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    Marcio R4
    Mestre

    O trauma vértebro‐medular é uma das situações traumáticas mais devastadoras, responsável por grande mortalidade e morbilidade, incluindo redução da capacidade motora e da sensibilidade e perturbações da função intestinal, urinária e sexual. O impacto desse problema torna‐se maior devido à ausência de terapêuticas satisfatórias para a modificação do estado neurológico desses doentes.

    A patogenia da lesão medular divide‐se em duas fases. A lesão primária ocorre imediatamente, e caracteriza‐se por compressão, contusão ou, raramente, secção completa da medula espinhal. A lesão secundária ocorre ao longo de vários dias e envolve diversos processos, como inflamação, edema, isquemia, hemorragia, desequilíbrios eletrolíticos, libertação de ácido araquidônico, excitotoxicidade pelo glutamato, apoptose e peroxidação lipídica. Esses fenômenos levam à expansão da lesão primária e cavitação da medula. As terapêuticas farmacológicas para o trauma vértebro‐medular têm como objetivo inibir esses processos ou estimular a regeneração da medula.

    A metilprednisolona (MP), usada frequentemente no tratamento da lesão medular aguda, mostrou evidência de benefícios nos estudos National Acute Spinal Cord Injury Survey (NASCIS) II e NASCIS III.

    Consideramos que a padronização recomendada a partir destes estudos deve ser adotada na prática clínica, quando do atendimento do paciente vítima de lesão traumática da coluna vertebral fechada com déficit neurológico associado. Nos pacientes que chegam ao hospital nas primeiras três horas após a lesão, deve-se administrar a metilprednisolona em forma de pulsoterapia: um bolo inicial de 30mg/ kg de peso, seguido por infusão por 24 horas de 5,4mg/kg de peso/hora. Naqueles que chegarem entre três e oito horas após a lesão, faz-se a administração inicial de 30mg/kg de peso e mantendo-se a infusão de 5,4mg/kg de peso/hora por 48 horas.

    É importante salientar que os pacientes que chegam após as primeiras oito horas não devem receber a medicação. Outros critérios de exclusão são: pacientes com lesões abertas (por ferimento por arma de fogo ou arma branca, por exemplo), pacientes com risco de vida iminente, crianças abaixo de 14 anos e mulheres grávidas.

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