Questão Miscelânea 001
Discussão:
A queixa clínica é característica de tumor glômico, especialmente sensível à exposição ao frio ou até mesmo ao toque. Mais comum em mulheres que em homens, 2-3% são múltiplos (neste caso, mais comum em homens) e pode ser tratado com ressecção marginal.
O glomus é responsável pelo controle de temperatura e vasomotor local.
Questão Miscelânea 002
Discussão:
Paranício: inflamação da polpa digital. O agente mais comum é S aureus. O tratamento é com ATB + incisão para drenagem.
Paroníquia: infecção em torno da unha. O agente mais comum também é o S aureus. Se abscesso sob um canto da unha, remover o canto; se já invadiu o outro lado, fazer segunda incisão, rebater a pele, remover o terço proximal da unha e deixar a ferida aberta por 48h para drenagem.
Paroníquia crônica é por exposição prolongada a água; eponíquio espessado e proeminente.
Questão Miscelânea 003
Discussão:
Tenossinovite de DeQuervain
Tenossinovite do primeiro compartimento (Abd. LP, ECP)
Mulher (6-10 vezes mais), 30-50 anos.
Associado a LER e AR
Dor no estiloide radial, espessamento do compartimento, Filkenstein +.
Tratamento conservador: imobilização e repouso.
Cirúrgico: liberação do compartimento.
Causas de falha: formação de neuroma, subluxação volar, falha em achar e liberar um tendão aberrante, hipertrofia da cicatriz.
Vale lembrar a ordem dos tendões dos compartimentos extensores, do 1 ao 6:
Longo – Curto (Abd LP, ECP)
Longo – Curto (ERLC, ERCC)
Longo (ELP)
Dedos
Mínimo
EUC
Questão Miscelânea 004
Discussão:
Cisto sinovial da mão
Causa mais comum e massa focal na mão.
Originado de sinóvia das articulações ou bainhas dos tendões; pode levar a estalos ou dedo em gatilho.
Local mais frequente é no ligamento escafossemilunar dorsal, geralmente entre o 2 e 4 compartimentos extensores.
Segundo local mais frequente: palmar, imediatamente radial ao FRC.
Dorsais: firmes, lisos, flutuantes e redondos.
Volares: redondos, duros e dolorosos.
Tratamento: taxa de cura de 94% com remoção sob anestesia geral
Anestesia local + torniquete: 84%
Ruptura por pressão ou agulhamento após injetar corticoide: 65%.
Questão Miscelânea 005
Discussão:
O sinal mais significante, segundo o autor, é dor à palpação da bainha flexora. Se com menos de 48 horas de sintomas, a doença pode ser tratada com antibióticos e tala. Se mais do que isso, é indicado tratamento cirúrgico. A bactéria mais encontrada é S. aureus, mas também podem ser encontrados estreptococos.
Questão Miscelânea 006
Discussão:
Todas as opções são possibilidades válidas de tratamento. O Campbell afirma que em menos de 48 horas da lesão ainda é possível tratamento clínico.
Questão Miscelânea 007
Discussão:
DeQuervain
Tenossinovite do primeiro compartimento (ECP + AbLP)
30-50 anos, mulheres (6-10 vezes mais)
LER e AR
Questão Miscelânea 008
Discussão:
Artrite psoriática
Espondiloartropatia soronegativa com 5 padrões:
Artrite assimétrica oligo/monoarticular, afetando IFD, IFP, MCF
Artrite predominante da IFD
Artrite mutilante
Poliartrite simétrica soronegativa
Espondiloartropatia psoriática
Afeta 5-20% dos pacientes com psoríase, igualmente homens e mulheres. HLAB27 em 50%.
Rash cutâneo com placas prateadas sobre superfícies extensoras; tipicamente precede o envolvimento articular.
Dactilite (dedo em salsicha), onicodistrofia, onicólise, artrite mutilante (mãos de óculos de ópera – o osso diminui, e a pele que sobra faz dobras transversais, como se retraídas umas nas outras, como um óculos de ópera), uveíte crônica, entesites.
Radiografias: acrólise das falanges distais, deformidade clássica de lápis no copo da falange distal (destruição simultânea da cabeça da falange média e alargamento da base da falange distal), pequenas erosões articulares ou fusões, periostite fofa, acro-osteólise.
Questão Miscelânea 009
Discussão:
Encondroma é o tumor primário ósseo mais comum da mão. Condrossarcoma, por consequência, é o tumor maligno primário ósseo mais comum da mão. No caso de metástases, a principal fonte é o tumor broncogênico.
Lipoma é o tumor sólido mais comum da mão. TGC da bainha tendínea é o segundo tumor sólido mais comum da mão.
