O pico de incidência da patologia ocorre entre os 40-60 anos, porém, apenas 1/3 dos casos são bilaterais. Estudos teciduais anatomopatológicos em fáscias plantares acometidas não evidenciaram infiltrado inflamatório e sim alterações sugestivas de processo degenerativo com microfissuras fasciais, necrose do colágeno e invasão angiofibroblástica de tecidos. O 1 ° ramo do nervo plantar lateral (nervo de Baxter) localiza-se superiormente à origem da fáscia plantar, na tuberosidade plantar medial do calcâneo. Esse nervo realiza inervação muscular dos músculos quadrado plantar, abdutor do dedo mínimo e flexor curto dos dedos. Neuropatia compressiva desse nervo cursa com dor plantar medial semelhante à da fasceíte, porém, com localização ligeiramente diferente no exame físico. Trata-se, portanto, de diagnóstico diferencial da fasceíte, sendo que diversos autores acreditam que as patologias podem coexistir. A presença do esporão plantar na região do processo medial plantar do calcâneo, associada à dor plantar no calcanhar, não fecha diagnóstico de fasceíte. Cinquenta a 75% das pessoas com dores crônicas plantares no calcanhar apresentam exostose plantar na radiografia e não necessariamente possuem diagnóstico de fasceíte plantar. Além disso, 63% das pessoas sem dor plantar no calcanhar também apresentam exostose plantar na radiografia.
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