Princípios da Cirurgia Oncológica

Tratamento adjuvante

Radioterapia

Sensibilidade a radiação varia com:
– Fase do ciclo de replicação (mitose ativa é mais sensível)
– Oxigenação tecidual (hipóxia é protetora pois não há formação de radicais livres)
– Habilidade da célula em reparar DNA ou inabilidade em fazer apoptose

– Maioria dos tumores ósseos primários são radiorresistentes
– Exceção são os tumores de medula óssea: mieloma múltimplo, linfoma, sarcoma de Ewing
– Carcinoma metastático geralmente é sensível
– O restante responde melhor ao tratamento cirúrgico
– Pode ser usada para reduzir a incidência da recorrência local de tumor maligno de tecidos moles tratados com ressecção marginal quando a alternativa seria um procedimento agressivo
– Pode ser usado no pré-operatório para reduzir o tamanho da massa e facilitar a cirurgia (neoadjuvante)

Complicações
– Agudas
– – Lesão de pele
– – Lesão TGI e TGU
– – Anorexia
– – Edema de extremidade
– – Fadiga
– Crônicas
– – Transformação maligna: geralmente após 10 anos
– – Fratura patológica pela irradiação
– – Crianças: escoliose, cifose, deformidades de parede torácica e alteração de tamanho de membros

Quimioterapia:

Tratamento de doença sistêmica
– Neo-adjuvante: feita antes da cirurgia para o tumor primário
– Adjuvante: feita para tratar micro metástases presumidas

Estadiamento de Enneking 

Estadiamento de Enneking
Estadiamento de Enneking

Decisão de salvamento X amputação

– Sobrevida será afetada?
– Haverá conseqüências psicossociais?
– Morbidade de longo prazo e curto prazo são comparáveis?
– Como irá ser a função do membro preservado com relação à prótese?

Sarcomas distais
– Procedimento de salvamento menos funcional
– Maior sobrevida

– Pseudocápsula: tecido reativo que está ao redor do tumor
– Zona reativa: zona ao redor da pseudocápsula de limites imprecisos
– Ressecções pela pseudocápsula: risco de deixar células satélites -> recivida local

Margens cirúrgicas

Intra-lesional: plano da dissecção dentro do tumor
– Deixa pedaços do tumor
– Lesões benignas sintomáticas em que a única alternativa seria sacrificar uma estrutura nobre
– Procedimento paliativo em doença metastática

Marginal: plano mais próximo da dissecção passa pela pseudocápsula
– Adequado para o tratamento da maioria das lesões benignas e algumas malignas de baixo grau
– Risco maior de recorrência local
– Pode ser útil se opção é cirurgia mutilante e o tumor parece responder a terapia adjuvante

Ampla: plano de dissecção dentro do tecido normal
– Todo o tumor permanece envolto por tecido normal
– É o objetivo para a maioria das neoplasias de alto grau

Radical: raramente feita
– todos os compartimentos que contém o tumor são ressecados em bloco

Curetagem: risco ↑ de recorrência local
– Permite melhor resultado funcional
– Confecção de janela óssea grande sobre a lesão
– Curetagem, ampliação da janela e irrigação copiosa do local da curetagem

Curetagem extendida: uso de adjuvantes como nitrogênio líquido, fenol, cauterização elétrica
– A cavidade pode ser preenchida com enxerto ósseo, cimento

Hemipelvectomia interna: ressecção total ou parcial do quadril
– Tipo I: toda a asa do ilíaco com presevação do acetábulo
– – Encurtamento de 1-2 cm
– Tipo II: ressecção da região periacetabular com a cabeça e colo femoral

Reconstrução: artrodese isquiofemoral, iliofemoral, prótese ou membro livre
– Tipo III: ressecção do pubis e ísquio
– É necessário ressecção do feixe obturador -> perda da adução
– Tipo IV: ressecção de todo o quadril
– -Encurtamento de 4-7 cm

“Albumina sérica < 3,5 g/dl ou linfócitos totais <1500/ml => problemas na cura da ferida cirúrgica.”

> Arquivos de Resumos em pdf

Tumores no joelho, quadril, mão e pé
Última modificação porMarcio R4
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