Dispositivo permanente ou transitório utilizado para auxiliar as funções de um membro, órgão ou tecido, evitando deformidades ou sua progressão e/ou compensando insuficiências funcionais. Do grego orthósis, a ação de endireitar, de tornar reto ou retificar. Classificam-se as órteses como:
– Internas ou implantadas: materiais de sutura e de síntese, materiais de osteossíntese, instrumental para estabilização e fusão de vértebras, marca-passo implantado, bomba de infusão implantada etc.
– Externa ou não implantada: bengalas, muletas, coletes, colares cervicais, aparelhos gessados, tutores, andadores, aparelhos auditivos, óculos, lentes de contato, aparelhos ortodônticos, palmilhas etc.
– Implantada total ou parcial por ato cirúrgico ou percutâneo: fixadores externos, stents, drenos, etc.
Prótese
Dispositivo permanente ou transitório que substitui total ou parcialmente um membro, órgão ou tecido. Do grego pró ( “na frente”, “diante de”) ou prós (“junto a”, “sobre”, “próximo”) mais thésis (“colocar”, “acrescentar”). Podem-se classificar como:
– Internas ou implantadas: próteses articulares, coração artificial, válvulas cardíacas, ligamentos artificiais etc.
– Externas ou não implantadas: próteses para membros.
– Implantadas total ou parcialmente por ato cirúrgico ou percutâneo: implantes dentários, pele artificial;
– Estéticas, as que não têm ação funcional: próteses oculares, mamárias e cosméticas de nariz.
Materiais especiais
Além das órteses e próteses, há numerosos implementos utilizados em procedimentos cirúrgicos conexos ou não à implantação de próteses e diagnósticos que são chamados em conjunto de “materiais especiais” e recebem tratamento semelhante, gerando a sigla OPME (órteses, próteses e materiais especiais).
Áreas de utilização
A variedade e as possibilidades de emprego de órteses e próteses na medicina, na fisioterapia e na odontologia vêm experimentando grande e contínuo crescimento. São hoje numerosas as especialidades que empregam próteses. Como exemplos citamos:
Odontologia (órteses e próteses dentárias);
Oftalmologia (lentes de contato [órteses], próteses oculares substitutivas etc.);
Otorrinolaringologia (aparelhos auditivos, próteses de ouvido médio, implantes cocleares etc.);
Está tendo muito discussão sobre o impacto desses materiais no custo da saúde, sendo que os tratamentos estão em constante evolução.
Como ter um equilíbrio? Tem um artigo da FGV (2015) que relata muito bem, pois a mídia e a justiça descreve a atuação do médico, mas os convênios e hospitais também negociam e ganham no processo.
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O Brasil está na 11ª posição no mercado de dispositivos médicos no mundo, movimentando cerca de R$ 7 bilhões de reais em 2012. No sistema de saúde há uma constante preocupação no financiamento dos insumos hospitalares exigindo modelos que impactem de maneira efetiva no custo, no acesso e na gestão da demanda aos serviços hospitalares. Embora, os planos de saúde desenvolvam controles sobre as OPME , as distribuidoras dos produtos médicos exercem, por outro lado, forte ação mercadologia junto a classe médica.
As OPMEs têm, cada vez mais,comprometido os custos da assistência à saúde, correspondendo a aproximadamente 10% do sinistro total das operadoras e em torno 20% do custo em internações, o que demonstra a importância do item na composição dos custos em saúde.
Apesar do alto custo, as órteses e próteses não são vilãs da medicina. São grandes avanços que representam melhoria na qualidade de vida dos pacientes e redução da mortalidade. Desfibriladores e marcapassos, por exemplo, reduzem em 20% a mortalidade quando comparados com o tratamento convencional em pacientes portadores de miocardiopatia com risco de morte súbita. Próteses valvares implantáveis transcateter reduzem significativamente a mortalidade em pacientes com estenose aórtica que não podem ser submetidos a tratamento cirúrgico.
O que fala a justiça sobre os custeios de OPME, a diferença de valores entre o Brasil e Estados Unidos da América e o que é agregado aos valores do OPME no Brasil.
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