Fratura da cabeça do fêmur
Trauma de alta energia, grande associação com luxação do quadril.
Classificação
Pipkin I: luxação quadril com fratura cabeça fêmur inferior a fóvea da cabeça femoral.
Pipkin II: luxação do quadril com fratura da cabeça do fêmur superior a fóvea da cabeça femoral.
Pipkin III: lesão tipo I ou II associada a fratura do colo do femur
Pipkin IV: lesão tipo I ou II associadas a fraturas da borda acetabular
Fratura-luxação da cabeça do fêmur
Fraturas da cabeça do fêmur ocorrem em 10% das luxações posteriores (fraturas cisalhamento) e em 25-75% das luxações anteriores (fraturas por indentação).
Pipkin I
– Fratura cabeça fêmur é inferior a fovea e ocorre na superfície que não sustenta carga.
Conservador:
– Fragmento < 1cm, congruência, não interfere na mobilidade articular
Cirúrgico:
– Fragmentos desviados – incongruência, aumento espaço articular, interferência mobilidade articular
– Osteossíntese: fragmentos maiores→parafusos mini-micro/Herbert. Vias de acesso anterior (Smith Petersen)
– Ressecção: pequenos fragmentos / cartilagem
Pipkin II
– A fratura cabeça do fêmur é superior a fóvea e envolve superfície que sustenta carga.
Área de carga
Tratamento Cirúrgico
Redução anatômica + fixação parafusos
Vias de aceso: Smith-Petersen, Kocher-Langenbeck
Pipkin III
– Fratura da cabeça do fêmur com fratura associada do colo do femur
RAFI cabeça e colo
Vias de acesso: Smith-Petersen e Kocher Langenbeck
Alto índice de complicações:
– NAV
– Osteoartrose
Idosos ou casos tardios (viabilidade cabeça): artroplastia
Pipkin IV
– Fratura da cabeça do fêmur associado com fratura do acetábulo
Alto índice complicações:
– NAV
– Osteoartrose
RAFI, Artroplastia
Via de acesso: fratura acetábulo determina
Pós-operatório
– Movimentação precoce
– Carga parcial 6 -12 semanas
– Profilaxia – ossificação heterotópica = indometacina + radioterapia
Prognóstico
I e II: semelhante a luxação simples
IV: semelhante a fratura posterior acetábulo
III: pior prognóstico 50% de necrose pos traumática
– resultado final é imprevisível, mesmo após redução anatômica. Depende da lesão da cartilagem, do osso subcondral e da lesão vascular.