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    Marcio R4
    Mestre

    Fase da marcha

    Objetivos mecânicos

    Grupos musculares ativos

    Exemplos

    Fase de apoio

    Contato inicial

    Posicionar o pé, começar a desaceleração

    Dorsiflexores do tornozelo, extensores do quadril, flexores do joelho

    Tibial anterior, glúteo máximo, músculos posteriores da coxa

    Resposta à carga

    Aceitar o peso, estabilizar a pelve, desacelar a massa

    Extensores do joelho, abdutores do quadril, flexores plantares do tornozelo

    Vastos, Glúteo médio, gastrocnêmio, sóleo

    Apoio médio

    Estabilizar o joelho, preservar o momento

    Flexores plantares do tornozelo (isométricos)

    Gastrocnêmio, sóleo

    Apoio terminal

    Acelerar a massa

    Flexores plantares do tornozelo (concêntricos)

    Gastrocnêmio, sóleo

    Pré-balanço

    Preparar para o balanço

    Flexores do quadril

    Iliopsoas, reto da coxa

    Fase de balanço

    Balanço inicial

    Elevar o pé, variar a cadência

    Dorsiflexores do tornozelo, flexores do quadril

    Tibial anterior, iliopsoas, reto da coxa

    Balanço médio

    Elevar o pé

    Dorsiflexores do tornozelo

    Tibial anterior

    Balanço terminal

    Desacelerar a canela, desacelerar a perna, posicionar o pé, preparar para o contato

    Flexores do joelho, extensores do quadril, dorsiflexores do tornozelo, extensores do joelho

    Músculos posteriores da coxa, glúteo máximo, tibial anterior, vastos

     

    Ações musculares na marcha

    Os músculos podem contrair-se concentricamente (encurtando a distância entre a origem e a inserção) para proporcionar força motora; contrair-se excentricamente (alongando a distância entre a origem e a inserção) para desacelerar um segmento resistindo às forças passivas que o movem; ou contrair-se isometricamente (sem alteração na distância entre a origem e a inserção) para atuar como estabilizadores. A atividade muscular principal começa nos 10% finais da fase de oscilação (desaceleração). Os músculos atingem sua atividade máxima logo depois do choque do calcâneo e cedem antes que termine os primeiros 10% da fase de apoio. Na fase de acomodação intermediária e impulso, os músculos da panturrilha são os únicos que têm ação importante. Durante os últimos 10% da fase de apoio, os músculos eretores da coluna e os adutores do quadril também entram em ação, vindo amanifestar sua atividade máxima. Os dorsiflexores do pé (tibial anterior, extensor longo dos dedos e do hálux) contraem-se concentricamente no inicio da fase de oscilação para proporcionar força suficiente para liberar o pé do chão e também mantê-lo em dorsiflexão, proporcionando um espaço adequado entre o pé e o solo até que o joelho atinja um maior grau de flexão. Eles se contraem de novo no final da fase de oscilação e nos primeiros 10% da fase de apoio para proporcionar um apoio controlado e gradual da superfície plantar no solo. Também no inicio da fase de apoio, o músculo tibial posterior contrai-se, levando o pé em varo. À medida que o peso sobre o pé se desloca para a frente, até a região médio-társica, os fibulares contraem-se, enquanto o tibial posterior se relaxa, e o pé começa a entrar em valgo, transferindo o suporte do peso da face lateral para medial da região plantar. Imediatamente após o aplanamento do pé, o tríceps sural (gastrocnêmio e sóleo)começa a contrair-se excentricamente, alongando-se para estabilizar a tíbia e permitir a extensão do joelho. Em direção ao fim da fase de apoio médio, ele passa a contrair-se concentricamente, mudando o tornozelo da posição de 10o de dorsiflexão para a posição neutra. Sua contração dá então inicio à fase de impulso, com a elevação do calcanhar, que ocorre juntamente com uma nova inversão da subtalar. No final do impulso, acrescenta-se a flexão dos artelhos, sobretudo do hálux, com o flexor longo dos dedos e o flexor longo do hálux reforçando a força necessária para o desprendimento do pé. No final da fase de balanço (desaceleração), o quadríceps já se apresenta ativo, permanecendo assim por todo o inicio da fase de apoio (impacto calcâneo e aplanamento do pé), quando se encontra contraído excentricamente, estando alongado para permitir a flexão do joelho até que o pé se torne aplanado ao solo. Na fase de acomodação intermediária, o quadríceps não está agindo. No impacto do calcâneo, estão ativos os grupos musculares que equilibram a pelve e suportam o tronco (glúteo médio, mínimo, máximo, eretor da coluna e tensor da fáscia lata). Eles se contraem excentricamente, alongando-se e permitindo a pelve cair 5o para baixo. É a contração do glúteo máximo que evita a queda da pelve para a frente, no sentido da locomoção. Os abdutores do quadril (glúteos médio e mínimo) predominam no inicio da fase de apoio, enquanto os adutores (adutor longo, curto, magno, pectíneo e grácil) são mais atuantes no final da fase de apoio e inicio da oscilação.

    Os músculos utilizados durantes os períodos do fim da fase de apoio e inicio da oscilação, nos quais ocorre aceleração do movimento, são chamados músculos aceleradores do quadril, consistindo de 3 flexores (iliopsoas, sartório e tensor da fáscia lata) e 2 adutores (adutores longo e magno).O grupo de músculos desaceleradores consiste do grácil, semimembranáceo, semitendíneo e bíceps femoral.

    Ações musculares durante a corrida

    • Reto femoral e vastos: inicio de ação no final do balanço até o médio apoio. Atuam no preparo para o contato com o solo e a absorção do impacto. No médio balanço, com a flexão do joelho, o reto femoral volta a disparar, para restringir o movimento posterior da perna.
    • Glúteo máximo: realiza a extensão do quadril na segunda metade do balanço e na primeira metade do apoio.
    • Isquiotibiais: promovem a desaceleração da perna durante a extensão do joelho antes do contato inicial.
    • Sóleo: atividade na primeira metade do apoio e atua na absorção de potência do membro inferior e do tronco. Na segunda metade do apoio, gera potência, contribuindo, juntamente com os gastrocnêmios, para a propulsão do corpo.
    • Tibial anterior: mantém a dorsiflexão durante o balanço e posiciona o pé para o contato inicial, atuando, também, na desaceleração do antepé após tal contato.

    Resumo de marcha normal >

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