Lombalgia

– mais comum em mulheres, menor nível cultural e fumantes

Estágios do envelhecimento

1ª: disfunção: 15-45 anos
– Fissuras radiais e circunferenciais no ânulo fibroso – Sinovite das articulações facetárias

2ª: Instabilidade: 35-70 anos
– Dano interno do disco com reabsorção progressiva
– Degeneração facetária com frouxidão capsular, subluxação e erosão

3ª: Estabilização: > 60 anos
– Osso hipertrófico na área do disco e das facetas
– Redução da ADM e anquilose segmentar

Vários níveis podem estar em estágios diferentes de envelhecimento

– Herniação: complicação da degeneração discal nas fases 1 e 2

Estenose por artrite degenerativa
– Complicação do sobrecrescimento ósseo nas fases 1 e 2 precoce
– 4 mm de colapso do disco: estreita o forame e pode comprimir o nervo

Indicação de RX para dor lombar aguda

– Uso de corticoesteróides
– Idade > 50 anos
– História de câncer – Perda de peso sem causa definida
– Suspeita de espondilite anquilosante
– Traumatismo
– Uso de álcool ou drogas
– Déficit neuromuscular
– Febre
– Retorno < 1 mês pelo mesmo problema sem melhora
– Paciente em busca de compensação pela dor

Causa e epidemiologia

Principal causa: biomecânicos (mecânico / postural)
– criança: processos infecciosos (discite) ou tumor (osteoma osteóide)
– 20-60 anos: prolapsos discais
> 60 anos: metástases ou fx patológica (tu/osteoporose)

Fatores predisponentes

má postura
fatores antropomértricos (altos/gordos)
fumantes
trabalhar na mesma posição (3x)
trabalhar carregando peso (8x)
dirigir carros pesados e movi//os de torção e flexão tronco

Questionário OWESTRY (avaliação lombalgia e incapacidade)

Classificação Quebec Task Force

Classificação distúrbios espinais x atividade física

I) Dor de origem mecanopostural
– Piora: atividade e esforço
– Melhora: repouso

II) Dor lombar inespecífica
– Afastar doença específica da coluna
– Repouso de 1-3 dias + AINH
– Exercícios ativos com retorno a atividade completa
– Geralmente há melhora em 4-8 semanas

Exames diagnósticos

– Na visita inicial não contribui para o tratamento
– Deve ser feito somente se falha da terapia inicial em doentes < 45 anos sem sinal de alarme

RX:
– AP + P: alto índice de alterações sem correlação clínica
– Oblíquas: útil para espondilolistese e espondilolise
– Uso limitado na síndrome facetária e na artrite hipertrófica da coluna lombar
– Flexão e extensão lateral: pode demonstrar instabilidade segmentar

Mielografia: útil para avaliar lesões intra-espinais e estenose
– Mais preciso do que TC para identificar núcleo pulposo herniado

TC:
– Não é boa para demonstrar tumor intra-espinal ou aracnoidite
– Não consegue diferenciar cicatriz de herniação recorrente
– Mielografia associada a TC é mais precisa

RM
– Demonstra tumores intra-espinais, examina toda a coluna
– Identifica doença discal degenerativa, tumores, infecções
– Melhor visão do forame e tecidos moles paraespinais

Cintilografia: pode indicar neoplasia, trauma ou artrite na coluna

Laboratorial
– Rastreamento: VHS, hemograma completo com diferencial, perfil bioquímico, avaliação urinária

Dor discogênica

– Compartimento anterior
– 30-50 anos

Etiologia: desidratação, degeneração, fissuras do ânulo fibroso, desidratação núcleo puposo, protusão em direção canal vertebral, instabilidade mecânica e funcional.

Etiologia: aumento da pressão sobre o disco + deslocamento do núcleo puposo, estiramento das fibras de colágenas do ânulo fibroso, inflamação destas fibras.

