– O 1º reimplante ocorreu em 1962
– No Brasil ocorreu em 1965
– Zumiotti em 1978, focou não so o reimplante e sim a função do mesmo
Definição
É o procedimento cirúrgico realizado nos caos de amputação total ou parcial, onde há necessidade de se realizar anastomose de artérias e veias sem as quais não haveria viabilidade para o membro
Revascularizacao é o termo usado nas amputações parciais aonde a anastomose arterial é indispensável, mas há algumas veias integras que são suficientes para restabelecer um retorno venoso adequado
Classificação
Nível da amputação:
– braço e 2/3 proximais do antebraço
– 1/3 distal do antebraço e mão
dedos
Quanto mais proximais forem as amputações, piores são os resultados, pois nestas regiões as lesões nervosas são mais proximais, a grande quantidade de massa muscular suporta menos o tempo de isquemia, geralmente são traumas graves, avulsões.
Já as amputações quanto mais distais melhor, são os resultados do ponto funcional, geralmente são amputacoes por agentes cortantes, as lesões nervosas são mais distas e a massa muscular é menor
Tipos de lesão:
– Cortocontusas: predomina a lesão cortante (lâmina, serra)
– Por esmagamento: são as de maior gravidade (prensa)
– Por avulsão: levam a lesões teciduais mais difusas e distantes do nível de amputação
Tempo de isquemia:
– Quanto menor o tempo, principalmente nas amputações proximais, melhor é o resultado
Amputações proximais: nas amputações normotermicas não devem exceder seis horas, sendo o tempo aumentado para 10 a 12 horas com o resfriamento do membro
Amputações distais: nas amputações normotermicas o tempo não deve exceder 8 horas, sendo prolongado por até 18 horas com o resfriamento do seguimento amputado
Indicações
Ira depender de alguns fatores:
– Nível da amputação
– Tipo de lesão
– Número de partes amputadas
– Tempo de isquemia
– Idade do paciente
– Profissão do paciente
– Doenças associadas
– Alterações psiquiátricas
Indicação absoluta:
– Braço, antebraço, mão e polegar
– Dedos nas amputações, principalmente múltiplas, da zona III (entre a MF e a IFD)
– Amputação isolada de dedos tem indicação relativa
Nas amputações distais a inserção do flexor superficial, os resultados são muito bons, estando indicados nas lesões isoladas
Nas lesões cortocontusas os prognósticos são melhores, porém devemos avaliar o reimplante no esmagamento e avulsão em alguns casos
Contra-indicações
– Lesões associadas extensas
– Doença sistêmica grave
– Anestesia de alto risco
– Lesões graves por esmagamento ou avulsões
– Tempo de isquemia prolongado
– Alterações psiquiátricas
– Comorbidades
– Gravidade da lesão
– – Lesões segmentares em múltiplos níveis
– – Esmagamento grave
– – Avulsão
– – Contaminação grosseira
– Nível da amputação
– – Dedo único, proximal à inserção do flexor curto e pela IFP
– – Dedo fica rígido e atrapalha movimento da mão
– Isquemia quente:
– – Proximal ao punho: 6-8 horas -> lesão renal com mioglobinúria, acidose e hipercalemia
– Deformidade prévia
Medidas pré-operatórias
– A extremidade amputada deve ser conservada ao redor de 4º C
– Avaliar previamente a área lesada para ver a indicação do reimplante
– Sangramento do coto: deve ser controlado com pressão
Procedimento operatório
Ordem de reparo: dedo, mão e braço
– 1º: Encurtamento e fixação óssea
– 2º: Reparo dos tendões extensores
– 3º: Reparo dos tendões flexores
– 4º: Reparo arterial
– 5º: Reparo de nervos
– 6º: Reparo de veias
– 7º: Fechamento ou cobertura do ferimento
Reparo tendíneo:
– Flexores: deve ser feito antes da anastomose para fazer reparo de profundo para superficial
Cuidados pós-operatórios
– Membro elevado, curativos diários
– Analgésicos, ATB e aspirina
– Heparina e Dextran
– O membro deve ser imobilizado para evitar contraturas e posicao vicosas dos membros
– Mobilização passiva o mais precoce possível e ativa em três semanas