Anatomia da coluna

Embriologia

– Coluna: origem mesodérmica
– Discos: origem da notocorda

Desenvolvimento da curva

– Feto: coluna em forma de C
– Ao nascimento: reta
– Engatinhar: lordose cervical
– Posição bípede: S

Movimento da coluna

– Torácica: principalmente latero-lateral
– Lombar: flexo-extensão

Circulação arterial

Dependente de três canais
– Tronco arterial longitudinal anterior mediano: maior na região cervical e lombar
– Par de troncos posterolaterais
Permite fluxo reverso e controle do fluxo em resposta às necessidades metabólicas. Funciona como o círculo de Willis no cérebro:
– Este círculo arterial interno é circundado por pelo menos 2 círculos externos:
– 1º: situado no espaço extradural
– 2º: plano extravertebral

Artérias radiculares da medula: reforçam os canais longitudinais
– Variam de 2-17 anteriores e de 6-25 posteriores
– Na região cervical, tem origem nas artérias vertebrais
– Na região torácica e lombar, da aorta
– As artérias sacral lateral, 5ª lombar, iliolombar e sacral média são importantes na região sacral

Fonte suplementar para a medula:
– Artérias vertebrais e cerebelares posteroinferiores
– Artérias sacrais laterais acompanham as raízes da cauda equina

Artérias segmentares da coluna:
– A cada nível, um par de artérias segmentares supre estruturas extra e intraespinais
– Ponto de distribuição: local que as artérias segmentares se dividem no forame intervertebral em ramos múltiplos

Circulação da medula entre T4-T9 é pior

Artéria de Adamkiewicz: maior artéria nutrícia da medula inferior
– Geralmente à esquerda, entre T9-T11 em 80%

Coluna torácica e lombar: ramos da aorta, anterior ao corpo vertebral

Drenagem venosa

Pouco conhecida
Veias da medula espinal: componente pequeno do sistema que drena para o plexo de Batson
– Veias do plexo de Batson: complexo venoso da base do crânio ao coccix
– Comunicação direta com a veia cava inferior e superior e sistema ázigo
– Permite disseminação neoplásica e infecciosa da pelve para a coluna

Três componentes:
– Plexo venoso vertebral extradural
– Plexo venoso extravertebral: inclui veias segmentares do pescoço, veias intercostais, comunicações com a ázigos no tórax e pelve, veias lombares e comunicações com o sistema da veia cava infeior
– Veias da estrutura óssea da coluna vertebral

Pedículos

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Vértebras cervicais baixas >

Cervical
– Parafuso cervical com maior risco do que placa anterior ou massa lateral
– C2 e C7 tem tamanho médio maior
– C3 é a menor
– C3-C4-C5 necessitam de parafuso < 4,5 mm e é mais difícil
– Razão largura / altura aumenta de C2 a C7
– C2-C4: alongadas
– C6-C7: arredondadas
– Pedículos angulados medialmente em todos os níveis
– Angulação maior em C5 e menor em C2 e C7
– Artéria vertebral: C3 – C6 sob maior risco
– Córtex lateral é 2x mais fino do que o medial (também na torácica)
– Há variação anatômica do trajeto da artéria
– C2 e C7-T1: menor risco
– C2: trajeto mais lateral – C7-T1: fora do forame transverso

Toracolombar
– Mais largos em L5 e estreitos em T5 no plano horizontal
– Mais largo em T11 e mais estreito em T1 no plano sagital
– Angulação caudal em L5 e cefálica de L3 até T1
– Profundidade até o córtex anterior
– Maior no eixo do pedículo do que na linha média
– Exceção: T12 e L1
– Localização para passagem de parafuso
– Pontos de referência: espaço articular facetário e ½ do processo transverso
– Abertura do pedículo com broca ou cureta
Riscos:
– Medial ao pedículo: saco dural
– Inferiomedial: raiz no forame neural
– Na região lombar, fica no 1/3 superior do forame  maior risco
– Menos risco se penetrar lateral ou superior

Técnicas de localização do pedículo

Técnica da intersecção: mais usada

Torácica
– Linha na ½da articulação facetária inferior
– Linha que divide o processo transverso na ½

