A estrutura da mão é complexa, formada por ossos, tendões, ligamentos, nervos e músculos. Quando o ligamento entre a base do dedo polegar e o 1º osso metacarpiano é afetado, em seu lado interno (ligamento colateral ulnar), temos a chamada lesão de Stener ( lesão total desse ligamento com interposição de tecido apneurótico, o que causa impossibilidade de cicatrização espontânea). Esta lesão faz com que o paciente tenha dificuldade em realizar as atividades do dia a dia que precisem do dedo polegar, como pinça de objetos, escrita e digitação pesada.
A causa da lesão de Stener é geralmente traumatismo com impacto intenso na base do polegar e quedas com a mão espalmada, “abrindo excessivamente” o polegar; o paciente terá como sintomas a instabilidade no polegar, e sensação de que o dedo “não está no lugar”, alem de dor e fraqueza do polegar.
O médico ortopedista especialista em mãos fará o diagnóstico baseado no relato do paciente e em exame físico. Exames de imagem como raio-x e ressonância magnética podem ser solicitados como maneira de concluir o diagnóstico e eliminar a possibilidade de outras lesões.
O tratamento para a lesão de Stener típica é iminentemente cirúrgico, para reconstrução do ligamento e, posteriormente, sessões de fisioterapia para a recuperação da função, movimento e da força. Existem casos em que a lesão do ligamento é parcial, ou que não haja interposição – nesses casos não se caracteriza a lesão de Stener, e normalmente não é necessária realização de cirurgia, sendo o tratamento, geralmente, com imobilização e fisioterapia.
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