Crescimento ósseo

O crescimento dos ossos envolve dois processos diferentes dependendo em qual direção o crescimento é necessário.

OSSIFICAÇÃO: O processo através do qual cristais de cálcio forma-se em uma rede cartilaginosa compondo tecido ósseo.

 

 

Crescimento endocondral

O processo através do qual novos depósitos ósseos são acrescidos às extremidades dos ossos longos, proporcionando crescimento do osso longitudinalmente.

Em ossos longos, o crescimento endocondral pode ocorrer seja na cartilagem articular ou na placa epifisária (cartilagem). Nos ossos curtos, o crescimento ocorre apenas na cartilagem articular. É um processo equilibrado entre a formação de cartilagem na zona cartilaginosa distalmente e a ossificação da extremidade proximal da zona cartilaginosa permitindo assim, o crescimento longitudinal.

Observação: Desequilíbrios hormonais e desnutrição podem perturbar esse equilíbrio, gerando o crescimento inadequado do osso.

 

Crescimento membranoso

O processo através do qual depósitos de ossos novos são adicionados às camadas membranosas mais internas do periósteo, permitindo que o osso cresça circunferencialmente. O crânio, o esterno e a parte da clavícula são produzidos por este tipo de crescimento ósseo.

Observação: Nas crianças, a camada periosteal é significativamente espessa e produz osso novo prontamente. Essa rápida capacidade de crescimento é perdida na vida adulta a medida que o periósteo afina. Esta é uma explicação parcial porque fraturas cicatrizam mais rápido em crianças quando comparadas com adultos.

Tipos de células ósseas

As células ósseas são na maioria estreladas. Podem ser de três tipos: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Não há grandes diferenças entre esses tipos, que são, na realidade, mudanças da forma de uma mesma célula, em diferentes estágios.

Osteoblastos

Células jovens com intensa atividade metabólica e responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz. São cúbicas ou cilíndricas e são encontradas na superfície do osso periósteo (membrana fina que reveste o osso).Fazem a regeneraçao ossea apos fraturas os osteoblastos existem também no Endosteo (membrana de tecido conjuntivo que reveste o canal medular da Diáfise e as cavidades mais pequenas do osso esponjoso e compacto).Os osteoclastos e celulas progenitoras osteocondrais podem também ser encontradas no Endósteo.

Osteócitos

Durante a formação óssea, à medida que se dá a calcificação da matriz óssea, os osteoblastos acabam ficando em lacunas chamadas osteplastos, diminuem sua atividade metabólica e passam a ser osteócitos, células adultas que atuam na manutenção dos componentes químicos da matriz. Nas regiões ocupadas pelas ramificações dos osteoblastos formam-se os canalículos, que permitem uma comunicação entre os osteócitos e os vasos sanguíneos que os alimentam.Os osteócitos são protegidos pela osteona que os reveste.

Osteoclastos

Células grandes com diversos núcleos (multinucleadas ou polinucleadas), originadas da fusão de células ósseas(sincício). Fazem a reabsorção da matriz. Os osteoclastos sao celulas gigantes, multinucleadas responsáveis pela gradação do tecido osseo em condições fisiológicas e patológicas. Originam-se pela fusão de celulas mononucleares da medula ossea, sendo porém observadas somente nas superfícies osseas. Os osteoclastos secretam acidos, colagenase e outras enzimas que atacam e liberam Ca+. Originam-se dos monocitos

Tipos de tecido ósseo

Pode-se dividir o tecido ósseo em dois tipos: esponjoso ou reticulado e compacto ou denso. Tais tipos apresentam o mesmo tipo de célula e de substância intracelular, mudando apenas entre si a disposição de seus elementos e a quantidade de espaços medulares. O tecido ósseo esponjoso e o compacto aparecem juntos na grande maioria dos ossos dos vertebrados.

Estrutura de um osso longo

– Tecido ósseo esponjoso ou trabecular
– – Apresenta espaços medulares mais amplos, sendo formado por várias trabéculas, que dão um aspecto poroso ao tecido.
– Tecido ósseo compacto ou cortical
– – Não apresenta quase nenhum espaço medular, possuindo, no entanto, um conjunto de canais que são percorridos por nervos e vasos sangüíneos: canais de Volkmann e canais de Havers. Por serem uma estrutura inervada e irrigada, os ossos têm sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração.
– – Canais de Volkmann
– – – Os canais de Volkmann começam na superfície externa ou interna do osso, possuindo uma trajetória perpendicular em relação ao eixo maior do osso. Esses canais se comunicam com os canais de Havers. Os canais de Volkmann não apresentam lamelas concêntricas.
– – Canais de Havers
– – – Percorrem o osso longitudinalmente e podem intercomunicar-se por projeções laterais. Ao redor de cada canal de Havers existem, em cortes transversais, várias lamelas concêntricas de substância intercelular e de células ósseas. Cada conjunto deste, formado pelo canal central de Havers e por lamelas concêntricas, é chamado de Sistema de Havers ou Sistema haversiano.

Endósteo

É á uma camada de células osteogênicas e de tecido conjuntivo que revestem o canal medular, cavidades do osso esponjoso, canais de Havers e Volkmann. Tanto no endósteo como também no periósteo existem vasos sanguíneos que se ramificam e penetram nos ossos através dos canais de volkmann.

Periósteo

É um tecido fibroso membranoso e resistente que reveste a superfície externa do osso, exceto a superfície da cartilagem articular e as inserções dos tendões, ligamentos, cápsula articular e membrana interóssea. ).As fibras de Sharpey são fibras colágenas do tecido ósseo que são contínuas com as fibras do periósteo mantendo-o intimamente aderido ao osso.

Outra classificação dos ossos

Primário (imaturo)
Se forma primeiro no embrião e durante a regeneração, tem pouco cálcio e muitas células e fibras colágenas alocadas caóticamente. É osso esponjoso visto à olho nú. No adulto é muito pouco encontrado, persistindo apenas próximos às suturas do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de que se encontram os tendões.

Secundário (lamelar)
Tecido maduro formado de lamelas paralelas ou concêntricas. Possui cálcio e o arranjo lamelar ajuda a distribuir a força pelo osso. É o osso compacto visto à olho nú.

Remodelagem óssea

É o processo de remodelamento ou de reconstrução de um osso ao longo do tempo estabelecido pelas atividades osteoblásticas e osteoclásticas.
– A Lei de Wolff é o princípio que estabelece que será depositado osso ao longo das linhas de estresse e reabsorvido no caso de ausência de estresse.

> Arquivos de Apresentações em ppt

Aparecimento dos núcleos de ossificação:
membros superiores e inferiores
Fechamento da fise:
membros superiores e inferiores

Última modificação porMarcio R4
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