O pé plano do adulto é descrito por uma diminuição do arco interno do pé em resultado de um mau funcionamento ou debilidade do tendão do músculo tibial posterior (TTP). O tendão do músculo tibial posterior é responsável pelo suporte do arco interno do pé e por proporcionar a estabilidade do pé ao caminhar ou ao longo da atividade esportiva.
O tendão tibial posterior ajuda a manter o seu arco (curva plantar) e fornece suporte do pé ao caminhar. Se este tendão tornar-se inflamado, sobrecarregado ou com microfissuras, você pode sentir dor no tornozelo, região interna e gradualmente perder o arco interno na parte inferior do pé, levando ao pé chato.
É uma deformidade progressiva geralmente acompanhada com um processo doloroso, em consequência do estiramento do tendão e ligamentos localizados no arco interno e planta do pé, podendo conduzir à rutura do tendão.
> Diferente dos casos de pé plano na criança ou pé plano fisiológico / flexível
> Desenvolvimento da criança
Sinais de pé chato progressivo
– A dor e inchaço no interior do tornozelo
– Perda do arco e o desenvolvimento de um pé plano
– Desenvolvimento gradual de dor no lado externo do tornozelo ou do pé
– Fraqueza e incapacidade de ficar sobre os dedos dos pés
– Dor no meio do pé, especialmente quando está sob estresse durante a atividade esportiva (sobrecarga)
Existem fatores que podem desencadear todo este processo como é o exemplo da diabetes, o excesso de peso e a hipertensão.
À curto prazo, o tratamento do pé plano do adulto baseia-se no repouso, palmilhas de descarga e reabilitação fisioterápica.
É imprescindível posteriormente corrigir a biomecânica do pé em todos os casos para atingir a longo prazo o êxito no tratamento.
Consegue-se resultados positivos sem ter que recorrer à intervenção cirúrgica. Obviamente, existem casos severos e que são indicados para tratamento cirúrgico mas sempre e após a confirmação do insucesso do tratamento conservador.
As opções cirúrgicas incluem:
– Tenosinovectomia: Neste procedimento, o cirurgião irá limpar (debridar) e remover (retirar) qualquer tecido inflamado em torno do tendão.
– Osteotomia: Este procedimento altera o alinhamento do osso do calcanhar (calcâneo). O cirurgião pode por vezes achar necessário remover uma parte do osso.
– Transferência do tendão: Este procedimento utiliza algumas fibras de outro tendão (por exemplo: o flexor longo dos dedos, o que ajuda a curvar os dedos dos pés) para reparar/ substituir o tendão tibial posterior danificado.
– Alongamento da coluna lateral: Neste procedimento, o cirurgião remove uma pequena peça em forma de cunha de osso a partir do seu quadril ou de um cadáver e coloca-o na parte externa do calcâneo. Isso ajuda a realinhar os ossos e recriar o arco.
– Artrodese: Este procedimento funde um ou mais ossos, eliminando o movimento na articulação. Isto estabiliza a parte posterior e impede a condição de evoluir.
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