Doença de Preiser (Necrose avascular do osso Escafóide)

A doença de Preiser é muito rara. Tão incomum que não há dados confiáveis quanto à epidemiologia. Não se sabe em qual sexo, idade ou profissão é mais prevalente. 

Causas

Uso crônico de corticóide para tratamento de doenças auto-imune, tabagismo, etilismo e traumas prévios podem ser fatores de risco para a Doença de Presiser, que não tem etiologia (causa) nem fisiopatologia (mecanismo) definidos. Pacientes com infiltração local de corticóide para tratamento de Moléstia / Doença de De Quervain podem ter desenvolvido necrose avascular do escafóide (ou o diagnóstico inicial de De Quervain pode ter mascarado a Doença de Preiser).

preiser

Sintomas

Os sintomas iniciais são dor no punho, principalmente do lado radial (lado do polegar), tanto na região dorsal quanto na região palmar. Há aumento de volume local e perda de mobilidade do punho. 

Classificação

A classificação mais aceita para Doença de Preiser é a de Herbert e Lanzetta, realizada apenas em 1994, baseada na classificação de Litchman para Doença de Kienböck. 

  • Grau I: sem alterações radiográficas, com alteração de sinal na Ressonância Magnética. 
  • Grau II: aumento da densidade radiográfica do escafóide
  • Grau III: fragmentação do escafóide, pólo proximal
  • Grau IV: Colapso do carpo/artrose

Tratamento

Nos graus iniciais está preconizado o tratamento conservador ou realização de enxerto ósseo vascularizado. O objetivo é “revascularizar o escafóide”. Há trabalhos que indicam osteotomia de fechamento do rádio, com o mesmo objetivo da osteotomia de encurtamento para tratamento da Doença de Kienböck.

O retalho ósseo de Zaidenberg (baseado na artéria interretincular 1,2) e o retalho ósseo de Mathoulin são boas opções e a experiência do cirurgião e local da cicatriz devem ser levados em consideração. 

A osteotomia de fechamento do rádio pode ser fixada com fios de Kirschner, parafusos ou placa e parafusos. 

No grau IV, apenas os procedimentos de salvação, como a ressecção do escafóide e artrodeses parciais do carpo (artrodese 4 cantos, artrodese de atlas), ressecção da fileira proximal do carpo e artrodese total do punho estão indicados. 

Novamente, pela raridade da doença, não há trabalhos que afirmem com boa evidência estatística qual o melhor tratamento para cada grau. Sabe-se que o tratamento não operatório acaba observando a história natural da doença e que tem resultados ruins objetivos e subjetivos. 

Última modificação porMarcio R4
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