Tumor de células gigantes

Definição

OMS: “Tumor agressivo, caracterizado por tecido vascularizado, constituído de células ovóides ou fusiformes, volumosas, e pela presença de numerosas células gigantes do tipo osteoclástico, que são uniformemente distribuídas por todo o tecido tumoral. Encontra-se relativamente pouco colágeno. Estão freqüentemente presentes áreas de alterações fibrohistiocíticas, especialmente em tumores maiores ou de longa duração.”

Epidemiologia

Incidência: não é muito freqüente.
Idade e Sexo: pouca prevalência do feminino (1,5 : 1). Acima de 15 anos, mais comum na terceira década. Raro abaixo dos 10 anos.
Local: Principalmente joelho. É epifisário e se extende para a metáfise. É raro, mas podem ocorrer localizações múltiplas.

Quadro clínico

Mais freqüente e primeiro sintoma é a dor de característica crescente. Associa-se o edema e tumefação local. Ocorre também a limitação de movimento da articulação adjacente. A fratura patológica é rara.

Exames de imagem

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Radiologia: Lesão lítica, expansiva, radiolucente, excentricamente localizada na epífise. Em casos avançados pode ocupar toda a largura do osso (mais comumente no rádio distal). Há limite impreciso entre o tumor e o osso esponjoso vizinho. Borda esclerótica ausente assim como é rara a trabeculação óssea.

Anatomia Patológica

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Macroscopia: áreas de aspecto carnoso, mole de cinza a vermelho claro. Septos de delicado tecido conjuntivo. Cavidades císticas podem ocorrer em tumores mais avançados.
Microscopia: devem-se examinar áreas preservadas>>>>células gigantes multinucleadas que se distribuem uniformemente. Citoplasma basofílico e homogêneo. Poucas mitoses típicas. Estroma com pouco colágeno. Tumor muito vascularizado.
Patogênese: Histogênese ainda não foi esclarecida, mesmo padrão histoquímico de osteoclastos e condroclastos normais.
– Parece ter origem de célula mesenquimal não diferenciada ou células do tecido conjuntivo que sustenta a medula óssea, estas se juntariam e formariam a célula gigante multinucleada. Tanto que alguns autores chamam o TCG de “osteoclastoma”.

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Classificação de Campanacci

I – quiescente, intra –ósseo
II – ativo, periósteo intacto
III- agressivo, invade partes moles.

Tratamento

– Ressecção -> Tumor recidiva muito.
– Radioterapia aumenta índice de recidiva.
– Opções: Curetagem + enxerto
– Ressecção (endoprótese após)
– Amputação – lesões avançadas, com infecção e já recidivadas.
– Curetagem + cimento – bons resultados (cimento queima o local).

Tumor de células gigantes da bainha tendínea

Tumor benigno relativamente comum que afeta as bainhas tendíneas dos dedos das mãos de adultos.

Ele aparece primeiro como uma tumoração que cresce mas é indolor. Ocasionalmente uma radiografia mostra erosão óssea.

A histologia é característica, com células espumosas (histiócitos), tecido fibroso, células gigantes e deposição de hemossiderina.

O tratamento é feito por excisão marginal, o que em lesões grandes pode ser tecnicamente difícil. Recidivas não são infrequentes, se a excisão for incompleta.

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Última modificação porMarcio R4
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