lesao osteocondral

Lesão Osteocondral do Tálus

Uma lesão da cúpula do tálus ou domus talar significa uma lesão da cartilagem e do osso do tálus dentro da articulação do tornozelo. É também chamada de lesão osteocondral do tálus. “Osteo” significa osso e “condral” refere-se a cartilagem.

As lesões da cúpula do tálus são geralmente causadas por uma entorse de tornozelo. Se a cartilagem não recuperar corretamente após a lesão, esta enfraquece com o desenvolver das actividades e pode acabar por quebrar. Por vezes um pequeno fragmento da cartilagem ou de osso danificado poderá ficar “solto” dentro do tornozelo.

Pacientes que apresentam lesões osteocondrais geralmente apresentam dor na articulação envolvida. A dor geralmente piora com a atividade principalmente de impacto. Inchaço da articulação também pode ser um sintoma. Instabilidade, bloqueio ou sensação de travamento, podem ser outros sintomas. Uma história de trauma ou cirurgia na articulação afetada pode ser uma pista que leva ao diagnóstico de lesão osteocondral. Esse problema ocorre com mais frequência na população de atletas mais jovens.

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Sinais e sintomas / Diagnóstico

A menos que se trate de uma lesão extensa, provocada por um traumatismo forte, que afecte várias estruturas, pode levar meses, ou até mais de um ano, para que os sintomas se desenvolvam. Os sinais e sintomas de uma lesão cúpula talar podem incluir:

  • Dor crônica profunda no tornozelo, geralmente piora quando o peso do corpo está sobre o pé (especialmente durante a prática esportiva) e diminui quando está em descanso;
  • Uma sensação ocasional de “clique” ou “prender” no tornozelo ao andar;
  • Episódios de inchaço do tornozelo quando em carga, que desaparecem em repouso.

Uma lesão cúpula do tálus pode ser de difícil diagnóstico, pois o local preciso da dor nem sempre é fácil de identificar. São efetuados radiografias, e, muitas vezes, a ressonância magnética ou outros exames de imagem avançados estão indicados, de modo a avaliar melhor a extensão da lesão.

Tratamentos

Depende da gravidade da lesão. Se a lesão é estável (sem pedaços soltos de cartilagem ou osso dentro da articulação), uma ou maisdas seguintes opções de tratamento não-cirúrgico pode ser considerada:

Imobilização. Dependendo do tipo de lesão, a perna pode ser colocada numa bota ou tala para proteger o tálus. Durante este período de imobilização, exercícios de mobilidade articular, sem aplicar carga podem ser recomendados.

Anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs), tais como o ibuprofeno, podem ser úteis na redução da dor e inflamação.

Fisioterapia. Exercícios de mobilização e fortalecimento são benéficos, desde que a lesão esteja devidamente estabilizada. A fisioterapia também pode incluir técnicas como a eletroterapia para reduzir a dor e inchaço.

Cirurgia caso o tratamento conservador não alivie os sintomas. A cirurgia pode envolver a remoção dos ossos e fragmentos de cartilagem soltos no interior da articulação e restabelecer à articulação um espaço ideal para a cicatrização e cura da lesão.

Artroscopia ou artrotomia, principalmente nas lesões mediais. Podem ser feitas microfraturas, perfurações, curetagens com debridamento nas lesões menores (<1,5 cm ).

Nas lesões soltas, a preferência é por tratamento cirúrgico. Os grandes fragmentos podem ser recolocados em seu leito original e fixados com parafusos absorvíveis, cola de fibrina ou outros. Por via artroscópica ou artrotomia com ou sem osteotomia . Fragmentos pequenos devem ser removidos.

Nas lesões crônicas está indicada curetagem e perfurações do osso subcondral para estímulo e formação de fibrocartilagem, com colocação de membrana estimuladora de formação da cartilagem.

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