Cifose congênita e postural

Cifose congênita

A cifose causada por anomalias vertebrais é incomum, embora muito deformante e incapacitante.

Classificação de Winter

– Tipo I: falha congênita da formação do corpo vertebral
– – mais comum e mais grave
– – 2 malformações tipo I adjacentes produzem deformidade mais grave do que anomalia única
– – 25% tem déficit neurológico
– – deformidade torácica alta tem maior risco de lesão neurológica
– – progressão mais rápida no estirão da adolescência
– Tipo II: falha da segmentaç ao do corpo vertebral
– – Ausência de fise e disco anterior resulta em barra não segmentada
– – Progressão média de 5º / ano
– – Geralmente não ocorre paraplegia – Complicações: dor lombar, deformidade
– Tipo III: combinação de ambas condições.

As deformidades do tipo I são mais comuns e encontradas principalmente na coluna torácica e toracolombar, raras na cervical. A progressão é mais rápida na tipo III, seguida pela tipo I. Em 25% dos pcts com o tipo I pode haver déficits neurológicos. O mesmo se observa para deformidade na coluna torácica superior, anomalias a partir de T12 não produzem anormalidades neurológicas. O tipo II é menos comum e apresenta uma progressão mais leve, de aproximadamente 5 graus/ano.

Avaliação clínica e radiológica

Avaliação global, pesquisar associações freqüentes como: sind. Klippel-Feil, anormalidades genitourinárias, anomalias cardíacas e anormalidades intra-espinhais.

Tratamento

Tratamento consercador com órtese é ineficaz.
– O procedimento operatório depende da deformidade, da idade, do tipo e presença de sintomas neurológicos.

Tipo I

• Pct até 5 anos, com deformidade menor que 50 graus: fusão posterior tipo Moe. A criança deve permanecer em repouso no leito por 4 meses, quando então poderá deambular.
• Pct > 5 anos: fusão anterior e posterior. Realiza-se a via anterior com remoção dee estruturas encurtadas e colocação de enxerto autógeno – pilar anterior. A fusão posterior é sempre maior que a anterior e deve abrager ao menos um nível acima e abaixo da deformidade, pode-se instrumentar com o tipo compressão.
• Pct com grande déficit neurológico necessitam de descompressão anterior da medula espinhal com fusão anterior e posterior.
• Laminetomia é contra-indicada em pcts com o tipo I.

Tipo II

• Crianças jovens: artrodese posterior.
• Adolescentes com deformidades moderadas: fusão posterior com instrumentação compressiva. Em jovens que não podem ser submetidos a instrumentação recomenda-se imobilização rígida com gesso por 01 ano.
• Deformidades graves: operação anterior e posterior com osteotomia em todos os níveis da barra anterior e artrodese anterior e posterior – posterior compressiva.

Cifose postural

Deformidade flexível da coluna dorsal, passível de correção ativa ou passiva, ocorrendo com relativa freqüência na segunda infância.
– Não está associada a dor.
– Cifose torácica normal (20-45º)
– curvatura de T2 a T12 com ápice em T7
– Lordose lombar (40-60º) com ápice em L3
– Hipercifose torácica > 50º: falha da coluna anterior ou inabilidade da coluna posterior em suportar tensão

Quanto à configuração:
– Angular: raio curto

Aspecto clínico de gibosidade cifótica
– Mal de Pott e fraturas
– Não angular: raio longo
– Aspecto de dorso curvo, como na doença de Scheuermann

Radiologicamente não há alterações.

Em geral, regridem com o crescimento, não estando indicado o colete.
– Pode-se orienta a ginástica postural e práticas desportivas.
– Os casos devem ser acompanhados até o final da adolescência para descartar doença de Sheuermann.

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Última modificação porMarcio R4
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