– FR (-) na maioria dos casos – Associação com HLA B27
– Doenças:
– Espondilite anquilosante
– Síndrome de Reiter
– Artropatia associada a inflação intestinal
– Artrite psoriática, entre outros
– Envolvimento das sacroilíacas e artropatias inflamatórias periféricas
Espondilite anquilosante
– Principalmente coluna vertebral e as sacroilíacas
– Caucasianos – 3ª década, ou entre 5ª e 6ª décadas – 3 ♂:1♀
Quadro clínico:
– Instalação insidiosa (80%): pode levar a demora para o diagnóstico
– Sintomas iniciais
– 80%: dor lombar
– 10-20%: manifestação articular periférica ou tórax
– Acometimento periférico geralmente proximal e simétrico
– 5-10%: ciatalgia
– Sintomas constitucionais podem ocorrer: febre baixa, anorexia, perda de peso
Evolução da doença
– dor lombar persistente com perda da lordose lombar e espamo muscular intenso
– posição de cifose dorso lombar (posição de esquiador)
– mobilidade da coluna diminuída – manobra de Schöber
– acometimento de níveis mais craniais
RX:
– anquilose da articulação sacroilíaca
– quadratura dos corpos vertebrais lombares – pontes sindesmofitárias: aspecto de coluna em linha de trem
Laboratorial:
– VHS e PCR aumentados – HLA B27 (+)
Prognóstico
– < 20% da forma adulta progride para incapacidade significativa
– Mau prognóstico: acometimento de articulações periféricas e quadril
Tratamento
– analgesia – fisioterapia – exercícios respiratórios
Espondilite anquilosante juvenil
– Criança e adolescentes
– Geralmente HLA-B27 (+)
– 6 ♂:1♀
– Maioria: antecedente de artrite de grandes articulações dos MMII ou dos ossos tarsais
– Preditor mais importante para diferenciar da AJI oligo ou poliarticular, além da doença axial
– Artrite grandes articulações de MMII sem artrite de MMSS, entesite e doença no tarso
– Na EAJ, raramente há acometimento axial na apresentação inicial
– Geralmente oligoarticular, assimética
Quadro clínico
– Doença passa por fases de exacerbação e remissão e geralmente é leve
– Doença axial começa a ficar evidente após o 3º ano de doença
Artrite psoriásica
Síndrome de Reiter
– Tríade: uretrite não infecciosa, conjuntivite e artrite
– 50 ♂:1♀ – >40 anos
– Relação herediária
– Etiologia: desconhecida
Quadro clínico:
– Inicia com uretrite ou cistite após disenteria ou relação sexual suspeita
– Em alguns dias: conjuntivite catarral
– Após 2 semanas: poliartrite principalmente dos pés e articulações de carga
– pode haver ulceração superficial na mucosa oral e no pênis
– Ataque inicial geralmente é auto-limitado – Em 50% dos pacientes há recorrência.
– Pode haver acometimento da sacroilíaca e anquilose
– Em casos graves pode haver deformidade de Launois.
– Complicações: insuficiência aórtica, bloqueio atrioventricular, meningoencefalia, psicose
RX:
– Aumento de partes moles e osteoporose subcondral mínima
– Progride com diminuição dos espaços articulares, aumento da osteoporose subcondral
– Tardiamente: desenvolvimento de erosões
Laboratorial
– Fator reumatóide (-) – HLA B27 (+) – Culturas (+) para Shiguella, Yersínia e Salmonella
Diagnóstico diferencial: AR, artrite gonocócica
Doença inflamatória intestinal
– Retocolite e Crohn: artrite em até 20% dos casos
– 5 a 15% dos casos podem cursar com sacroiliíte e espondilite
– Geralmente oligoarticular
– Primeiramente o joelho, tornozelo e punho
– Geralmente não há recorrências, mas o prognóstico é bom mesmo nos casos recorrentes
– Artrite melhora com tratamento da própria doença inflamatória intestinal
Tratamento sintomático
Artropatia disentérica
– Artrite como complicação de disenterias por Shiguella e Yersínia.
– Artrite após diarréia com sintomas que podem ser graves e prolongados
– poliartrite ou poliartralgia – afeta joelho, tornozelo e punho – pode ser migratória
– Casos mais graves: cardite
Diagnóstico: coprocultura e testes de aglutinação
Artrite relacionada a entesite
– Associada a doença inflamatória intestinal
– Artrite e entesite ou
– Artrite ou entesite com ≥ 2 dos
– Sacroiliíte, HLA-B27 (+), história familiar de parente de 1º grau com doença HLA-B27, instalação de artrite em menino > 6 anos
– Exclusão: psoríase no doente ou em parente de 1º grau, fator reumatóide (+) ou artrite sistêmica
Quadro clínico
– Dor com regidez matinal
– Única que piora ao longo do dia ou com atividade pelo estresse sobre os tendões