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O que é redução da fratura?

Primeiramente, a redução nada mais é do que você colocar o osso no lugar, então, quando você tem uma fratura, o osso pode ter um desvio. Dessa forma, chamamos de fratura sem desvio – quando o osso quebra, mas fica no lugar; fratura com desvio – o osso quebra e afasta um fragmento ósseo do outro, e a redução nada mais é do que a estratégia do seu ortopedista vai utilizar para juntar esse osso novamente.

Além disso, existem várias maneiras para se obter esse objetivo de colocar o osso junto novamente. Dessa forma, perder a redução significa que a estratégia utilizada para o tratamento seja ela um gesso, imobilização, placa ou fio de Kirschner, quando sai do lugar do lugar, significa que você perdeu a redução, isso pode acontecer com o tempo, tipo de fratura e tipo de tratamento.

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6 Tipos de Redução

Primordialmente, elas podem ser divididas em 3 grandes grupos com 2 tipos em cada grupo. Sendo assim, o primeiro grande grupo são as reduções que podem ser anatômicas x funcionais, o segundo grande grupo são direta x indireta, e o terceiro: abertas x fechadas. Portanto, a redução anatômica ela é utilizada em fraturas que acontecem na articulação como no joelho, cotovelo, tornozelo, então como o próprio nome já diz, você tem os ossos separados com desvio e a redução anatômica vai unir esses ossos exatamente como eram unidos. Já a redução funcional corrige o alinhamento, altura e rotação, mas o osso não fica unido como era antes – sendo utilizado principalmente em fraturas diafisárias, ou seja, no meio do osso.

Além disso, as reduções diretas são quando seu médico faz uma cirurgia e acessa diretamente o foco de fratura e coloca o osso no lugar. No entanto, as reduções indiretas ocorrem quando seu médico usa uma outra estratégia para conseguir com que ocorra a redução sem acessar o foco de fratura, por exemplo, via tração, instrumentos cirúrgicos e fixadores externos.

Por fim, a redução fechada é quando você faz por uma manobra específica e posteriormente coloca um gesso ou fixador externo. Já a redução aberta ocorre quando você deve acessar o foco de fratura direta ou indiretamente.


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Perguntas e respostas

 

  1. O que significa reduzir uma fratura? Quais são os tipos de redução?

Redução é a manipulação dos fragmentos da fratura com a finalidade de alinhá-los em uma posição compatível com a função e estética.

Tipos: Redução aberta ou cruenta – abre, identifica osso e reduz a fratura sob visualização direta e redução fechada ou incruenta – por manipulação.

  1. Como ocorre o processo de consolidação óssea?

Fase hemorrágica – Se inicia com a ruptura da rede vascular e com acúmulo de sangue ao redor do foco de fratura, formando o hematoma.

Fase inflamatória – Caracteriza-se pela presença de exsudato serofibroso. Ocorre a infiltração de leucócitos, monócitos, macrófagos e mastócitos; com objetivo de remoção do coágulo e dos restos celulares. Ao mesmo tempo os osteoclastos iniciam a absorção do osso necrótico.

Fase do calo fibroso ou mole– Ocorre intensa atividade dos osteoblastos e condroblastos. Os osteoblastos depositam componente orgânico não mineralizado (tecido osteóide) no foco da fratura. Ao mesmo tempo há formação de tecido cartilaginoso que se prolifera.

Fase do calo ósseo ou duro – Ocorre a mineralização do tecido osteóide. O tecido ósseo já formado ainda é imaturo.

Fase de remodelagem – Substituição do tecido ósseo imaturo por tecido ósseo maduro. Neste estágio, ocorre regularidade na distribuição das fibras da matriz, seguindo as orientações das linhas de força.

  1. Quais são as possíveis complicações das fraturas?

Fase aguda: lesões vasculonervosas, hemorragia excessiva, síndrome compartimental.

Fase intermediária: infecção, perda de redução, falência ou escape do implante.

Fase tardia: não consolidação, consolidação viciosa, refratura, síndrome da dor complexa regional.

  1. Quais as indicações de tratamento conservador?

Fraturas incompletas ou sem desvios

Fraturas fechadas diafisárias e metafisárias nas crianças

Fraturas diafisárias de tíbia do adulto sem desvio

Fraturas de coluna vertebral sem instabilidade ou sem grande achatamento

Fratura de Colles clássica

  1. Quais as indicações de tratamento cirúrgico?

Fraturas expostas

Fraturas em que não se consegue redução adequada

Fraturas com atraso de consolidação

Fraturas diafisárias do fêmur, transtrocantéricas ou do colo do fêmur

Fraturas diafisárias de tíbia do adulto com desvio

Fraturas associadas a lesões vasculonervosas

Fraturas intraarticulares com desvio

Fraturas envolvendo a cartilagem de crescimento da criança

Fraturas patológicas em lesões malignas

Fraturas em torno do joelho e tornozelo

  1. Quais os efeitos colaterais da imobilização?

Edema, atrofia, rigidez articular e osteopenia/osteoporose.

7. Quais os tipos de estabilidade e suas diferenças?

Estabilidade relativa, tratamento conservador, permite movimentos controlados no foco de fratura formando uma consolidação secundária por calo ósseo. Estabilidade absoluta, tratamento cirúrgico, tem ausência de movimentos no foco da fratura promovendo uma consolidação primária.)

  1. Quais são os princípios da osteossíntese?

Tutor – utilização de métodos que garantam o alinhamento e imobilização adequada dos fragmentos ósseos, com o objetivo de que existam movimentos controlados no foco de fratura, propiciando a formação do calo ósseo. Ex: hastes intramedulares, fixadores externos e placas aplicadas em ponte.

Compressão interfragmentária: a compressão entre os fragmentos ósseos é capaz de promover a consolidação óssea sem a formação de calo ósseo externo. Pré requisitos para utilizar este princípio: redução anatômica do foco de fratura, bom aporte vascular nos extremos fraturados e contato perfeito entre as superfícies dos fragmentos ósseos.

  1. Quais as classificações de fraturas expostas e suas diferenças?

Classificação de Gustilo. Grau I, fratura com ferida menor de 1cm, baixa contaminação. Grau II, ferimento maior que 1cm, discreta lesão de tecidos moles, com pouca cominuição. Grau III, ferimentos extensos, sinal de esmagamento, fraturas cominuídas. IIIA, grande contaminação, com cobertura óssea. IIIB, grande contaminação, necessidade de reconstrução de partes moles. IIIC, lesão vascular com necessidade de reparo.

  1. Quais objetivos do tratamento e como se dá o atendimento pré e intra hospitalar?

Objetiva-se prevenir infecções, restaurar a anatomia e reestabelecer o funcionamento do membro. Pré-hospitalar, necessita-se realizar a imobilização da fratura e colocação de curativo estéril. Intra-hospitalar, prevenir contaminação fazendo desbridamento em centro cirúrgico, alinhar e imobilizar a fratura e antibioticoterapia.

  1. Quais são os critérios para se avaliar a viabilidade muscular?

Deve-se atentar para a contratilidade, a consistência, a coloração e se o músculo sangra.

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