Cadeia cinemática fechada: há um rolamento no sentido anterior, deslizamento no sentido posterior e um giro (rotação) do fêmur sobre a tíbia no sentido medial.
Cadeia cinemática aberta: há um rolamento e deslizamento no sentido anterior e uma rotação da tíbia sobre o fêmur na direção lateral.
A ocorrência dos 3 tipos de movimentos artrocinemáticos visa melhorar o acoplamento dos tubérculos intercondilares tibiais no sulco intercondilar, tornar os ligamentos do joelho mais tensos, os meniscos mais interpostos e também mais tensos.
Vale ressaltar que os movimentos de rotação do joelho são apenas movimentos artrocinemáticos que acompanham o movimento osteocinemático de extensão. O joelho não deve realizar ativamente movimentos de rotação no plano transversal, assim como movimentos de adução/abdução no plano frontal.
Na flexão ocorre mecanismo inverso, com liberação dos tubérculos intercondilares tibiais, para que haja um certo grau de rotação secundária, da tíbia sobre o fêmur em cadeia aberta, e do fêmur sobre a tíbia em cadeia fechada. Na rotação medial (30°) assim como na rotação lateral (40°) o côndilo medial funciona como pivô e platô tibial se anterioriza ou posterioriza nas rotações medial e lateral.
Com relação a patela, na extensão ocorre um deslizamento superior sobre a face patelar do fêmur e na flexão um deslizamento inferior. Se houver um desvio patelar, maior será o contato dessa estrutura anatômica podendo acelerar processos de desgaste. O menor contato da patela com o fêmur ocorre na menor (20°) e maior (135°) flexão, ocasionando maior pressão patelo-femoral. Na flexão moderada do joelho (60 a 90°) há maior contato da patela com os côndilos femorais com menor pressão e sobrecarga na região. Este conhecimento é necessário para identificação de alterações mecânicas que justificam o surgimento de lesões na articulação do joelho.
