Fratura da diáfise do fêmur em crianças

São comuns, desde queda até trauma de alta energia.
Em menores que 1 ano, 70% relacionados a espancamento
Incidência: 1 a 2% das fraturas na infância
Menino : menina 2,5 : 1
Pico 2-3 anos e adolescentes

Fraturas metafisárias (subtrocantérica e supracondilar) na criança >

f f crian maus tratos

Historia

Trauma indireto e mais comum (rotacional): traço espiral ou oblíquo / Trauma de parto – Fx no RN descartar Osteogênese imperfeita

Classificação

Localização, traço de fx, desvio, exposição
Desvios da fratura >

Tratamento

Bons resultados independente do tipo de tratamento
Tratamento das fraturas de fêmur de acordo com a idade >

– Escolha do tratamento depende: idade, mecanismo de trauma, fx exposta ou fechada, fx tíbia ipsilateral, lesão neurovascular, TCE, politrauma, fx patológica e condição social
*> 10 anos: melhor tratadas cirurgicamente

– gesso imediato: menor permanência hospitalar / efetivo / preocupação em relação a manutenção da redução / < 10º de varo, valgo e recurvato / 20º antecurvo / modelar a face lateral devido tendência de desvio em varo / 1-1,5 cm de encurtamento
– – Confecção do gesso pelvicopodálico >
– – Suspensório (até 6 meses) ou gesso imediato: encurtamento < 1-2 cm e < 30 graus de angulação sagital e 15 graus coronal.
– – Se for maior, deve-se usar tração por 3 a 10 dias.

– tração + gesso: tração por 2-4 semanas (consolidação primária) / acavalgamento 1-1,5 cm / < 10 anos / Bryant ou 90-90 com fio de K no fêmur distal
– – tração:
– – – fratura instável do fêmur em crianças com menos de 6 anos de idade e mais de 2-3 cm de encurtamento;
– – – fraturas do fêmur em que o comprimento e alinhamento não podem ser mantidos de forma adequada em aparelho de gesso pelvipodálico em crianças com menos de 6 anos de idade;
– – – fratura do fêmur em crianças de 6 a 11 anos de idades sem fraturas múltiplas, traumatismo craniano ou graves lesões vasculares ou dos tecidos moles.
– – – importante que respeitem o período de repouso no leito e imobilização com gesso pelvipodálico e cuja família prefere que não seja realizada a cirurgia.
– – – Máximo de 2,3 Kg na tração cutânea.

– fixação externa: 2 pinos acima e 2 abaixo, exceto cominuição grave e exposta grave (3 em cada lado) / apoio progressivo após calo visível / 10% infecção e inflamação trajeto dos pinos / pinos na face lateral da coxa tendem a limitar mobilidade do joelho (recuperam mobilidade em 6 semanas) / consolidação 10-12 semanas / apoio completo e dinamização antes da retirada

– haste flexível intramedular: múltiplos fios ou 2 fios em “C” com portais medial e lateral retrogrado proximal a fise distal / imobilização gessada se instabilidade / contraindicada nas fraturas com grande cominuição e perda óssea

– placas e parafusos de 4,5 mm: não apoiar se cominuição medial (ruptura da placa) / placa pode quebrar mesmo após 6 semanas de PO / risco de fratura após remoção no orifício do parafuso

– haste bloqueada: útil nos pacientes >12 anos / 10-12 anos: lesão trocanter maior com coxa valga e osteonecrose cabeça femoral (fossa piriforme).
– – Não se recomenda a utilização anterógrada de hastes fresadas em crianças < 12 anos.
– – Após o tratamento, acompanhar crescimento dos MMII: 78% dos sobrecrescimentos nos 1º 18 meses / discrepância máxima após 42 semanas
– – – Posição ideal da fratura: 1cm de encurtamento e leve alinhamento em valgo, para contrabalancear a tendência em varo no gesso e o supercrescimento (0,9cm). Acima de 11 anos deve ser mantido o comprimento normal da coxa.

Resumo

Ângulações aceitáveis >
– RN: Bryant seguido de Pavlik
– < 6 anos: gesso imediato / tração previa se encurtamento > 2 cm / exceto politrauma, exposição, TCE, joelho instável: fixador externo
– 6 a 10 anos: gesso imediato (depende do tamanho da criança) / fixador externo / intramedular flexível / placa de compressão
– > 10 anos: intramedular flexível / placa de compressão / haste bloqueada (cuidado em < 12 anos)

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Recomendações no tratamento da fratura diafisária em crianças
Última modificação porMarcio R4
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