Pronação dolorosa
2M:1H.
Cotovelo esquerdo: 70%.
6 meses – 6 anos (pico aos 2-3 anos).
Recorrência: 5-30%.
Raro após 7 anos
– meninas 65%
– esquerdo em 70%
– recorrência 5-39%
A estabilidade primária da articulação radioulnar proximal é conferida pelo ligamento anular, localizado próximo da cabeça radial dentro da incisura radial da ulna proximal.
Mecanismo de lesão
Força de tração longitudinal sobre o cotovelo estendido é a causa. Mais amplamente aceito que o antebraço precisa estar em pronação para a lesão ocorrer.
– antebraço pronado com cotovelo em extensão: tração distal é aplicada no punho da criança
– hipermobilidade: fator predisponente
História de súbita tração longitudinal, com um estalido audível. História de puxão ausente em 33-50%. Derrame é raro. Avaliar neurovascular.
Quadro clínico
– história típica de criança puxada pelo antebraço
– manutenção do membro estendido e em pronação com dor à palpação da cabeça do rádio
– flexão ou supinação provoca dor
Avaliação radiológica
Não é necessário RX se houver história clássica, a criança tiver menos de 5 anos e exame clinico for conclusivo.
– RX AP e perfil. Desvio lateral > 3mm da cabeça radial em relação ao capitelo (25% dos casos).
– USG
Diagnóstico diferencial
Artrite séptica em fase inicial, fratura proximal do rádio.
Tratamento
Redução fechada (antebraço em supinação, com pressão do polegar sobre a cabeça radial, o cotovelo é então trazido para a flexão máxima com o antebraço ainda em supinação.
– Supinação com polegar na cabeça do rádio seguida de hiperflexão
– Não é necessário imobilizar
– Alguns autores descreveram redução com hiperpronação que pode ser usada se supinação falhar
Complicações
Subluxação cronicamente não-reduzida, recorrência (5-39%, mas em geral cessa após os 5 anos, quando o ligamento anular se fortalece -> tratamento é igual ao da primeira luxação), subluxação irredutível.