Osteocondroses e osteocondrites do pé

SeverKöhlerFreiberg
sexomasculinomasculinofeminino
idade10 a 12 anosmenos 6 anos12 a 15 anos
bilateralidadeaté 60%pode havermenos de 10%
sequelasnãonãosim
cirurgianãonãosim

Osteocondrite de Freiberg

DEFINIÇÃO
Condição dolorosa da cabeça do 2º, ao rx achatamento da extremidade articular distal, (Osteocondrite da cabeça do 2º Metatarso)
– “Fx sem desvio da região epifisária da cabeça do 2º metatarso (meta)”

EPIDEMIOLOGIA
– Adolescentes
– Meninas 3:1 (única Osteocondrite mais comum em mulheres)
– Segundo meta preferencialmente (70%)
– Terceiro (27%), outros 5%
– Bilateral em 10%
– Mais frequente entre 10-18 anos

ETIOLOGIA
– Desconhecida
– Considerada osteocondrite articular primaria idiopática, caracterizada por distúrbio da ossificação endocondral
– Teorias: traumas de repetição (2º meta mais longo e rígido), traumas, uso de salto alto, anomalias vasculares, uso de sapato alto.

QUADRO CLÍNICO
– Claudicação, dor sob cabeça do 2º Meta, edema local e limitação de movimento articulação MTF.

CLASSIFICAÇÃO DE SMILLIE
– Grau 1: Fissuração subcondral
– Grau 2: Achatamento da cabeça devido a reabsorção óssea
– Grau 3: Porção central da cabeça sofre afundamento, deixando as bordas salientes
– Grau 4: Porção central da cabeça se desprende e as bordas se fraturam
– Grau 5: Fase final com achatamento, degeneração e perda da função da articulação

TRATAMENTO NÃO OPERATÓRIO
– Palmilhas de descarga dos metatarsais (barras transversais) podem atenuar a dor, imobilização com gesso
suropodálico e retirada da carga, sintomáticos;
-Tachdjian: sapato com sola dura ou bota gessada com salto

TRATAMENTO OPERATÓRIO
– Se causada por corpo livre, somente a retirada melhora os sintomas, não se recomenda cirurgia na fase aguda!! (pode durar 2 anos)
– Tachdjian: recomendado nos casos em que não há melhora com tratamento não-cirúrgico
– Técnicas
– – Ressecar cabeça: não deve ser feita isoladamente, pois piora condições adjacentes (técnica de Giannestra)
– – Retirada do tecido necrótico subcondral colocando enxerto subcondral via dorsal (Técnica de Smillie)-recomendada por Tachdjian
– – Encurtamento do metatarso
– – Ressecção da base da falange proximal com sindactilida do 2o e 3o dedos (técnica de Trott)
– – Osteotomia ressecção cunha de base dorsal ( técnica de Gauthier e Elbaz )

Osteocondrite de Server

DEFINIÇÃO
Apofisite do calcâneo, também chamado de doença de Sever

EPIDEMIOLOGIA
– meninos
– 10 a 12 anos
– sem preferência de lado
– bilateral 60%

ETIOLOGIA
Causa desconhecida, osteocondrite extra-articular
Afecção Auto-limitada, também limitada pela idade
Excesso de esforço físico atuando nesse sistema seria responsável pelos sinais e sintomas

QUADRO CLÍNICO
O típico é garoto, 10 a 12 anos, jogador de futebol com dor no calcanhar ao esforço físico, que recentemente apresentou estirão do crescimento
Não há sinais inflamatórios noturnos

EXAME FÍSICO
O clássico é dor a palpação médio lateral da apófise. Pode apresentar-se com claudicação e encurtamento do tendão calcâneo
O diagnóstico é eminentemente clínico.

IMAGEM
Não há alteração patognomônica no RX, apenas as irregularidades da cça em crescimento. TC pode ser importante para descartar fratura por estresse

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O mais comum é fratura por estresse

TRATAMENTO
Sintomático (AINEs e Analgésicos), incluindo restrição das atividades que causam a dor (futebol, corrida etc)
Alongamento do tendão calcâneo e fortalecimento dos músculos anteriores da perna
Bota gessada se a dor for significante
Período de cura de 2 meses (1 a 6 meses)

COMPLICAÇÕES
Pode haver recorrência dos sintomas antes da maturação esquelética
Não há relato de seqüelas da doença

Doença de Köhler

DEFINIÇÃO
Osteocondrite do Navicular

EPIDEMIOLOGIA
– homens (4H:1M)
– 5 anos nos meninos, e 4 anos nas meninas
– bilateral em 33%
– pode ocorrer simultaneamente com Perthes

ETIOLOGIA
Desconhecida.Ossificação endocondral desordenada.

QUADRO CLÍNICO/ EXAME FÍSICO
Tipicamente são crianças menores que 6 anos com marcha antálgica, com sustentação do peso na borda lateral, dor a palpação do navicular e sinais flogísticos
Não tem bloqueio articular
O diagnóstico é eminentemente clínico.

IMAGEM
Pedir Rx com apoio de frente e perfil, que evidencia esclerose, fragmentação e achatamento no sentido AP do navicular (em até 1/3 casos)

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Pioartrite e Artrite Reumatóide Juvenil

TRATAMENTO
Tratamento sintomático. Suspensão de carga por aparelho gessado por 8 semanas.
Remissão total no RX após 18 a 24 meses
Não há lugar para tratamento cirúrgico

COMPLICAÇÕES
Não há relatos de complicações para essa doença

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Osteonecrose do tálus >
Última modificação porMarcio R4
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