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    Marcio R4
    Mestre

    Uma Síndrome Medular pode ocorrer devido uma lesão na medula espinhal, o que incapacita a pessoa em sua movimentação e perde-se a sensibilidade, dependendo do grau em que o paciente sofreu a lesão, podem ser classificados como tetraplégicos ou paraplégicos.

     

    A tetraplegia é classificada quando braços, pernas e troncos paralisam total ou parcialmente, tudo depende da vértebra atingida e do grau da lesão. Já a paraplegia atinge as pernas e o tronco, total ou imparcialmente, além de comprometer as capacidades fisiológicas.

    As causas principais deste tipo de deficiência são acidentes por arma de fogo, quedas, mergulhos em locais rasos, doenças como derrame, esclerose múltipla, tuberculose, como também acidentes automobilísticos.

    As manifestações clínicas dependerão do nível e grau da lesão. Em relação ao grau, as lesões podem ser classificadas como completas e não-completas. Nas lesões completas existe perda sensitiva e paralisia motora total abaixo do nível da lesão devido à interrupção completa dos tratos nervosos. Em uma lesão incompleta estão preservados grupos musculares e áreas sensitivas que não foram afetados.

    Também em relação aos graus da lesão, são identificadas algumas síndromes medulares:

    1) Síndrome centromedular: os membros superiores são mais afetados que os membros inferiores;
    – Lesões que afetam o centro da medula vertebral cervical, principalmente a substância cinzenta central (incluindo os tratos espinotalâmicos, que cruzam), comumente devido a trauma, siringe ou tumores na medula espinhal central
    – Paresias tendendo a ser mais graves nos membros superiores que inferiores e na região sacral
    – Tendência à perda de sensações térmica e dolorosa em uma distribuição de capa, sobre a porção superior do pescoço, ombros e porção superior do tronco, com as sensações tátil fina, proprioceptiva e vibratória relativamente preservadas (dissociação da perda sensorial)

    2) Síndrome Brown-Séquard (rara): apenas um lado da medula é seccionado resultando em perda motora e proprioceptiva homolateral à lesão e perda da sensibilidade térmica e dolorosa contra-lateral à lesão;
    – Lesões que afetam desproporcionalmente a porção anterior da medula vertebral geralmente decorrentes de infarto (p. ex., causado por oclusão da artéria espinal anterior)
    – Disfunção de todos os tratos, exceto os da coluna posterior, poupando, assim, as sensibilidades proprioceptiva e vibratória

    3) Síndrome medular anterior: ocorre perda motora e da sensibilidade térmica e dolorosa estando preservada a propriocepção;
    – Lesões que afetam desproporcionalmente a porção anterior da medula vertebral geralmente decorrentes de infarto (p. ex., causado por oclusão da artéria espinal anterior)
    – Disfunção de todos os tratos, exceto os da coluna posterior, poupando, assim, as sensibilidades proprioceptiva e vibratória

    4) Síndrome medular transversa: lesão acima do cone medular com perda motora (paralisia espástica) e sensitiva completa (anestesia superficial e profunda);
    – Lesões que afetam todos ou a maioria dos tratos da medula espinal em ≥ 1 níveis segmentares
    – Déficits de todas as funções mediadas pela medula vertebral (porque todos os tratos são afetados em algum grau)

    5) Síndrome do cone medular: lesão da medula sacral e das raízes lombares com perda motora (paralisia flácida) e sensitiva dos dermátomos lombossacros correspondentes;
    – Lesões ao redor de L1
    – Paresia distal nas pernas
    – Perda de sensação perianal e perineal (anestesia em sela)
    – Disfunção erétil
    – Retenção urinária, frequência ou incontinência
    – Incontinência fecal
    – Esfíncter anal hipotônico
    – Reflexo bulbocavernoso e da prega anal anormais

    6) Síndrome da cauda equina: lesão de raízes lombossacras abaixo do cone medular com perda motora (paralisia flácida) e sensitiva correspondentes às raízes lesionadas.

    *Ocasionalmente, apenas parte de um lado da medula vertebral se torna disfuncional (síndrome de Brown-Séquard parcial).

    A Lesão medular pode ter causas de origens traumáticas ou não traumáticas. Entre as causas de etiologia traumática, as mais frequentes estão relacionadas a acidentes automobilísticos, ferimentos por armas de fogo, mergulho em águas rasas, acidentes esportivos e quedas. Entre essas causas, os ferimentos penetrantes por arma de fogo produzem lesões graves com perda de substância, fístulas, infecções e meningites. Já as causas das lesões não traumáticas podem estar relacionadas a tumores, infecções, alterações vasculares, malformações e processos degenerativos ou compressivos.

    Traumatismo raquimedular >

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