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Fratura do tubérculo maior do úmero

A fratura-arrancamento do tubérculo maior do úmero é uma lesão relativamente freqüente, correspondendo a 21% das fraturas do úmero proximal, na maioria das vezes decorrente de uma queda, seguida ou não de uma luxação anterior traumática do ombro.

Na maioria das vezes, a redução da luxação leva à redução da fratura, porém este tubérculo pode permanecer desviado e, nesse caso, vai seguramente causar dor e importante disfunção articular, por ocupar o espaço subacromial.

Mais comum em idades maiores de 40 anos.

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Mecanismo da fratura

Os desvios do fragmento do tubérculo maior para superior e posterior seriam causados pela ação dos rotadores externos e do fragmento diafisário para medial e rotação interna devido à ação dos músculos peitorais e subescapular.

Mecanismo desta lesão: na posição de luxação anterior, o primeiro mecanismo a falhar é dinâmico, fundamentalmente o músculo subescapular, entrando então em ação os mecanismos estéticos anteriores (lábio glenoidal e cápsula articular com seus reforços ligamentares) e posteriores (demais músculos do manguito rotador, especialmente os rotadores externos).
– No jovem, a luxação inicial vai se acompanhar da lesão das estruturas anteriores, o que implica na evolução para uma instabilidade residual.
– no paciente de maior idade, o mecanismo que falha é o posterior, provavelmente por osteoporose, associado a um mecanismo de trauma mais rotacional do que em abdução/rotação externa. A falha deste mecanismo posterior pode se traduzir por uma lesão traumática do manguito rotador, o que é muito raro, ou mais comumente por uma fratura-arrancamento do tubérculo maior, explicando porque é tão incomum a evolução destes pacientes para uma instabilidade residual.

Classificação

O parâmetro de desvio (maior que 1,0 cm ou rotação maior que 45º), para que um fragmento fosse realmente considerado como “uma parte” da fratura.

É classificada como Neer 2 (duas partes).

Tratamento

No caso de pacientes ativos e saudáveis, mais de 10mm de retração posterior ou 5mm de deslocamento superior irão impor a necessidade de RAFI.

Embora seja possível utilizar a fixação por meio de parafusos, especialmente nos pacientes mais jovens, quando o tubérculo constitui um grande fragmento isolado, muitos autores assinalaram que o osso apresenta-se muitas vezes amolecido e fragmentado e preferem usar suturas.

Nos outros casos, pode ser tratado por meio de imobilização por 6 semanas.

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