Questão Miscelânea 010
Discussão:
Classificação da função muscular após lesão de nervos periféricos.
M0 – sem contração
M1 – contração muscular proximal, mas não distal
M2 – contração miuscualr proximal e distal
M3 – retorno de função em musculatura proximal e distal de forma que a força de todos os músculos importantes é suficiente para agir contra resistência.
M4 – como M3, porém todos os movimentos sinérgicos e independentes são possíveis.
M5 – recuperação completa.
Questão Miscelânea 011
Discussão:
Tipo 1: Distrofia simpaticorreflexa: dor, incapacidade funcional, disfunção autonômica, alterações distróficas sem clínica de lesão de nervo periférica
Tipo 2: causalgia: dor, incapacidade funcional, disfunção autonômica, alterações distróficas com diagnóstico de lesão de nervo periférica.
Tipo 3: outros problemas de disfunção dolorosa: por exemplo, dor miofascial.
Questão Miscelânea 012
Discussão:
Lesões articulares ocorrem em 5% dos pacientes com psoríase. A grande maioria das lesões de pele precede alterações articulares; em 10-15%, porém, ocorrem após.
Questão Miscelânea 013
Discussão:
O sexo feminino é o mais acometido; dor agravada por movimentos do polegar; pico de ocorrência entre 40-50 anos.
Infiltração com corticoide pode levar a necrose e descolorimento da pele.
Questão Miscelânea 014
Discussão:
Síndrome da intersecção
A síndrome da intersecção é o atrito entre os tendões do primeiro e segundo compartimentos extensores.
Apresenta-se como edema em uma região normalmente já elevada, 4cm proximal à linha articular do punho. Pode apresentar eritema e crepitação em casos graves. Particularmente comum em remadores e levantadores de peso.
Tratamento inicialmente conservador, com modificação das atividades, tala em 15 graus de extensão. Pode-se fazer infiltração com corticoide no segundo espaço extensor. A maioria se
mantém assintomática. Dor persistente: liberação cirúrgica da fáscia profunda do segundo compartimento extensor.
Questão Miscelânea 015
Discussão:
Lesão benigna do osso, bem descrita na mão e rádio distal. 5-15% ocorrem na mão e punho, sendo mais comum na falange proximal e carpo. Envolvimento da falange média é raro.
Questão Miscelânea 016
Discussão:
O glômus é responsável pelo controle da temperatura e fluxo sanguíneo local.
Questão Miscelânea 017
Discussão:
A bursa radial é uma extensão proximal do FLP; a bursa ulnar, do FPDMin. As bainhas dos flexores se estendem por dentro da palma e se conectam com as bursas ulnar e radial. O abscesso em ferradura ocorre quando a bursa ulnar tem conexão com a radial.
Questão Miscelânea 018
Discussão:
Todos os quatro sintomas são os sinais de Kanavel. Entretanto, dor à extensão passiva é o único que está presente desde o início.
Questão Miscelânea 019
Discussão:
Além dos casos indicados acima, alguns casos de AR e OA também são indicações de artrodese.
Gota tofácea, porém, não é indicação.
Questão Miscelânea 020
Discussão:
Achados radiográficos frequentes da artrite psoriática: erosão do tufo distal da FD, afilamento das cabeças das falanges, escavamento das bases das falanges.
Questão Miscelânea 021
Discussão:
A SDRC tipo I (Distrofia simpaticorreflexa) foi dividida em três estágios: aguda, distrófica (isquêmica) e atrófica.
Estágio 1: duração de 3 meses; edema, inchaço, aumento de temperatura na extremidade e dor agravada por movimento. Associado a hiperpatia (sobrerreação atrasada e sensação pós a um estímulo doloroso, particularmente um repetitivo), resposta exagerada a dor, hiperidrose, alodínia. Bloqueios simpáticos podem ser curativos neste estágio.
Estágio 2: geralmente ocorre após os 3 primeiros meses, durando 3 a 6 meses, quando o edema adquire sustância, alterações tróficas da pele surgem, a articulação pode se tornar cianótica, e ADM diminui.
O terceiro estágio ocorre após o segundo, durante 6 a 9 meses; a dor pode começar a diminuir, alterações tróficas são mais pronunciadas, edema é menos proeminente, a pele se torna mais fria e seca com uma aparência brilhante e afinada, e rigidez articular ocorre.
Questão Miscelânea 022
Discussão:
O acometimento da mão reumatoide é geralmente bilateral e simétrico. Metacarpofalangicas e punho são afetadas cedo na doença reumatoide, enqautno das duas articulações distais são afetadas tardiamente. Desvio ulnar nas metacarpofalangeanas com subluxação ou luxação palmar dos dedos tipifica a mão reumatoide.
