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Diferenças nas fraturas de crianças e adultos

As fraturas nos adultos e nas crianças não são iguais: isso acontece por uma diferença entra a formação dos ossos, que nos adultos já está consolidada, enquanto nas crianças ainda está em fase de formação. Além disso, outra diferença está no tamanho dos ossos, que é menor nos pacientes pediátricos.

Uma das maiores diferenças entre as fraturas dos adultos e das crianças ocorre pelo fato de as crianças possuírem a placa epifisária, também conhecida como placa do crescimento. Presente nas extremidades dos ossos, ela vai permitir o crescimento dos ossos ao longo da vida.  

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Crianças que sofreram fraturas costumam ter bons resultados, devido à maior capacidade que os ossos têm de se remodelar, e por serem mais elásticos. As fraturas nas crianças são mais comuns nas mãos, no punho, no antebraço, no fêmur, e no cotovelo.

Fratura em torus

Caso a criança se queixe de dor, ou qualquer alteração seja percebida, é importante que os responsáveis levem o paciente ao pronto atendimento, onde um especialista irá analisar o caso e prescreverá o melhor tratamento, de acordo com cada caso.

Diferenças entre o osso da criança e do adulto

São características do osso da criança:

  • Maior elasticidade e porosidade;
  • Periósteo mais resistente (membrana que envolve o osso;
  • Presença das cartilagens de crescimento (local onde o osso cresce).

Fraturas em crianças

Durante as férias escolares, aumentam os acidentes envolvendo crianças. Na maioria das vezes, as quedas são mais recorrentes. Mas, como saber se algum osso foi quebrado, principalmente quando a criança não sabe descrever ao certo o que está sentindo? Geralmente, além do inchaço na área afetada, a criança manifestará uma dor contínua, forte, paralisante. Portanto, é importante que os pais garantam que ela se mova o mínimo possível até que ela receba atendimento médico e uma investigação radiológica possa orientar a conduta de tratamento.

Os tipos mais comuns de fraturas em crianças são:

1. Fraturas incompletas:

a) Em “galho verde” – Neste caso, parte do osso é lascada ou trincada, mas do lado oposto o osso permanece intacto.

É um tipo de fratura incompleta do osso, em que um lado dele permanece íntegro. Este tipo de fratura decorre da maior elasticidade do osso, que lembra o que acontece quando tentamos quebrar um galho verde. Em adultos, a fratura tende a ocorrer de forma similar à quebra de um galho seco, que se parte ao meio;

b) Em “torus” – Quando há compactação por forças compressivas.

Ao invés de se romper de um lado a outro, o que se observa é um “amassado” no osso. O periósseo permanece íntegro. São fraturas muito comuns no punho;

c) Deformação plástica – Nessa situação, as corticais estão íntegras, mas o osso mudou sua curvatura.

2. Fraturas envolvendo a placa fisária (Salter-Harris): Neste caso, são fraturas que envolvem a placa de crescimento e, por isso, têm potencial para comprometer o crescimento da criança;

3. Fratura por avulsão:

Devido à apófise de crescimento do osso, este se torna o ponto mais frágil do conjunto músculo-tendão-osso. Se nos adultos as lesões nos músculos e tendões são mais comuns, nas crianças as avulsões (arranchamento) óssea tendem a acontecer antes que o músculo ou tendão se rompam.

As fraturas são mais comuns em meninos do que em meninas. Os locais mais comuns de fraturas em crianças são o rádio distal, o cotovelo, a clavícula e a tíbia. Há fraturas por estresse repetitivo causadas, inclusive, por movimentos como corrida ou saltos em excesso.

Tratamento das fraturas em crianças

A maior parte das fraturas em crianças tende a ser tratada de forma não cirúrgica. Isso ocorre por diversos motivos:

  • O periósseo, sendo mais espesso e mais elástico, permanece íntegro ou parcialmente íntegro na maior parte das fraturas. Isso ajuda a recuperar o alinhamento adequado dos ossos e, uma vez obtido este bom alinhamento, também auxilia a preservá-lo durante o tratamento;
  • A maior parte das fraturas é simples ou incompleta;
  • O tempo para a fratura “colar” (consolidar) é menor;
  • Em alguns casos, pequenos desalinhamentos podem ser aceitos, pois tendem a ser corrigidos com o crescimento.

Algumas fraturas, porém, exigem tratamento cirúrgico. Por isso, toda fratura deve ser avaliada caso a caso. Fraturas com descolamento epifisário, quando não se consegue um alinhamento satisfatório, precisam ser operadas. Da mesma forma, as fraturas por avulsão também comumente exigem tratamento cirúrgico.

Saiba mais:

Fraturas e lesões epifisárias

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