A técnica, descrita por Blazina et al em 1973 e baseada em Fritschy et al, resseca a área patológica do tendão e o fragmento do pólo inferior da patela, que muitas vezes tem relação com a afecção.
É realizada através de uma incisão longitudinal infrapatelar, na linha mediana, com abertura do peritendão e ressecção de um fragmento ósseo do polo inferior da patela e do fragmento central degenerado do tendão, em forma de V, que não interferiu com sua inserção distal.
Quando se opta por esta técnica, uma especial atenção deve ser dada à membrana que envolve o tendão (chamada peri-tendão), pois o correto fechamento está ligado ao sucesso da cirurgia. Exige um período de imobilização do joelho e maior tempo para retorno ao esporte, mas tem como grande vantagem a modificação anatômica plena do polo inferior e, se executada corretamente por um cirurgião experiente, tem baixíssimos índices de recidiva.
O tratamento da tendinite patelar (TP) é, geralmente, conservador e a introdução dos exercícios excêntricos para o quadríceps reduziu o número de pacientes que necessitam de cirurgia.
Entre as causas intrínsecas da TP ressaltamos a deficiência no suprimento sanguíneo e a menor elasticidade do segmento proximal do tendão, degeneração secundária ao processo inflamatório crônico nos tecidos adjacentes ao tendão e impacto ósseo durante a flexão, devido ao polo inferior da patela proeminente. Os fatores extrínsecos estão relacionados aos erros no treinamento, às atividades físicas mal orientadas e outras sobrecargas em flexão no cotidiano.
O tratamento cirúrgico é indicado em casos que evoluem com dor e limitação funcional persistente após um período mínimo de seis meses de tratamento conservador bem executado. A presença de alterações estruturais do tendão e o impacto com o polo inferior da patela são fatores relacionados à falha do tratamento conservador.
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