Exame físico da coluna

Padrão da dor

Lesão da articulação facetária
C1-2 -> dor suboccipital
C2-3 -> dor na região cervical superior irradiada para a cabeça
C3-5 -> dor na parte intermediária da região cervical
C6-T1 -> dor na região cervical inferior irradiada para escápula

Dor noturna/em repouso: geralmente não é de origem mecânica.
Sem história de trauma -> tumor ósseo primário ou metastático deve ser descartado
Dor que melhora com atividade -> espondilite anquilosante
Rigidez matutina prolongada -> AR, espondilite, outras artropatias

Dormência ou parestesia

Pescoço -> C3
Ponta do ombro -> C4
Deltoide e região lateral do cotovelo -> C5
Polegar -> C6
Dedo médio -> C7
Dedo mínimo -> C8
Região medial do cotovelo ->T1
Parte medial do braço -> T2
Axila -> T3
Mamilo -> T4
Parede torácica -> T5-8
Parede abdominal -> T9-12 (umbigo é T10)

A estenose cervical produz achados compatíveis com a lesão de neurônios motores inferiores no nível da lesão e um déficit de neurônios motores superiores abaixo da lesão.
Mielopatia -> lesão do motoneurônio motor superior
– marcha instável, fraqueza dos membros (superior > inferior), alterações sensoriais, espasticidade, disfunção urinária
– realizar manobra de Wartenberg (dedo mínimo abduz devido fraqueza intrínseca)

Curva cifótica

Curva na junção C7/T1 é típica da espondilite anquilosante
Corcova de Dowager: curvatura anormal dorsal da coluna torácica superior/cervical devido a um colapso osteoporótico comumente encontrado em mulheres idosas.
Giba: angulações posteriores abruptas
Cifose: curvatura dorsal normal e anormal da coluna vertebral

Marchas anormais

Marcha com os pés arrastando: pct não está consciente da posição do pé que balança no espaço e, portanto, é incapaz de determinar o momento do choque do calcâneo
-> síndrome do cordão posterior (perda da propriocepção abaixo da lesão)
Queda do pé ou marcha dos pés espalmados no chão: os pés são retirados do chão com força durante a fase de balanço da marcha ou eles batem no chão a cada passo
-> Pode ocorrer na compressão da raiz nervosa de L4
Marca atáxica: base alargada e instável
-> abuso de álcool; mielopatia subsequente a uma estenose cervical/torácica central significativa

Inspeção estática

Torcicolo ou malformações (redutível, ativa ou passivamente, e irredutível) -> contraturas, hipotrofias ou tumorações (torcicolo congênito, tumor de Pancoast – nódulo na fossa supraclavicular)
Alterações no tegumento, implantação baixa do cabelo, presença de vesículas, descolorações ou cicatrizes.

Inspeção dinâmica

Avaliada a amplitude de cada movimento.
Pode-se pedir para o paciente segurar entre os dentes uma espátula para avaliar melhor as angulações.
Na flexão, deve encostar o queixo no tórax e, na extensão, deve-se observar no perfil um alinhamento da fronte e do nariz no plano horizontal.

col1
col2

Flexo-extensão: 130° (flexão 75° e extensão 60°)
Rotação lateral e medial: 80°
Inclinação lateral e medial: 45°
Assimetrias de movimento podem ser provocadas por deformidades ou por bloqueios álgicos.

Palpação de partes moles

Trígono anterior: bordas anteriores do m esternocleidomastóideo (lateral), mandíbula (superior) e incisura supra-esternal (inferior) -> palpar com paciente em supino
– músculos esternocleidomastóideos
– cadeia linfática da zona anterior (geralmente não é palpável)
– Glândula tireóide, as parótidas e a fossa supraclavicular -> cistos e tumorações
– pulso carotídeo (não efetuar simultaneamente)

Trígono posterior: sentado
– músculo trapézio
– cadeia linfática posterior
– protuberância occipital (pode-se palpar nervos occipitais maiores quando se encontram inflamados)
– ligamento nucal
Palpar as art facetárias cervicais aproximadamente 2,5 cm a partir da linha média e uma polpa digital uma da outra

Palpação óssea

col3

Região anterior (imagem anterior)
Região posterior:
– protuberância occipital externa em forma de cúpula e lateralmente a linha nucal superior e o processo mastóideo.
– Processos espinhosos de C2 e C7 palpáveis.

Articulação facetária

Palpar aproximadamente 2,5 cm da linha média. Conte de C7 para cima, para identificar as articulações, elas estão aproximadamente uma polpa digital uma da outra e arranjadas simetricamente.
A palpação irá reproduzir o padrão de dor da paciente.

Exame neurológico

Deve ser realizado de rotina.
Para cada nível neurológico existe uma distribuição sensitiva, um teste motor e um exame de reflexos.

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MIOPATIAS: miopáticos afetam os músculos de forma seletiva, sendo os proximais antes dos distais, e eles demonstram maior fraqueza relativamente do que grau de atrofia no início da doença, ao contrário das neuropatias. Apresenta REFLEXOS PRESERVADOS.

NEUROPATIAS -> TRATO CORTICOESPINHAL (PIRAMIDAL) -> HIPERREFLEXIA, BABINSKI, CLONUS

CEREBELO E VIAS ESPINOCEREBELARES -> DESEQUILÍBRIO, COORDENAÇÃO DE MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS

NEURÔNIO MOTOR INFERIOR -> HIPO ou ARREFLEXIA, FRAQUEZA, DISESTESIA

Testes especiais

Teste da distração: ao abrir os forames neurais, pode aliviar a dor consequente à compressão radicular nesse nível.

Manobra de Spurling: positivo quando aumenta os sintomas na extremidade da inclinação. Dores inespecíficas podem ser consequentes a aumento de pressão das superfícies articulares das vértebras ou devido a espasmos musculares.

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Sinal de Lhermitte: irritação meníngea, sendo visto tb na esclerose múltipla.
Positivo quando dor ou parestesias, podendo tb se queixar para extremidades.

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Manobra de valsalva: aumenta a pressão intratecal, agravando os sintomas de eventuais lesões.

Teste de deglutição: pode ser decorrentes de doenças na região anterior da coluna.

Teste da artéria vertebral: posição supina, manter na posição por 30 seg -> rotação cervical para direita e esquerda (sintomas contralaterais) -> tontura, cabeça vazia e nistagmo.

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Teste de Adson

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Manobras deficitárias: paciente sentado, com os braços estendidos para a frente no plano horizontal e os dedos afastados entre si. Essa posição deve ser mantida por 2 min.
Usada nas paresias leves.

Dores referidas: geralmente é a coluna cervical que irradia. No entanto, é possível que a dor cervical possa ser resultado de doenças de regiões próximas.

Teste de Roos

Teste para síndrome do desfiladeiro torácico
Ombros em abdução e rotação externa de 90° com os cotovelos flexionados a 90°. O pct abre e fecha a mão durante 1 minuto.
A reprodução dos sintomas durante o teste ou uma dormência progressiva e peso são considerados positivo.

Sinal de Hoffman

Específico para mielopatia cervical
Estímulo à polpa do dedo indicador para estender a AIFD é seguida pela flexão do polegar e do dedo indicador em um teste positivo.

> Coluna cervical
> Coluna torácica
> Coluna lombar

Última modificação porMarcio R4
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