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Marcado: marcha
- Este tópico contém 0 resposta, 1 voz e foi atualizado pela última vez 09/04/2021 at 21:01 por Marcio R4.
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Marcio R4Mestre
Fase da marcha
Objetivos mecânicos
Grupos musculares ativos
Exemplos
Fase de apoio Contato inicial
Posicionar o pé, começar a desaceleração
Dorsiflexores do tornozelo, extensores do quadril, flexores do joelho
Tibial anterior, glúteo máximo, músculos posteriores da coxa
Resposta à carga
Aceitar o peso, estabilizar a pelve, desacelar a massa
Extensores do joelho, abdutores do quadril, flexores plantares do tornozelo
Vastos, Glúteo médio, gastrocnêmio, sóleo
Apoio médio
Estabilizar o joelho, preservar o momento
Flexores plantares do tornozelo (isométricos)
Gastrocnêmio, sóleo
Apoio terminal
Acelerar a massa
Flexores plantares do tornozelo (concêntricos)
Gastrocnêmio, sóleo
Pré-balanço
Preparar para o balanço
Flexores do quadril
Iliopsoas, reto da coxa
Fase de balanço Balanço inicial
Elevar o pé, variar a cadência
Dorsiflexores do tornozelo, flexores do quadril
Tibial anterior, iliopsoas, reto da coxa
Balanço médio
Elevar o pé
Dorsiflexores do tornozelo
Tibial anterior
Balanço terminal
Desacelerar a canela, desacelerar a perna, posicionar o pé, preparar para o contato
Flexores do joelho, extensores do quadril, dorsiflexores do tornozelo, extensores do joelho
Músculos posteriores da coxa, glúteo máximo, tibial anterior, vastos
Ações musculares na marcha
Os músculos podem contrair-se concentricamente (encurtando a distância entre a origem e a inserção) para proporcionar força motora; contrair-se excentricamente (alongando a distância entre a origem e a inserção) para desacelerar um segmento resistindo às forças passivas que o movem; ou contrair-se isometricamente (sem alteração na distância entre a origem e a inserção) para atuar como estabilizadores. A atividade muscular principal começa nos 10% finais da fase de oscilação (desaceleração). Os músculos atingem sua atividade máxima logo depois do choque do calcâneo e cedem antes que termine os primeiros 10% da fase de apoio. Na fase de acomodação intermediária e impulso, os músculos da panturrilha são os únicos que têm ação importante. Durante os últimos 10% da fase de apoio, os músculos eretores da coluna e os adutores do quadril também entram em ação, vindo amanifestar sua atividade máxima. Os dorsiflexores do pé (tibial anterior, extensor longo dos dedos e do hálux) contraem-se concentricamente no inicio da fase de oscilação para proporcionar força suficiente para liberar o pé do chão e também mantê-lo em dorsiflexão, proporcionando um espaço adequado entre o pé e o solo até que o joelho atinja um maior grau de flexão. Eles se contraem de novo no final da fase de oscilação e nos primeiros 10% da fase de apoio para proporcionar um apoio controlado e gradual da superfície plantar no solo. Também no inicio da fase de apoio, o músculo tibial posterior contrai-se, levando o pé em varo. À medida que o peso sobre o pé se desloca para a frente, até a região médio-társica, os fibulares contraem-se, enquanto o tibial posterior se relaxa, e o pé começa a entrar em valgo, transferindo o suporte do peso da face lateral para medial da região plantar. Imediatamente após o aplanamento do pé, o tríceps sural (gastrocnêmio e sóleo)começa a contrair-se excentricamente, alongando-se para estabilizar a tíbia e permitir a extensão do joelho. Em direção ao fim da fase de apoio médio, ele passa a contrair-se concentricamente, mudando o tornozelo da posição de 10o de dorsiflexão para a posição neutra. Sua contração dá então inicio à fase de impulso, com a elevação do calcanhar, que ocorre juntamente com uma nova inversão da subtalar. No final do impulso, acrescenta-se a flexão dos artelhos, sobretudo do hálux, com o flexor longo dos dedos e o flexor longo do hálux reforçando a força necessária para o desprendimento do pé. No final da fase de balanço (desaceleração), o quadríceps já se apresenta ativo, permanecendo assim por todo o inicio da fase de apoio (impacto calcâneo e aplanamento do pé), quando se encontra contraído excentricamente, estando alongado para permitir a flexão do joelho até que o pé se torne aplanado ao solo. Na fase de acomodação intermediária, o quadríceps não está agindo. No impacto do calcâneo, estão ativos os grupos musculares que equilibram a pelve e suportam o tronco (glúteo médio, mínimo, máximo, eretor da coluna e tensor da fáscia lata). Eles se contraem excentricamente, alongando-se e permitindo a pelve cair 5o para baixo. É a contração do glúteo máximo que evita a queda da pelve para a frente, no sentido da locomoção. Os abdutores do quadril (glúteos médio e mínimo) predominam no inicio da fase de apoio, enquanto os adutores (adutor longo, curto, magno, pectíneo e grácil) são mais atuantes no final da fase de apoio e inicio da oscilação.
Os músculos utilizados durantes os períodos do fim da fase de apoio e inicio da oscilação, nos quais ocorre aceleração do movimento, são chamados músculos aceleradores do quadril, consistindo de 3 flexores (iliopsoas, sartório e tensor da fáscia lata) e 2 adutores (adutores longo e magno).O grupo de músculos desaceleradores consiste do grácil, semimembranáceo, semitendíneo e bíceps femoral.
Ações musculares durante a corrida
- Reto femoral e vastos: inicio de ação no final do balanço até o médio apoio. Atuam no preparo para o contato com o solo e a absorção do impacto. No médio balanço, com a flexão do joelho, o reto femoral volta a disparar, para restringir o movimento posterior da perna.
- Glúteo máximo: realiza a extensão do quadril na segunda metade do balanço e na primeira metade do apoio.
- Isquiotibiais: promovem a desaceleração da perna durante a extensão do joelho antes do contato inicial.
- Sóleo: atividade na primeira metade do apoio e atua na absorção de potência do membro inferior e do tronco. Na segunda metade do apoio, gera potência, contribuindo, juntamente com os gastrocnêmios, para a propulsão do corpo.
- Tibial anterior: mantém a dorsiflexão durante o balanço e posiciona o pé para o contato inicial, atuando, também, na desaceleração do antepé após tal contato.
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