Procedimento cirúrgico mais antigo.
Ambroise Pare: primeiro a utilizar ligaduras
Morel (século XVII): introdução do torniquete
Epidemiologia
300000 novos amputados a cada ano devido ao envelhecimento da população com DM e vasculopatia periférica (50%-75% dos casos)
– Nos jovens é relacionado ao trauma
– Homem:mulher – 3:1
– 85% nos MMII
Indicações
– Tem indicação absoluta na lesão irreparável do aporte sanguineo do membro doente ou lesionado
– Na queimadura térmica e congelamento deve-se aguardar a delimitação da lesão
– Indica-se na infecção aguda ou crônica, que não responde as medidas clínicas ou cirúrgicas
– Também indicada na lesão nervosa que apresenta úlcera trofica num membro anestesiado
*OSTEOTOMIAS SÃO TODAS IGUAIS: incisão periosteal proximal a osteotomia + raspagem das bordas ósseas.
Amputação da perna (abaixo do joelho)
Primeira em frequência.
– Importância da preservação do joelho para reabilitação.
– Baseada na construção dos pedículos cutâneos e estabilização dos músculos.
Procedimentos divididos para membros isquêmicos e não isquêmicos:
– Não isquêmicos: nível ideal na junção musculotendinosa do gastrocnêmio. O nível satisfatório situa-se 15cm distal a superfície articular tibial medial. Realiza-se miodese de tensão.
– Isquêmicos: pedículos cutâneos favorecem o lado posterior da perna (melhor irrigação). Técnica do pedículo posterior longo de Burguess. O nível recomendado é mais elevado (10-12,5cm abaixo da superfície articular). Contra indicado miodese de tensão, prefere-se mioplastia.
Pós-operatório (PO): o mesmo para isquêmico e não isqueêmico. Curativo rígido + gesso por 5 a 7 dias.
Desarticulação do joelho
– Excelente coto de sustentação terminal.
– Necessita de grande pedículo: não indicado para isquêmico e idoso.
– – Pedículo anterior longo com ou sem osteotomia das superfícies protusas.
Amputação da coxa (acima do joelho)
Segunda em freqüência. Coto mais longo possível para melhor braço de alavanca da prótese. Distância ideal 9-10 cm proximal ao joelho. Amputação a menos de 5 cm do trocanter menor funcionam como desarticulação do quadril.
– Membro não isquêmico: pedículo cutâneo anterior e posterior iguais, com miodese.
– Membro isquêmico: pedículo cutâneo anterior e posterior iguais, com mioplastia.
PO:
– idoso e isquêmico: curativo macio
– jovem: curativo rígido
Amputação do pé
Desarticulação MF
– Pe diabético: isquemia e/ou osteomielite indicam amputação do halux
– Flape cutâneo plantar mais longo / remoção dos sesamoides no pe insensível
– PO: muletas por 5- 10 dias / sapato com biqueira aberta
Amputação do I ou V raio
– Facilitada com a desarticulação previa do dedo ao nível da MF
– PO: muletas por 5-10 dias
Amputação de raio central
– PO: muletas por 3-4 semanas
Amputação transmetatarsica
– flape plantar longo + flape dorsal curto
– osteotomia entre 1/3 medio e 1/3 distal
– PO: sapato com enchimento
Amputação de Lisfranc
Tarsometatarsica, geralmente evolui para eqüino
Amputação de Chopart
Médiotarsiana, evolui para eqüino varo grave
Amputação de Pirogoff
Talectomia + osteotomia vertical do calcâneo com retirada da porção anterior + rotação 90º da porção posterior + artrodese calcaneotibial com fio de Kirschner.
• Para correção do eqüino, Burguess propôs a divisão do tendão de Aquiles proximal a sua inserção, eliminando a necessidade de reconstrução ou amputação mais proximal
Amputação ao nível do tornozelo
– mais adequada é a de Syme: 0,6 cm proximal a periferia da articulação do tornozelo, através da cúpula do tornozelo centralmente.
– Deve-se realizar perfuração na borda anterior da tíbia para os pontos transosseos do coxim plantar.
– Pode ser insatisfatório quando ocorre migração posterior do coxim calcanhar e esfacelamento da pele resultante da vigorosa apara das dobras cutâneas.
PO e realizado com prótese tipo SACH.
Boyd: talectomia + artrodese calcaneotibial
Técnica de Wagner: Syme em 2 estágios, principalmente para diabéticos:
1) primeiro estágio: desarticulação do tornozelo com preservação da cartilagem articular tibial e maléolos. Realizado sistema sucção/irrigação para instilação de solução antibiótica no interior da ferida. Irrigação ate resolução dos sinais locais e sistêmicos de infecção.
2) segundo estágio (após 6 semanas): realiza-se o restante da técnica