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Marcado: sistema operacional
- Este tópico contém 0 resposta, 1 voz e foi atualizado pela última vez 02/04/2021 at 19:26 por Marcio R4.
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Marcio R4Mestre
A “Palm Computing Inc.”, nome oficial da empresa, foi fundada em 1992 por Jeff Hawking. No entanto, sua grande guinada começou em 1996 com o lançamento do Palm Pilot, o primeiro PDA a despertar um forte interesse do público. Os assistentes pessoais digitais eram “computadores de bolso” usados para administrar informações pessoais, como calendário, emails, notas e listas – como uma agenda eletrônica turbinada. Embora tenham feito muito sucesso no mundo corporativo, havia também modelos voltados para o consumidor comum.
A linha Pilot impressionou o público pelo preço baixo e pela tecnologia HotSync, que oferecia uma fácil sincronização com computadores via cabo serial. Além dela, a Palm também foi responsável pela introdução de muitas tecnologias avançadas à época. A função Graffiti, por exemplo, reconhecia letras, números e gestos feitos pelo usuário em uma área específica do display, sendo também utilizada pela Apple no computador portátil Newton. A empresa também lançou um dos primeiros PDAs com acesso sem fio à Internet, o Palm VII, e sistemas para smartphones, batizados de PalmOS e WebOS.
Apesar do sucesso logo nos primeiros anos, a história da Palm também foi marcada por desentendimentos e constantes trocas no comando. Em 1995, antes mesmo do Pilot, a empresa foi comprada pela U.S. Robotics Corp. Dois anos depois, passou para as mãos da 3Com, que a manteve como uma subsidiária independente. Mesmo assim, os fundadores da empresa saíram para fundar a Handspring, que viria a criar a linha de smartphones Treo com o PalmOS.
Em 2002, a empresa se dividiu em duas: a PalmSource, responsável pelo desenvolvimento e licenciamento do PalmOS, e a PalmOne, que cuidava do hardware e se fundiu posteriormente com a Handspring. Em maio de 2005, a Palm voltou a se unir em uma única companhia que viria a fabricar os smartphones Palm Treo e Palm Pre.
Três anos mais tarde, já após o lançamento do iPhone, a Palm anunciou o fim da fabricação de PDAs e passou a focar em celulares com o sistema WebOS anunciados na feira de eletrônicos de Las Vegas CES 2009. Apesar das críticas positivas, erros estratégicos, como a exclusividade do Palm Pre para a operadora norte-americana Sprint, selaram o destino da empresa rumo ao fracasso.
Em 2010, a companhia foi comprada pela HP devido ao interesse pelo WebOS, que não durou muito e resultou no seu fim definitivo em meados de 2011. Contudo, no início de 2015, a marca Palm foi licenciada para a chinesa TCL, que também detém direitos dos nomes Alcatel e BlackBerry. Apesar das especulações sobre o possível retorno, nenhum aparelho foi anunciado até agora.
WebOS: A empresa passou a desenvolver um novo sistema operacional baseado em Linux, o WebOS. A plataforma estreou na linha de smartphones Palm Pre, trazendo uma interface muito mais amigável para o uso com o toque, assim como o iPhone, e também um teclado físico para digitação. A plataforma podia rodar aplicativos baseados em HTML, CSS e Javascript.
Após o fraco resultados nas vendas do Palm Pre, o WebOS foi comprado junto com sua desenvolvedora pela HP em 2010. Ainda no mesmo ano, versão 2.0 da plataforma foi lançada junto com o smartphone Palm Pre 2, que tinha especificações robustas para a época: processador de 1 GHz e 512 MB de RAM. Outro diferencial era o suporte do Flash Player 10.1, enquanto a Apple se recusava a incluir reprodutor de mídia no iPhone 4.
O WebOS ainda foi usado em outros produtos como o HP Pre 3 e o TouchPad, já sem o nome da Palm. Diante do mesmo fracasso, a HP anunciou em agosto de 2011 o fim da produção e suporte de todos os dispositivos com a plataforma. Dois anos depois, o time responsável pelo WebOS e toda as suas patentes foram vendidos para a LG, que até hoje utiliza o sistema operacional em sua linha de Smart TVs, não tendo planos evidentes de lançá-lo novamente em smartphones ou tablets.
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