Coxa profunda

Coxa profunda refere-se a uma cavidade acetabular profunda. Nas radiografias da pelve, é visto como a fossa acetabular medial à linha ilioisquial. Deve ser diferenciado de protrusio acetabuli, onde a cabeça femoral é vista adicionalmente medial à linha ilioisquial (Kohler). Coxa profunda é muito mais comum em mulheres.

Patologia relacionada

Coxa profunda é um achado inespecífico e foi previamente implicado no impacto femoroacetabular do tipo pincer, mas é igualmente provável de ser observado em pacientes assintomáticos.

Protusão acetabular

A protrusão acetabular é caracterizada por deformidade da parede medial do acetábulo com migração progressiva da cabeça femoral para o interior da pelve, causando distúrbios mecânicos, dor e importante limitação funcional da articulação do quadril. Descrita inicialmente por Otto em 1824, como uma deformidade da pelve, caracterizada pela maior profundidade da cavidade cotilóide, devido a seu afundamento. Considerada multifatorial, acredita-se haver uma tendência familiar. Quanto à etiologia é classificada em primária (75,3%) ou secundária (24,7%) e, de acordo
com parâmetros radiológicos em leve, moderada e grave.

Sotelo-Garza e Charnley propõem uma graduação mais elástica feita à distância, medida pelo seu método:
Grau I – 1 a 5 mm (Protrusão leve)
Grau II –– 6 a 15 mm (Protrusão moderada)
Grau III – mais de 15 mm (Protrusão grave)

Tratamento

O tratamento de escolha para a protrusão acetabular foi cirúrgico. Este procedimento é feito quando existe limitação importante dos movimentos acompanhado de dor intensa com o propósito aliviar a dor, reforçar a parede medial, restaurar o centro de rotação e preservar a amplitude do movimento articular. Artroplastia total de quadril com enxerto ósseo picado da cabeça femoral impactado, cimentando o componente acetabular, retardando a carga até total consolidação do enxerto.

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