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Neoplasia de pele

Há dois tipos de câncer de pele, o melanoma e o não melanoma. Esse último divide-se em carcinoma basocelular e carcinoma epidermoide.

Melanoma

O câncer melanoma afeta principalmente os adultos brancos. Ele surge nas células que produzem melanina, substância responsável pela cor da pele. No entanto, além desse órgão, pode atingir as mucosas. Caracterizada por pintas, manchas e sinais, a doença representa somente 3% das neoplasias malignas.

Em geral, esse tipo de câncer de pele aparece em regiões do corpo mais submetidas à radiação solar. No início, ele é percebido em camadas superficiais, logo, as chances de uma resposta positiva ao tratamento são boas. Porém, em um estágio avançado, a lesão se torna mais profunda e pode causar metástase, isto é, espalhar-se para outros órgãos.

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Não melanoma

Quando diagnosticado de forma precoce, esse tipo de câncer tem grandes chances de cura. A doença é caracterizada por dois tipos de tumores.

Carcinoma basocelular

O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais comum e menos agressivo, o qual apresenta evolução lenta e letalidade baixa. Na maior parte das vezes, é caracterizado por uma borbulha vermelha e brilhosa, com uma crosta no centro que pode sangrar facilmente.

Ele surge nas células basais, camada mais profunda da epiderme, atingindo principalmente a orelha, o couro cabeludo, o pescoço, os ombros, as costas e o rosto. Além da exposição ao sol, seu aparecimento está relacionado a lesões não cancerígenas, como psoríase e eczema.

Carcinoma epidermoide

Por sua vez, o carcinoma epidermoide surge em células escamosas, que formam a maior parte das camadas superiores da pele. A doença apresenta-se por meio de uma ferida ou acima de uma cicatriz devido, principalmente, à queimadura. Tem cor avermelhada e, algumas vezes, sangra. Pode, ainda, ter a aparência de verrugas.

Mais recorrente em homens, esse tipo de câncer é de alta gravidade quando provoca metástase. As regiões mais atingidas também são as mais expostas ao sol, embora a doença possa afetar qualquer parte do corpo. Quando isso acontece, a pele sofre alterações na pigmentação, enrugamento e perda de elasticidade.

Além de ser decorrente de cicatrizes na pele e feridas crônicas, o carcinoma epidermoide é observado, ainda, em indivíduos que se expõem frequentemente à radiação e a determinados agentes químicos ou em pacientes que utilizaram drogas para evitar a rejeição após o transplante de órgãos.

Quais são os principais sintomas da doença?

Os sinais mais comuns do câncer de pele são os seguintes:

  • lesões de cor rósea, avermelhada e escura, se forem malignas;
  • manchas descamativas na pele;
  • aumento lento e progressivo da lesão;
  • pintas que sangram, coçam, sofrem alterações de cor, textura e tamanho e expandem vagarosamente;
  • assimetria e bordas desiguais da lesão.

É fundamental observar tais indícios e agendar consulta médica o mais rápido possível para que as lesões sejam analisadas. Apenas o profissional especializado terá condições de identificar o problema e recomendar o recurso terapêutico mais adequado para cada caso, a fim de eliminar ou manter a doença sob controle.

Quais são os fatores de risco?

Embora o câncer de pele possa afetar qualquer pessoa, ele é mais percebido em indivíduos inseridos em determinados grupos. A saber:

  • idade acima de 40 anos;
  • pele e olhos claros;
  • albinos, com vitiligo e sensíveis à ação dos raios solares;
  • com histórico familiar da doença;
  • expostos ao sol constantemente, inclusive de forma prolongada;
  • com doenças cutâneas prévias.

Como é feito o diagnóstico?

  • dermatoscopia: o aparelho permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu;
  • biópsia: é o exame recomendado para confirmar o câncer de pele. O material coletado é enviado ao laboratório especializado, que fica responsável por emitir o laudo;
  • demais exames: necessários para determinar a extensão do câncer e a sua localização, de forma a auxiliar no tratamento mais apropriado.

Como é o tratamento do câncer de pele?

tratamento do câncer de pele varia conforme o tipo e a extensão. Portanto, cabe ao médico avaliar qual o melhor recurso para cada paciente. De forma geral, os procedimentos executados abarcam o uso de medicamentos tópicos e orais, a imunoterapia, a radioterapia e a quimioterapia.

Além disso, os cânceres — principalmente os carcinomas — podem ser tratados por meio de intervenção cirúrgica. Veja, a seguir, quais são as alternativas disponíveis:

  • cirurgia excisional: retirada do tumor e de borda da pele sadia com bisturi;
  • criocirurgia: eliminação de tumores pequenos por meio do congelamento com nitrogênio líquido;
  • curetagem e eletrodissecção: raspagem do tumor com cureta ao mesmo tempo em que ocorre a destruição das células cancerígenas com bisturi elétrico;
  • cirurgia micrográfica de Mohs: retirada do tumor e fração de pele com cureta. A técnica é repetida até o desaparecimento total das células cancerígenas;
  • cirurgia a laser: remoção de células tumorais com o emprego de laser;
  • terapia fotodinâmica (PDT): aplicação de agente fotossensibilizante e exposição das áreas à luz intensa, a fim de destruir as células tumorais.

De que forma prevenir a doença?

Confira, abaixo, formas de prevenir o câncer de pele que podem ser adotadas por qualquer pessoa:

  • use filtro solar contra os raios ultravioleta UVA e UVB;
  • lance mão de óculos escuros e chapéus;
  • evite expor-se ao sol entre 10 e 16 horas;
  • se você trabalha sob o sol, utilize roupas apropriadas, que protejam todo o corpo;
  • observe a pele. Veja se há pintas, manchas ou “verrugas” surgindo;
  • vá ao médico dermatologista com regularidade, principalmente se você tem a pele clara e sensível ou histórico de câncer na família.

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