Dor na região do púbis. Pubalgia do atleta é um termo que se refere a dor inquinal crônica na área do púbis, bi ou unilateral, não desencadeada por cirurgia anteriormente ou hérnia inquinal. Termo para se referir a doença é sinfisite crônica.
Epidemiologia
Prevalência no sexo feminino 5-2.
3° e 4° década de vida
Futebol, corredores, tenistas, hóquei
Quadro clínico
Dor na linha media, inicio insidioso e progressivo, irradiação para baixo abdômen, região perineal e adutores, dor ao apoio mono-podálico
Historia
Ausência de episódio ou evento relacionado com o início dos sintomas.
Alta intensidade de exercícios, corridas e corridas de “tiro”.
Atividade de chute como fatores agravantes da sintomatologia.
Diagnóstico diferencial
O principal diagnóstico diferencial é hérnia inguinal 50%
– Prostatite, orquite, infecção urinária, uretrite, adenopatias, fraturas de estresse, dor irradiada da coluna ou quadril, neuralgia ílio-inquinal, osteomielite púbica.
Exames para diferenciar: Urina I, espermocultura, hemograma, VHS, US região inquinal (hérnias inguinais)
Exame físico
Inspeção: semi-flexão do tronco
Palpação: dolorosa na região do baixo abdômen, sínfise púbica e adutores
Amplitude articular: adução dos MMII limitada devido a dor
Testes especiais: dor no apoio monopodálico, adução contra resistência dolorosa, flexão e adução simultânea com dor na região da sínfise púbica.
Exames subsidiários
Radiografia:
– Rarefação óssea com separação da sínfise
– Sinais de artrose como cistos e esclerose
– Reparo ósseo formado a partir do periósteo
– Deslocamento vertical entre os ossos
– -o deslocamento da sínfise é melhor visualizado com incidência flamingo (apoio bipodálico, em seguida, faz apoio monopodálico direito e esquerdo)
RNM: padrão ouro
– Presença de processo inflamatório na sínfise púbica. Comprometimento da articulação.
– Esclerose subcondral bilateral
– Reabsorção e irregularidade
– Osteofitose
– Aumento espaço na sínfise
– Extrusão superior do disco
– – Caracteriza o processo de artrose
Mecanismo de lesão
Lesão da sínfise púbica associada com um desequilíbrio biomecânico das forças que atuam na cintura pélvica e quadris. Perda do sincronismo adutores e abdominais. São forças que determinam sobrecarga no local e cisalhamento entre os ossos púbicos.
Tratamento
Não cirúrgico:
– AINE, Fisioterapia, infiltração (Max 3 infiltrações)
– FST: alongmento dos adutores e abdominal
Cirurgia:
– Falha do tratamento consevador
– Tratamento consiste no debridamento da articulação, preservando o ligamento inferior e o ligamento arqueado. Em seguida, faz-se a liberação dos adutores na sua origem.