O quadril trata-se de uma articulação do tipo esferoide, ou seja, que pode se movimentar em todos os planos, o que confere a ela uma característica peculiar relacionada a sua estabilidade.
Algumas estruturas são responsáveis por essa estabilidade dentre elas o labrum acetabular ou simplesmente lábio do acetábulo. É uma estrutura composta de fibrocartilagem que envolve a articulação quase que na sua totalidade e além de aumentar a estabilidade, promove o que nós chamamos de propriocepção, ou seja, informa ao cérebro qual a posição que a articulação se encontra no espaço sem que precisemos olhar para ela.
Os sinais e sintomas normalmente sentidos por aqueles que apresentam uma lesão labral são variados e podem começar durante a prática desportiva ou não. A dor é o principal, geralmente na parte anterior do quadril ou na região inguinal, e aparece de forma progressiva. Ressaltos, “cliques” ou bloqueios da articulação também podem ser sentidos, porém, são menos frequentes.
Para fazer o diagnóstico o médico deve realizar um exame físico detalhado com algumas manobras específicas que podem alertar para patologia, porém um exame de imagem (Artro-Ressonância Magnética) é fundamental para se estudar o tipo de lesão e programar o tratamento.
Na falha do tratamento conservador pode estar indicado um procedimento cirúrgico chamado artroscopia que consiste na introdução de uma pequena câmera na articulação do quadril seguida de instrumentos maleáveis que podem retirar a parte lesada do lábio acetabular ou repará-lo através de uma sutura ou reinserção dependendo do tipo de lesão apresentada. Durante a artroscopia, a articulação do quadril pode ser completamente examinada a procura de outras lesões que podem estar associadas à lesão labral, como defeitos na cartilagem da articulação, no ligamento da cabeça femoral ou ainda corpos livres soltos. Pode-se ainda realizar a correção do defeito ósseo anatômico que eventualmente está presente e pode ser a causa da lesão.
Após a cirurgia, o paciente deve ficar durante algum tempo utilizando-se de muletas variando de acordo com o procedimento realizado. Imediatamente deve também ser iniciada a reabilitação, baseada em protocolo específico que pode variar de cirurgião para cirurgião. O retorno às atividades normais e ao esporte depende de cada caso, porém está diminuindo graças às novas técnicas empregadas.
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