Próteses ortopédicas

A escolha de usar uma prótese irá depender dos objetivos de cada um. Faça as seguintes perguntas: quais atividades você irá fazer no seu dia a dia com a prótese? Você irá correr ou praticar algum esporte?

Enfim, basicamente pense no que você fazia antes da perda do membro, pois hoje com o desenvolvimento de próteses cada vez mais tecnológicas você poderá fazer qualquer coisa com a sua prótese. E converse com a sua equipe que o está acompanhando no seu processo de reabilitação para orientá-lo a um dispositivo que o ajudará a atingir seus objetivos.

Fatores que influenciam na escolha de uma prótese e tempo de adaptação 

tipos de amputacoes
amputação

Tipo de amputação

O tipo de amputação irá influenciar no tempo de adaptação às próteses ortopédicas, pois tem muito a ver com o tamanho do coto. De uma amputação que resultou num coto longo, por exemplo, a fixação da prótese irá ocorrer de uma maneira mais fácil.

Agora em cotos curtos, o encaixe é um pouco mais complicado, mas não impossível, consegue-se fazer e irá demandar um tempo de adaptação maior por parte do paciente.

Idade do paciente

A idade de quem vai utilizar a prótese influencia e muito, pois com o tempo há uma diminuição no número de fibras musculares em nosso corpo e isso faz com que nós tenhamos uma perda progressiva na massa muscular gerando um desgaste maior nas articulações que começa a doer.

Então, no momento da avaliação do paciente com o técnico em próteses, a idade é levada em conta onde é indicado a prótese mais apropriada. 

Sensibilidade do coto

Ponto importantíssimo na vida após a amputação e o que você precisa saber com relação a adaptação às próteses ortopédicas é com relação ao estado em que se encontra o coto. Isso determina o tempo de adaptação às próteses.

Um coto bem cicatrizado leva a pessoa a se adaptar mais rápido a protetização, diferente se o paciente estiver com um coto infeccionado ou inflamado. 

Níveis K

A classificação K de atividade do amputado, é um sistema internacional que foi desenvolvido para auxiliar os profissionais a identificar o grau de atividade ao qual o paciente se encontra.

Conheça agora os níveis K:

Nível K1

Tem a capacidade ou potencial de usar uma prótese para transferências ou deambulação em superfícies planas com cadência fixa. Típico do deambulador doméstico limitado.

Nível K2

Tem a capacidade ou potencial para deambulação com habilidade de atravessar barreiras ambientais de baixo nível, como meiofio, escadas ou superfícies irregulares. Típico do deambulador limitado da comunidade

Nível K3

Tem a capacidade ou potencial para deambulação com cadência variável. Típico do deambulador de comunidade que tem a habilidade de atravessar a maioria das barreiras ambientais e que pode ter atividade vocacional, terapêutica ou de exercício que exija a utilização protética além da simples locomoção.

Nível K4

Tem capacidade ou potencial para deambulação protética que excede as habilidades de deambulação básica, exibindo alto impacto, estresse ou níveis de energia. Típico das exigências protéticas da criança, adulto ativo ou atleta.

Como funciona uma prótese ortopédica

A prótese é uma extensão do seu corpo. Ela servirá como uma ferramenta para te auxiliar a desempenhar suas atividades do dia a dia após a perda de um membro. E a prótese é personalizada para cada pessoa pois depende das habilidades físicas de cada um, nível de amputação, necessidades e objetivos.

As próteses de membro superior terão como componentes principais: “dispositivo terminal” como uma mão, um gancho ou uma ferramenta especializada. O foco principal das próteses de membros superiores é o aprimoramento funcional.

Já as próteses de membros inferiores, têm como componentes principais joelho, pé, encaixe e outros acessórios em geral para montagem da prótese e se concentram no andar ou correr, no caso das próteses com lâminas de corrida.

Tempo médio para iniciar a protetização

Em média entre 45 a 60 dias após a amputação, pode se iniciar a protetização, isso se o paciente não tiver tido nenhum outro trauma no corpo. 

Algumas pessoas podem levar um pouco mais de tempo, em torno de 3 meses. Porém antes de fazer a sua prótese, procure o seu médico para que ele possa te liberar a usar a prótese. 

O processo de reabilitação e preparação para protetização começa logo após a cirugia com fisioterapia ou terapia ocupacional. Você aprende a se mover com uma cadeira de rodas, andador ou muletas e se exercita e se alonga para evitar contraturas. Esses exercícios o mantêm o mais móvel possível e o preparam para vestir e usar sua prótese. 

Retorno ao que costumava fazer antes da amputação e uso da prótese

O seu novo normal irá depender do nível de amputação, processo de reabilitação. No primeiro ano terá algumas mudanças na forma e no tamanho do seu coto e você irá trabalhando com a sua equipe para ir fazendo os ajustes necessários principalmente no encaixe da prótese. Seu corpo também precisará reaprender atividades, coordenação, marcha e equilíbrio. Você continuará a melhorar com tempo e esforço.

No início da utilização de uma prótese, você pode sentir um desconforto, dor e isso é esperado. Então seja o mais específico possível com seu protesista para que ele possa ir fazendo os ajustes para que cesse a dor, desconforto. 

Quanto tempo dura uma prótese?

Em média uma prótese pode durar de meses a anos, tudo irá depender do seu nível de atividade, crescimento, idade. 

Nos estágios iniciais após a perda do membro, muitas mudanças ocorrem no membro residual causando o encolhimento do mesmo. Isso implicará na troca do encaixe e obtenção de um novo Liner .

Se o seu nível de atividade aumentar ou você quiser fazer mais atividades pode ser necessário alterar o dispositivo ou alguns de seus componentes.

É difícil usar uma prótese?

Tempo, esforço, determinação e paciência. São alguns dos elementos que você irá precisar desenvolver em você quando estiver dando os primeiros passos com a sua prótese. Mas não se preocupe. Após adquirir a sua prótese você irá receber todo treinamento necessário sobre como usar e cuidar de uma prótese.

O indicado também é que além de fazer o treinamento oferecido pela clínica que forneceu a prótese a você, busque trabalhar com um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional na sua casa ou em outro consultório.

A prótese pode quebrar?

Sim, a sua prótese pode precisar de reparo ou substituição, por isso fique de olho nas garantias. Ao menor sinal de danos na sua prótese, procure o seu técnico, não deixe para depois ou tente arrumar por conta própria.

Esperar para consertar sua prótese não só prejudicará seu membro residual, mas também outras partes do corpo. Problemas não resolvidos também afetarão sua postura e o desempenho do dispositivo.

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Última modificação porMarcio R4
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