Definição: O termo epicondilite descreve um padrão de dor nos epicôndilos medial ou lateral do cotovelo. Mais comum na 4ª década. Homem = Mulher. Lateral-Medial: 7:1. Alteração inflamatória é frequente, mas predominam as alterações degenerativas.
Fisiopatologia: Na epicondilite lateral, o extensor radial curto do carpo (ERCC) está sempre envolvido, enquanto o extensor radial longo do carpo (ERLC) pode estar também lesionado.
Fatores: Repetição; Trabalhadores com intensa atividade do punho; Causas psicossociais (LER).
Alta taxa de fator reumatóide (31%) e HLA-B27 (38%).
Elementos necessários à epicondilite lateral (EL): Hiperplasia fibroblástica, hiperplasia vascular, produção anormal de colágeno; Atividades repetidas dão origem ao tecido angiofibroblástico.
Estágios:
- Primeiro Estágio: Reação inflamatória, sem alteração patológica, com a cura do tendão;
- Segundo estágio: Alterações patológicas como tendinose ou alteração angiofibroblástica;
- Terceiro estágio: Tendinose com falha tendínea e degeneração intensa;
- Quarto estágio:Fibrose e calcificação (em geral resposta ao uso de corticóide).
Exame físico:
- Teste de Thomsem = Teste de Mill: dorsiflexão ativa contra-resistência com o cotovelo estendido;
- Teste de Cozen: Dorsiflexão do punho contra resistência com o cotovelo em 90º e o antebraço pronado;
- Teste da cadeira: Elevação de um objeto com o antebraço pronado e o punho em flexão palmar;
- Pode ocorrer dor à flexão resistida do 3º dedo (teste de Mauldsley), como na síndrome do nervo interósseo posterior (NIP) (simultânea em 5% dos pacientes).
Tratamento: Inicialmente é conservador. Se não houver sucesso após tratamento por 6-12 meses, está indicada a remoção dos tecidos anormais cirurgicamente, pela Cirurgia de Nirschl modificada.