Dr. Márcio Silveira: Ortopedista Especialista em Traumatologia Esportiva, Joelho – Adulto e Infantil – e Idoso

Luxação e instabilidade patelofemoral

A instabilidade patelofemoral é decorrente da insuficiência dos mecanismos de estabilização da patela na trócela.

A patela é um osso sesamóide, localizado na região anterior do joelho, sendo articulada com uma região do fêmur chamada de tróclea na qual se encaixa assim que o joelho inicia a flexão. Ela é parte importante do sistema extensor do joelho em conjunto com os tendões patelar e do quadríceps. Sua principal função é o aumento de força de flexão e extensão, trabalhando com uma polia.

 

Sintomas

A instabilidade patelofemoral que causa a luxação da patela é quando este osso se desloca para fora do seu local adequado, frequentemente desencadeado por um trauma, podendo ser isto um episódio único ou em alguns casos pode recidivar. Algumas vezes isto pode se tornar constante, sendo assim firmado o diagnóstico de instabilidade, alguns pacientes inclusive podem evoluir com impotência funcional do joelho.

As luxações e instabilidade patelofemoral são mais comuns em mulheres jovens, explicado pela presença de algumas diferenças anatômicas em relação aos homens. Porém homens jovens também pode apresentar algum episódio de trauma que pode desencadear este problema.

Após a primeira luxação, o joelho apresenta dor intensa com presença de derrame articular. Sendo tratado inicialmente com imobilização e analgesia, necessitando no mínimo um mês para a recuperação funcional do joelho. Após a reabilitação, pode-se reiniciar as atividades físicas, sendo a recuperação variável, podendo ou não apresentar sintomas de instabilidade.

 

instabilidade patelofemoral

 

Diagnóstico de instabilidade patelofemoral

O exame físico é muito importante no diagnóstico da instabilidade patelofemoral, avaliado através da mobilização da patela pelo ortopedista, apresentando ou não apreensão, sensação de que a patela sairá do local.

Os exames de imagens são importantes para avaliar problemas concomitantes e variações anatômicas que podem influenciar o tratamento. Inicialmente são necessários exames radiográficos do joelho, para avaliar o formato e altura da patelar, além da anatomia da tróclea do fêmur. A ressonância magnética é feita para avaliar possíveis lesões de cartilagens e lesão do ligamento patelofemoral medial, que é o principal estabilizador da patela.

 

Tratamento da instabilidade patelofemoral

 

Após o primeiro episódio, o tratamento da instabilidade patelofemoral tem como objetivo a recuperação funcional do joelho, o que normalmente acontece com o tratamento conservador (sem necessidade de cirurgia), com objetivo de ganho de força muscular em região do músculo quadríceps. Após a reabilitação, pode-se retornar as atividades físicas, o que é possível para a maioria dos pacientes. Porém, se após a recuperação, novos episódios de instabilidade ou luxação ocorrerem, o procedimento cirúrgico deverá ser discutido.

 

Dr. Márcio Silveira: Ortopedista Especialista em Traumatologia Esportiva, Joelho - Adulto e Infantil - e Idoso lpfm instabilidade patelofemoral

 

O tratamento cirúrgico inicial optado pelo nosso grupo é a reconstrução do ligamento patelo femoral medial, estrutura a qual tem a função de estabilização da patela, o qual frequentemente rompe-se após o traumatismo inicial. Em situações que estão associados deformidades ósseas, pode ser realizado a osteotomia da tuberosidade anterior da tíbia ou trocleoplastia concomitante.

Dr. Márcio Silveira: Ortopedista Especialista em Traumatologia Esportiva, Joelho - Adulto e Infantil - e Idoso Osteotomia da TAT para realinhar o mecanismo extensor do jelho

 

Para a a reconstrução do ligamento patelofemoral medial, utilizamos um dos tendões flexores do joelho, reconstruindo-o anatomicamente.

A recuperação do pós-operatório inicia-se com o uso de um imobilizador do joelho por duas a quatro semanas, podendo andar com o uso de 2 muletas desde o primeiro dia após a cirurgia e iniciando exercícios para o músculo do quadríceps imediatamente. Após as duas primeiras semanas iniciamos a recuperação da mobilidade do joelho, calma e progressivamente. Temos como objetivo a marcha normal em 45 dias, chegando a flexão de 90º do joelho neste mesmo período.

As atividades físicas serão liberadas progressivamente com o tempo aproximado:

– Bicicleta ergométrica, elíptico, caminhada em esteira –> 2 a 3 meses
– Musculação –> 3 meses
– Corrida de rua e bicicleta –> 3 a 4 meses
– Retorno aos esportes específicos –> 4 a 6 meses

A cirurgia pode apresentar algumas complicações, sendo as mais comuns o hematoma ao redor do joelho e a dificuldade para ganhar mobilidade, sendo este um problema que pode necessitar de uma nova intervenção cirúrgica, sendo avaliada a cada caso. Pode ocorrer a recidiva da luxação ou instabilidade, porém normalmente esta relacionada a um novo trauma.

 

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