsão

II: fraturas da asa do ilíaco, sendo:

A: separação da apófise do ilíaco

B: fratura da asa do ilíaco

III: fratura simples do anel, sendo:

A: anterior

B: anterior e posterior.

IV: lesões instáveis, sendo:

A: Straddle (fratura dos ramos púbicos bilateralmente, superior e inferior.

B: fraturas envolvendo o ramo púbico anterior ou sínfise púbica e elementos posteriores

C: fratura que criem um segmento instável entre o anel anterior da pelve e o acetábulo.

Consolidação viciosa é a complicação mais comum da fratura do anel pélvico.

Lesão da cartilagem trirradiada é a complicação mais comum da fratura do acetábulo.

Questão Trauma 066

Discussão:

Força indireta: queda com a mão espalmada

Força direta: no aspecto lateral do ombro. Na maioria dos casos, esta força é posterolateral.

Questão Trauma 067

Discussão:

Persistência da luxação da cabeça do rádio em uma fratura de Monteggia indica consolidação viciosa da ulna. No tratamento cirúrgico da sequela, deve-se tentar reduzir a cabeça do rádio (o que praticamente nunca dá certo); sendo esta irredutível, procede-se com osteotomia no ponto de maior desvio da ulna. Pode ser necessária ou reconstrução ligamentar.

Questão Trauma 068

Discussão:

O mecanismo mais comum de fratura é com valgo e rotação externa da tíbia; entretanto, também pode ocorrer com hiperflexão, hiperextensão ou rotação interna da tíbia.

A classificação se baseia no grau de desvio do fragmento:

Tipo I: mínimo desvio

Tipo II:Desvio do terço ou metade anterior do fragmento avulsionado

Tipo III: separação completa.

Questão Trauma 069

Discussão:

O prognostico do crescimento depende da localização da fratura na fise. Se a fratura é limitada à camada hipertrófica, a recuperação geralmente não apresenta complicação. Se a linha de fratura envolve a zona de repouso ou afeta múltiplas zonas da fise, distúrbio do crescimento é bem mais provável. Formação de barras pode ocorrer quando as camadas da fise não são realinhadas, e barras ósseas formam entre os ossos da metáfise e da epífise.

Fraturas SHV envolvem a compressão ou esmagamento da fise. Elas são raras e difíceis, se não impossíveis, de diagnosticar adequadamente devido à falta de sinais radiológicos. Elas geralmente só são diagnosticadas após o desenvolvimento de distúrbios do crescimento.

Deve-se privilegiar tração – 90% – em detrimento de translação – 10% – na redução de fraturas fisárias. Deve-se evitar manipulação forçada e raspar a fise em fragmentos meta ou epifisários. Se a fratura não consegue ser reduzida com duas tentativas sem anestesia geral, deve-se proceder a esta. Se deformidade importante persistir após redução fechada, especialmente na SH3 ou 4, deve-se utilizar RAFI.

Estresse repetitivos em cisalhamento ou compressão à fise podem causar irregularidade e esclerose da metáfise e alargamento da fise sem separação e podem levar a fechamento prematuro se o estresse persistir.

Questão Trauma 070

Discussão:

Fraturas da diáfise do fêmur são comuns no abuso e, apesar de não específico, são sempre suspeitas de abuso em crianças não deambuladoras – e frequentemente o são de fato. Mesmo em crianças não deambuladoras, porém, fratura da diáfise do fêmur é relacionada a abuso em 42% dos casos apenas.

Questão Trauma 071

Discussão:

Desvio medial ocorre em 75%. A lesão das estruturas é por estiramento, sendo assim: desvio medial – artéria radial. Desvio lateral – nervo mediano e artéria braquial.

5-7 anos, 3 meninos para 2 meninas, pulso não palpável em 12-15%.

Questão Trauma 072

Discussão:

O problema de usar dois pinos laterais é que a fixação é menos segura biomecanicamente que dois fios cruzados. Dois fios laterais ainda podem permitir a rotação da fratura. Os dois pinos laterais devem cruzar do lado de fora do córtex do fragmento distal e devem divergir e passar a fratura bem distante um do outro conforme penetram o córtex medial. A maioria dos relatos mais recentes indica a passagem de dois fios cruzados.

Questão Trauma 073

Discussão:

Na fratura do rádio distal, como evidencia a figura, ocorre a aproximação do fragmento radial em direção à ulna pela tração do pronador quadrado.

A figura também dá a entender, mas não descreve, que ocorre uma pronação, ou ao menos tração para ulnar, do fragmento proximal pelo pronador redondo.

questao trauma 073  

Questão Trauma 074

Discussão:

Clássica. SH2 no perfil e 3 no AP.

Questão Trauma 075

Discussão:

A fratura transepifisária com deslocamento na criança é a 1B de Delbet e Colona. Classicamente a incidência de osteonecrose na tipo 1 é de 38%, mas isso é uma média, pois estima-se que a incidência seja baixa (próximo de 10%) na Ia e próximo de 100% na 1b.

De qualquer forma, a incidência mais alta encontrada na questão (e mais próxima de 38%, que é o jogo mais seguro) é 43%.

Questão Trauma 076

Discussão:

Fraturas SH3 são raras e podem ser causadas por lesão em compressão ou uma avulsão da origem radial dos ligamentos radiocarpais volares.

Questão Trauma 077

Discussão:

O tipo IV de Torode e Zieg apresenta lesões instáveis do anel:

IVa: Straddle (lesões dos ramos púbicos superiores e inferiores bilaterais).

IVb: envolvendo ramo púbico anterior ou sínfise púbica e os elementos posteriores (articulação sacroilíaca, ala sacral).

IVc: fraturas que criam um segmento instável entre o anel anterior da pelve e o acetábulo.

Questão Trauma 078

Discussão:

A dor é mais pronunciada na pronossupinação do que na flexoextensão.

Questão Trauma 079

Discussão:

A interposição do corno anterior do menisco medial ou ligamento intermeniscal pode bloquear a redução.

Questão Trauma 080

Discussão:

Chaput é um fragmento fisário anterolateral da tíbia distal. Portanto, é uma SH3.

Questão Trauma 081

Discussão:

Em pacientes com fratura fisária desviada posteriormente, o sinal do desaparecimento da epífise foi usado para descrever aa aparente ausência do centro pequeno de ossificação epifisária, que fica atrás da metáfise proximal.

Questão Trauma 082

Discussão:

A fratura do côndilo lateral é facilmente observada radiograficamente, se o capítulo estiver bem ossificado e se a fratura for desviada. Incidências obliquas podem auxiliar o diagnostico se a fratura é não desviada ou minimamente desviada. Se o capítulo não estiver ossificado, ou se a fratura é lateral ao sulco troclear, pode ser difícil diferenciar de luxação do cotovelo ou fratura tibo I da fise distal do úmero.

Questão Trauma 083

Discussão:

Tipo 1: mais frequente na criança

Tipo 2: mais frequente no adulto

Tipo 3: segunda mais frequente na criança e muito rara no adulto

Tipo 4: rara/inexistente na criança e acomete alguns adultos

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