Técnica da pars interarticularis:
– Pars interarticularis: área de conecção entre o pedículo e a lâmina

Técnica do processo mamilar:
– Baseada na proeminência óssea da base do processo transverso
– Geralmente é mais lateral do que o ponto de entrada da técnica de intersecção
– Deve-se usar um ângulo diferente

Técnica:
– Pedículo de T12: perpendicular ao corpo vertebral
– Em direção caudal: aumento de 5º por vértebral
– L5 e S1: pedículos alcançam 25-30º

Lombar
– Ponto de entrada do parafuso
– Intersecção de linhas que passam sobre os processos transversos e outra paralela e lateralmente à articulação
– Ponto ideal: cruzamento entre as linhas e 1 mm abaixo da articulação

Torácico
– Cruzamento de uma linha vertical que passa no meio das facetas articulares com outra horizontal que passa paralelamente aos processos transversos

Ligamento amarelo

Um dos mais importantes posteriores
– Ocupa espaço entre as duas lâminas adjacentes – Espessamento pode levar a estenose do canal vertebral

Ligamento iliolombar

– Da asa do ilíaco às apófises transversas de L4 e L5
– Maior parte da flexo extensão e lateralização ocorre nos discos L4-L5, L5-S1
– Posição axial da porção de L5: permite flexo extensão e bloqueia lateralização no disco L5-S1
– Posição oblíqua da porção de L4: permite movimentos de lateralização no disco L4-L5

Articulações interapofisárias

– Principal função: orientar o movimento intervertebral
– Torácica: disposição oblíqua -> torção e lateralização
– Lombar: disposição mais vertical -> movimento no sentido anteroposterior

Nervo laringeo recorrente

Ramo do nervo vago:

– Esquerdo:
– Segue em direção ao tórax pela bainha carotídea, contorna o arco aórtico e sobe em direção ao pescoço entre o esôfago e a traqueia, até atingir a laringe

– Direito
– Segue em direção ao tórax pelo interior da bainha carotídea, contorna a artéria subclávia direita, segue em direção superior para inervar a laringe em um nível mais alto do que o esquerdo
– Pode ter posição anômala e atravessar o campo cirúrgico na proximidade da tireoide

Disco intervertebral

Entre as vértebras da coluna vertebral há discos, os quais  funcionam como amortecedores e as articulações. Eles foram concebidos para absorver as tensões desenvolvidas pela coluna vertebral, enquanto permitindo que os corpos vertebrais de se mover uns em relação aos outros. Cada disco é composto por um forte anel externo de fibras chamado de fibrose do anel, e um centro mole chamado de núcleo pulposo. A camada exterior (annulus) ajuda a manter o núcleo interior do disco (núcleo) intacta. O anel é feito de fibras muito fortes que ligam cada uma das vértebras em conjunto. O núcleo do disco tem um teor muito elevado de água, o que ajuda a manter a sua flexibilidade e propriedades de absorção de choque.

Os discos intervertebrais encontram-se entre os corpos das vértebras da coluna, desde a estrutura da vértebra cervical C2 até a região sacral, posicionando sempre entre os corpos de duas vértebras distintas. Essas estruturas estabilizam-se através de ligamentos, tais como: ligamento longitudinal anterior e ligamento longitudinal posterior, sendo esses responsáveis pela manutenção do posicionamento dos discos entre as vértebras.

Encontram-se ao longo da estrutura da coluna 23 discos. É comum que apresentem variação de tamanho, espessura e formato, uma vez que as vértebras dos segmentos cervical, torácico, lombar e sacral possuem particularidades em suas estruturas, sendo estas de diversos tamanhos, conforme a localização. Os discos contribuem de forma direta para a funcionalidade da coluna. Estes formam cerca de 25% do comprimento total da coluna. Por esse motivo, quando inicia-se o processo de envelhecimento ou mesmo a degeneração estrutural do disco, observa-se uma diminuição drástica na altura, comprometendo assim a funcionalidade e a mobilidade de diversas estruturas.

disco vertebral

O disco intervertebral é descrito como um sistema hidráulico complexo que absorve choques, permite uma compressão transitórias e, devido ao deslocamento do líquido dentro do continente elástico, permite o movimento. Pode ser comparado a um amortecedor mecânico de choques.

