Discite

– Circulação do disco vem do corpo vertebral adjacente
– Criança pequena: vasos atravessam a placa vertebral e entram no ânulo -> chance maior de discite
– Aos 8 anos: vasos desaparecem -> chance maior de osteomielite

Discite na criança

Infecção espinal mais comum da criança e de prognóstico bom

Tipos de apresentação clínica

< 3 anos, com dificuldade para deambular
– Criança deambula com o tronco para frente e mãos nas coxas para suporte

7-15 anos: dor abdominal, redução do apetite
– Dor pode irradiar anteriormente
– Sinais físicos abdominais são ausentes
– Dor lombar: apresentação clássica
– Perda da lordose normal
– Dor à percussão
– O início pode ser rápido ou insidioso
– Febre geralmente é baixa ou ausente

Exames de imagem

– RX: normal nos primeiros dias
– Erosão da placa terminal vertebral
– Com a evolução: pinçamento do disco
– Casos mais graves: comprometimento do osso subcondral das vértebras adjacentes

– Cintilografia: permite diagnóstico precoce
– TC é bom para delimitar as alterações anatômicas nos corpos vertebrais
– VHS geralmente > 40 mm

– Punção ou biópsia: podem ter alta morbidade
– doença geralmente é benigna e pode ser tratada nas crianças sem punção
– punção deve ser feita se falha na resposta ao tratamento conservador
– diagnóstico diferencial

Diagnóstico diferencial

– Tumor/infecção: não é difícil pelo RX
– No granuloma eosinofílico há colapso do corpo vertebral com preservação do espaço discal

Tratamento

Inicialmente conservador
– Internação, repouso, internação
– Antibioticoterapia EV para S. aureus por 3 semanas
– Observar sinais neurológicos que podem indicar um abscesso epidural
– Suspensão com melhora dos sintomas e normalização do VHS

Discite no adulto

Geralmente iatrogênica e mais grave
– Cintilografia é menos importante por interefência do procedimento feito na coluna
– RNM é o exame de escolha

Tratamento
– Conservador: antibioticoterapia por 6 meses a 1 ano

Última modificação porMarcio R4
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