Quadro clínico:
– Dor leve e diária que melhora rápido
– 75% melhora em 10 a 30 dias
– processo osteoartrósico estabiliza a coluna
– sinais de alerta:
1) >50 anos e < 20 anos
2) piora noturna ou DDH
3) febre, emagrecimento
4) trauma, tratamento da osteoporose
5) história de neoplasia, drogas, imunodepressão, infecção
6) falha no tratamento conservador

Tratamento:
1) repouso 2 dias
2) fisioterapia
3) ainh, analgésicos, relaxantes musculares
4) exercícios isométricos, evoluindo para isotônicos
5) reeducação postural

Casos resistentes:
1) discografia
2) nucleoplastia
3) terapia térmica intradiscal

Dor facetária

– Compartimento posterior
– Paciente mais velhos (processos artrósicos na articulação facetária)

Etiologia: lesão cartilagem, dor articular

Quadro clínico:
– Piora extensão
– Melhora sentado

Tratamento:
1) ainh
2) reabilitação postural
3) infiltração facetária

Casos resistentes:
1) artrodese:
– posterior / lateral in situ (idosos, artrose no compartimento anterior e médio)
– instrumentação (casos com maior mobilidade intersegmentar)

Ruptura do ânulo fibroso com extrusão do núcleo pulposo

– Hérnia discal
– Ciática

Quadro clínico = Radiculopatia:
– dor no trajeto raiz
– paresia nos membros inervados pela raiz
– parestesia no dermátomo correspondente

Evolução: 80% são reabsorvidas com melhora da dor em até 3 meses

Tratamento:
1) repouso relativo de poucos dias
2) fisioterapia analgésica
3) ainh, analgésico
4) exercícios isométricos – isotônicos
5) reeducação postural

Casos resistentes:
1) bloqueio foraminal guiado por TC
2) infiltração peridural com corticóide
3) cirurgia

Indicação para cirurgia:
– falha no tratamento conservador
– dor por mais de 6 semanas sem melhora
– risco de infartamento da raiz (dor forte progressiva com tensão radicular, perda progressiva força, urgência miccional, anestesia perianal)

Cirurgias:
– ressecção do fragmento herniado com foraminectomia
artrodese num segundo tempo, se houver instabilidade
– – instabilidade: perda da integridade de 2 dos 3 compartimentos da coluna vertebral (indicar artrodese só se necessário: sobrecarga nos segmentos adjacentes a artrodese)

Dor da claudicação neurogênica

Estenose canal vertebral
– idosos
– dor ciática

Tratamento:
– conservador no início
– descompressão cirúrgica (falha do tratamento conservador)
– doença progressiva que pode ressurgir ao longo do tempo

Dor lombar no esporte

Neste grupo em especifico, o que mais pode causar dor lombar é a combinação dos movimentos de flexão e rotação do tronco com sobrecarga da coluna, algo muito comum em academias, por isso é importante que, tanto o atleta amador como o atleta profissional, tenham em consciência que preparo muscular e manutenção de treinos são ações que vão facilitar o dia a dia. Evitando assim, lesões e quedas de rendimento.

Categorias como atletismo, ginástica, judô, mergulho e salto com vara são exemplos e práticas que, por conta do peso na estrutura vertebral, podem desencadear a dor lombar.

Devemos ter sempre em mente que a coluna vertebral é uma das principais estruturas que compõem o corpo humano. Ela tem a função de manter a postura corporal e garantir a mobilidade por todo o corpo. Em cada vértebra há pressão por conta do peso e da grande quantidade de movimentos. Pela coluna passam nervos muito importantes, que controlam e emitem descargas elétricas responsáveis pela função de todos os musculos. Portanto, é uma das estruturas que mais exigem a nossa atenção, no lembrando que devemos ter todo o cuidado para que ela não venha a ter problemas no futuro.

Grupo de risco

Tanto jovens atletas como adultos que praticam esportes estão no grupo de risco, mas com dores e lesões diferentes.

Quase 70% das lesões na coluna lombar são em adolescentes atletas que, muitas vezes, ainda estão na fase de desenvolvimento corporal e acabam prejudicando o seu desenvolvimento por conta do excesso de treinos. Já entre os adultos praticantes de esportes, o que mais se nota são lesões relacionadas a distensões musculares e problemas nos discos intervertebrais, associados a praticas inadequadas e falta de uma orientação especifica.

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Última modificação porMarcio R4
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1 comentário em “Lombalgia”

  1. Fabio Motta

    A estenose do canal vertebral é sempre a mais difícil de se tratar, as vezes tendo uma melhora, especialmente no início dos sintomas…
    Quiro Salus – Quiropraxia

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