quadrantes dor quadril

Dor nas nádegas em atletas

quadrantes dor quadril

Quadrante súpero-medial (A)

Lombalgia por lesão músculo-ligamentar

Corresponde a cerca de 97% das lesões agudas na coluna lombossacra em atletas. Causada comumente por contração muscular excêntrica vigorosa, a lesão é comumente próxima à transição miotendínea. A lesão do ligamento ilio-lombar também é causa de lombalgia e dor glútea e simula até distúrbios sacroilíacos.

Radiculopatia

Aproximadamente 90% das compressões radiculares ocorrem no nível de L4-L5 E L5-S1 e são muito bem estudadas por meio da ressonância magnética. Os esportes que exigem movimentos torsionais extremos da coluna lombossacra (ex: tênis, beisebol) apresentam maior número de atletas acometidos.

Dor sacroilíaca >

Fratura por estresse do sacro

Representa de 1% a 20% das lesões no trauma esportivo e frequentemente está relacionada à fraqueza ou fadiga da musculatura local num osso que sofre altas cargas cíclicas. Acomete mais mulheres jovens com alta carga de treinamento, deficiência nutricional e irregularidade no ciclo menstrual. Foi também descrita em soldados do sexo masculino.

Espondilólise/espondilolistese >

Artropatia facetária >

Quadrante súpero-lateral (B)

O distúrbio mais frequente nesse quadrante é a síndrome miofascial que acomete os músculos glúteo máximo e glúteo médio e se caracteriza pela formação de pontos-gatilho dolorosos na massa muscular propriamente ou na inserção fascial. Os pontos-gatilho geralmente estão associados ao trauma agudo ou microtrauma de repetição da musculatura envolvida
e levam à fadiga muscular, o que favorece a formação de mais
pontos-gatilho e gera um círculo vicioso patológico.

Quadrante ínfero-lateral (C)

Lesão dos isquiotibiais >

Síndrome dolorosa do trocanter maior

Definida como a palpação dolorosa do trocanter maior com o paciente em decúbito lateral, envolve vários distúrbios do espaço peritrocantérico do quadril, tais como a bursite trocantérica, a tendinopatia/lesão do glúteo médio e mínimo e o ressalto externo do quadril.

Os pacientes frequentemente queixam-se de dor na região lateral e posterior do trocanter maior, agravada durante a fase de apoio do membro acometido durante a caminhada ou corrida. A associação com lombalgia crônica é bastante frequente.

No exame físico, além da dor à palpação trocantérica, o teste de Trendelenburg pode ser positivo e a dor exacerbada pela abdução do quadril acometido contrarresistência (teste de Beatty).

O diagnóstico é clínico e os exames de imagem podem ser indicados nos pacientes com resposta inadequada ao tratamento. Os mais úteis são o ultrassom (USG) e a ressonância magnética.

O tratamento envolve medicação, fisioterapia e infiltração local de corticoide. É indicado tratamento cirúrgico nos casos refratários, especialmente quando existe ruptura do glúteo médio/mínimo (sutura) ou ressalto externo (alongamento cirúrgico do trato iliotibial).

Síndrome do piriforme >

Impacto isquiofemoral

Alguns autores têm associado à redução do intervalo isquiofemoral com a compressão do músculo quadrado femoral (QF) e o aparecimento de sintomas glúteos. A morfologia feminina, com a pelve larga e rasa, predispõe ao impacto isquiofemoral. Todos os casos descritos na literatura são em mulheres.

Geralmente o diagnóstico clínico é difícil, visto que as queixas são vagas e o exame clínico é impreciso. Os testes descritos para avaliação da síndrome do piriforme podem ser dolorosos, visto que o quadrado femoral é também um rotador externo do quadril. Não há relato de sintomas neurológicos associados ao impacto isquiofemoral. Uma manobra para o impacto isquiofemoral consiste no exame do paciente em decúbito lateral na borda
da mesa de exame, com o lado sintomático para cima. A partir daí, o quadril é estendido, aduzido e são feitos movimentos sucessivos de rotação interna e externa, visando a reproduzir o impacto, com o músculo quadrado femoral tensionado.

A ressonância magnética é fundamental para o diagnóstico e geralmente demonstra alterações no ventre muscular do QF.

O tratamento não cirúrgico é descrito como eficaz e envolve protocolo de exercícios de alongamento, infiltrações com corticoide, neuroestimulação e fisioterapia com ultrassom percutâneo. O tratamento cirúrgico foi descrito apenas em casos secundários a deformidades femorais ou tumores.

Fratura por estresse no ramo isquiopúbico

Trata-se de lesão rara. Evolui com aparecimento insidioso de dor glútea e está associada geralmente à intensificação do ritmo de treinamento. O diagnóstico depende de um alto índice de suspeição. O exame clínico pode demonstrar a pioria da dor na ortostase com apoio monopodal no lado afetado, além de dor no “Hop Test” (salto horizontal unipodal a distância).

Quadrante ínfero-medial (D)

Coccidínia >

Disfunção crônica do assoalho pélvico

Condição que pode estar presente nas mulheres após gestação, em situação pós-trauma pélvico ou em ciclistas. Geralmente ocorre insuficiência dos músculos coccígeo e levantador do ânus – formadores do assoalho pélvico – e do ligamento pubococcígeo.

Na presença dos fatores de risco, a investigação deve incluir uma ressonância magnética do assoalho pélvico, bem como eletroneuromiografia para avaliação da atividade elétrica dos
músculos acima.

O tratamento envolve o fortalecimento e a estabilização do assoalho pélvico.

Lesão do plexo sacral-coccígeo

Rara em atletas. Quando a sintomatologia está presente, deve-
-se suspeitar de compressão extrínseca por neoplasias ou endometriose. A investigação inclui eletroneuromiografia e ressonância magnética da pelve. O atleta deve ser afastado de suas funções até a completa investigação e o adequado tratamento.

q dor glutea
Sintomas presentes e exames para investigar

Principais causas de dores no quadril do atleta >

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