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Cisto de Baker e Outros Cistos no Joelho

Muitas pessoas com dor no joelho me procuram no consultório preocupadas com o surgimento de um cisto no joelho. Geralmente, são pessoas com mais de 40 anos e com um cisto na parte interna (medial) e de trás (posterior) do joelho. Mas os cistos podem aparecer em pessoas de todas as idades (crianças a idosos) e em outras regiões do joelho, seja na parte da frente (anterior) ou de trás, e na parte interna ou externa (lateral).

O que é um cisto?

O cisto no joelho é como se fosse uma pequena bolsa, de forma arredondada, que acumula líquido. Ele pode crescer e se tornar visível sem a necessidade de nenhum exame (ex.: ultrassom ou ressonância) para identificar sua presença, ou ser descoberto somente por meio de exames de imagem.

Em alguns casos, o cisto pode simplesmente sumir espontaneamente, sem que tenha sido necessário nenhuma espécie de tratamento. Já em outros, o cisto pode crescer muito e incomodar bastante. É bem comum, inclusive, alternar períodos em que o cisto está maior ou menor.

De onde surge o cisto de Baker e outros cistos?

Existem basicamente três tipos de cisto no joelho. O primeiro é o cisto poplíteo, também conhecido como cisto de Baker. Ele é o tipo de cisto mais comum do joelho. Normalmente, localiza-se na parte de trás e interna do joelho, próximo ao músculo gastrocnêmio medial (da panturrilha) e o semimembranoso (outro músculo da perna).

É normal ter o cisto poplíteo, que na maioria das vezes não é palpável, sendo detectado através de exames de imagem buscando outras alterações. Ele pode aumentar de tamanho quando tem doenças que estimulem a formação de líquido dentro do joelho, como traumas e inflamações.

O segundo tipo de cisto é aquele que se origina do menisco. Temos dois meniscos, o medial (da parte interna) e o lateral (da parte externa). O cisto meniscal comumente se origina do menisco lateral, e pode se tornar visível na parte da frente e externa do joelho. Forma-se após uma lesão do menisco provocar um mecanismo de válvula, que não deixa que o líquido sinovial retorne para a articulação.

O terceiro tipo é o cisto sinovial ou gangliônico que se origina nos tendões e ligamentos, achado benigno, sem repercussão clínica.

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Preciso tratar o cisto?

Sim, mas não necessariamente o cisto per se. Nem sempre tratar diretamente o cisto é vantajoso, pois ele pode ressurgir. Assim, na maioria dos casos, o tratamento não é diretamente para o cisto, mas para as doenças que originaram o cisto (ex.: lesão de menisco, artrose, etc.).

O cisto poplíteo não precisa de tratamento, em raros casos que tratando a doença subjacente ele contínua grande.

Por outro lado, há casos em que tratamos diretamente o cisto, o que pode ser feito com injeção de medicamentos dentro do cisto, ou a remoção cirúrgica dele.

As opções devem ser avaliadas para cada paciente em sua individualidade, por isso não se deve levar por regra os relatos que ouvimos de outras pessoas. Ao contrário, deve-se buscar atendimento com o ortopedista especialista para avaliação adequada.

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