Quadro clínico
Consiste em dor, fraqueza e diminuição da amplitude de movimentação do punho estando presente desde do início ou manifestando-se com o início das alterações artrósicas ou depois de um novo trauma do punho. Portanto esta patologia também pode ser um achado casual (assintomáticas).
Causas
Diagnóstico tardio, desvio grave, lesões do carpo associada, déficit vascular
– Mais comum no polo proximal
– Pode ser tolerada em doentes com baixa demanda funcional
SNAC
Scaphoid nonunion advanced collapse
– Estreitamento radioescafóide, seminulocapitato, formação cística e DISI
– Radiosemilunar geralmente é poupada
Classificação de Lichtman
Tipo I: pseudo artrose simples (sem desvio, estável, sem artrose)
Tipo II: pseudo artrose instável com desvio
Tipo III: pseudo artrose com artrose recente (radioescafoidea)
Tipo IV: pseudo artrose com artrose antiga (capitato-semilunar ou generalizada)
Tratamentos
O tratamento independente da sintomatologia é cirúrgico, e para os casos em que não há artrose radiocárpica, utiliza-se a enxertia óssea, onde existem muitas técnicas e a mais utilizada é a técnica de Matti-Russe (colocação de enxerto ósseo esponjoso em uma janela retangular feita no foco da pseudoartrose, estendendo-se de um fragmento ao outro). O escafóide é fixado com fios de kirschner e o punho imobilizado em gesso longo por 06 semanas seguido de gesso curto por mais 06 semanas.
– Falta de união ou união retardada: Enxerto mais fixação
– Para falha do enxerto: Nova cirurgia de enxerto ou Artrodese
Existem outras técnicas de enxertia óssea como o enxerto ósseo vascularizado (do rádio dorsal, volar, 1º ou 2º mtc), enxerto em cunha de Diego Fernandez. Porém, independente da técnica utilizada, é necessário a redução correta do escafóide, evitando a artrose decorrente da incongruência articular do carpo.
Nos casos de pseudoartrose com artrose rádiocarpica existem outras técnicas que dependerá da extensão do acometimento, como: estilóidectomia, carpectomia proximal, ressecção do escafóide + artrodese semiluno-capitato-hamato-piramidal, artroplastia total do escafóide, e até mesmo a neurectomia do carpo (Europa).
Tratamentos cirúrgicos úteis
Estiloidéctomia radial: retirada de toda a fossa do escafóide
– Geralmente usada em associação a outro procedimento
– Ligamentos radiocarpais palmares devem ser preservados para evitar translocação ulnar do carpo
Excisão do fragmento proximal: fragmento < ¼ do escafoide
Excisão de todo o escafóide
Carpéctomia proximal: precisa ter fossa do semilunar e da porção proximal do capitato saudável
Técnica de Matti-Russe: enxerto de crista ilíaca (indicada qdo não há DISI)
– Indicação: ausência de deformidade angular ou encurtamento
– – Via de acesso volar (fugir da vascularização)
– – Incisão longitudinal 3-4 cm radial ao flexor radial do carpo
– – Abertura da cápsula e dos ligamentos volares
– – Cruentação do osso a ser reparado
– – Confecção de cavidade para o enxerto
– – Colocação de enxerto de crista ilíaca ( enxerto esponjoso ou, mais recentemente, corticoesponjoso)
– – Enxerto pode ou não ser fixado com FK
Técnica de Fernandez
– Via de acesso como na técnica de Russe
– Cortes ósseos conforme planejamento pré-operatório
– Se sinais de osteonecrose -> perfurações de 1 mm
– – Correção da deformidade no local da osteotomia palmar-radial
– – Correção da posição dorsal do semilunar
– – Moldagem do enxerto de ilíaco
– – Fixação com fios de Kirschner 1.2 mm
Enxerto ósseo vascularizado:
– Geralmente faz uso de um segmento do rádio com o pronador quadrado
Técnica de Mathoulin: utiliza enxerto ósseo vascularizado com ramo da artéria radial.
Artrodese parcial ou total do punho
Deformidade em Humpback
Defomidade com convexidade dorsal e radial
– Defomidade inclui extensão do polo proximal do escafóide -> extensão do semilunar e uma forma de DISI
– Deve ser corrigida se ângulo escafo-semilunar > 60º ou ângulo intraescafóide > 45º