Essa estrutura possui dois componentes principais:

  • Anel fibroso: composto basicamente por fibrocartilagem, onde os feixes colágenos formam-se de forma concêntrica, cercando o núcleo interno. Essa porção é composta basicamente por colágeno tipo I, sendo esta considerada a porção mais externa da estrutura.
  • Núcleo pulposo: caracteriza-se por um líquido viscoso rico em ácido hialurônico, composto histologicamente por células arredondadas e pequena quantidade de colágeno tipo II, denominado gel de mucoproteína.

anatomia do disco

Ambas estruturas possuem uma pequena quantidade de colágeno IX. Esse colágeno encontra-se tanto no núcleo fibroso quanto no anel. Também se encontra nas placas vertebrais terminais. Acredita-se que esse tipo de colágeno seja um dos principais responsáveis pelo suporte mecânico dos tecidos, sendo essencial na função de ponte intermolecular.

As células que compõem o anel fibroso agem como selante em relação ao núcleo pulposo, fazendo com que as pressões e forças exercidas pelo segmento possam ser melhores distribuídas. As porções anelares mais externas se encaixam como cilindros, facilitando assim a funcionalidade da estrutura.

Funções

  • Proteger a medula espinhal no trajeto crânio caudal.
  • Amortecer cargas e pressões ao longo da coluna vertebral, evitando com isto que qualquer traumatismo um pouco mais intenso acarrete sérias consequências sobre a coluna e provoque fratura de vértebras;
  • Contribuir para a característica de estrutura semifixa e semimóvel da coluna, pois, nesse aspecto, o disco promove um amarramento fibrosos de uma vértebra à outra, por meio de um emaranhado de fibras que se inserem nos corpos vertebrais superior e inferior. Como estas fibras são fibroelásticas, o amarramento torna-se maleável;
  • Permitir e restringir os movimentos das articulações intersomáticas e atuar como principal componente na transmissão de carga de um corpo vertebral ao seguinte.

Nutrição

Os discos não possuem vasos sanguíneos. Desse modo, dependem de um processo de difusão com o corpo vertebral, para receber substâncias nutritivas. Isso é semelhante a uma esponja molhada que é comprimida e diminui de volume, perdendo a água. Com a descompressão, aumenta novamente de volume, absorvendo água. Portanto, as compressões e descompressões alternadas dos discos funcionam como uma bomba hidráulica, pela qual se alimentam. Uma contração prolongada do disco, que ocorre, por exemplo, em cargas estáticas, é muito prejudicial, porque interrompe o processo nutricional dos discos e pode provocar degeneração dos mesmos, além de diminuir os espaços por onde saem os nervos lateralmente.

Cauda equina

Raízes distribuídas da periferia para o centro: L5 -> S1 -> S2-5

Músculo Platisma

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Músculo platisma

O m. platisma é um músculo fino e chato que concorre na expressão facial, e varia no tamanho, espessura e elasticidade. Tem relação estreita com mandíbula, SMAS (sistema músculo-aponeurótico superficial), m. peitoral e m. deltóide. Pela sua ação, a pele do pescoço se enruga e o canto da boca é tracionado inferiormente, dando uma expressão de repugnância. Na maioria dos casos suas fibras se imbricam na linha média, sob o mento, na região anterior do pescoço. Em 10 a 15% dos indivíduos isto não acontece, o que talvez favoreceria a formação das bandas com a chegada dos 40 anos de idade.

Inserção Superior: Face inferior da mandíbula, pele da parte inferior da face e canto da boca

Inserção Inferior: Fáscia que recobre as partes superiores dos músculos peitoral maior e deltóide

Inervação: Ramo cervical do nervo Facial (7º par craniano)

Ação: Traciona o lábio inferior e o ângulo bucal, abrindo parcialmente a boca (expressão de horror). Puxa a pele sobre a clavícula em direção à mandíbula

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