Questão Miscelânea 023
Discussão:
Questão Miscelânea 024
Discussão:
A tenossinovite acomete os tendões do primeiro compartimento extensor.
Questão Miscelânea 025
Discussão:
Lesões nervosas radiais no terço proximal do antebraço resultam em paralisias baixas nas quais extensaõ da MCP e do polegar e abdução radial são perdidas. Procedimentos para paralisias baixas são derivadas dos procedimentos mais comuns usados para paralisia alta. Os flexores do punho, dedos, PL e PR são usados para transferência e há inúmeras combinações.
Reconstruir extensão do polegar: Palmar Longo para Extensor Longo do Polegar.
Extensão do punho: Pronador Redondo para Extensor Radial Curto do Carpo.
Extensão dos dedos: Flexor Radial do Carpo para Extensor Comum dos Dedos.
Questão Miscelânea 026
Discussão:
Princípio da ressecção da ulna distal: ressecção limitada (2cm ou menos) para minimizar instabilidade; sinovectomia da ARUD; corrigir supinação do carpo com sutura do remanescente do CFCT no canto dorsoulnar do rádio; reconstrução da cápsula dorsal e do retináculo extensor com transposição do EUC de dorsal para volar.
A interposição com pronador quadrado é feito na técnica de Sauvé-Kapandji: excisão de 1cm do colo da ulna, fusão da ARUD usando este pedaço como enxerto e fixando com parafuso, e preenchimento da excisão com o PQ.
No Darrach, indicado principalmente para pacientes de baixa demanda, são ressecados 3cm da ulna distal, mas as inserções no estiloide ulnar são deixadas intactas. A estabilização da ulna distal pode ser feita com cápsula, PQ, ou strip distal do EUC e FUC.
Questão Miscelânea 027
Discussão:
Flexor próprio do polegar não existe.
FLP está no compartimento anterior profundo.
FSD está no compartimento anterior médio.
Pronador quadrado está no profundo, e o redondo, no superficial.
Supinador: compartimento posterior profundo.
Questão Miscelânea 028
Discussão:
Os nervos mediano e ulnar são descomprimidos na fasciotomia do compartimento volar.
Os outros são dorsal e compartimento móvel. Não é citado sobre o radial, NIA ou NIP nas fasciotomias do antebraço.
Questão Miscelânea 029
Discussão:
Interposição do EUC ou extensor do dendo mínio entre o rádio e a ulna foram descritos como causa de irredutibilidade da ARUD.
Se redução da ARUD não é obtida após RAFI do rádio, ou foi feita redução inadequada da fratura, ou há interposição de partes moles ou fragmentos ósseos. Estruturas que podem interferir: EUC, ECD, EDMin, periósteo, fragmento de avulsão foveal.
Questão Miscelânea 030
Discussão:
Lembrar a classificação: CUDuRo
1ª: Central: conservador se ARUD estável, desbridamento artroscópico se falha do tratamento conservador ou arud estável.
1B: Ulnar. Imobilização axilopalmar 4-6 semanas. Fixação aberta se falha, ARUD instável, fratura do estiloide ulnar.
1C: Distal. Conservador se ARUD estável; reparo aberto ou artroscoico se falha ou ARUD instável.
1D: radial: conservador se estável; reparo artroscópico se lesão pequena; reparo aberto se lesão grande ou ulna plus.
Questão Miscelânea 031
Discussão:
Provavelmente é repetição de alguma outra questão. De qualquer forma, no ápice volar o culpado é o flexor superficial; no ápice dorsal, o extensor.
Questão Miscelânea 032
Discussão:
Famoso Noose Effect.. Luxações volares da IFP geralmente não conseguem ser reduzidas incruentamente; aprisionamento da banda lateral ao redor da cabeça da falange proximal pode bloquear a redução e redução aberta pode ser necessária. Redução não concêntrica após redução fechada, geralmente causada por partes moles ou osso, também necessita de redução aberta.
Questão Miscelânea 033
Discussão:
Apenas 20% das pessoas apresentam a anatomia “normal” (um abdutor longo, um extensor curto). O ECP é sempre mais fino que e cursa dorsal ao abdutor longo e é ausente em 5 a 7% das pessoas. O ALP geralmente tem duas e as vezes três ou mais inserções tendinosas variáveis na base do primeiro metacarpo, trapézio, ligamentos capais volares, oponente do polegar ou abdutor curto do polegar. Em 24-37% o primeiro compartimento é dividido em dois tuneis osteofibrosos distintos, um para cada tendão. Já foi descrito inclusive um terceiro túnel. A septação do ECP aumenta a probabilidade de que tratamento conservador falhe.