Lesões por pressão ou úlcera de decúbito

As feridas resultantes de pressão, conhecidas como Lesões por Pressão, são lesões resultantes da pressão entre proeminências ósseas sobre partes moles em uma superfície dura, o que leva à isquemia local e à falta de nutrientes, acarretando necrose tecidual, o que constitui importante problema de saúde pública.

A denominação desse tipo de lesão tem passado por mudanças ao longo do tempo. Inicialmente, eram chamadas de úlceras de decúbito, feridas de deúbito, úlceras de acamado, escaras, escaras de decúbito, úlceras de pressão e úlceras por pressão. Em abril de 2016, o National Pressure Injury Advisory Panel (NPIAP) anunciou a mudança da terminologia úlcera por pressão para lesão por pressão. De acordo com os especialistas participantes do Consenso do NPIAP, a adoção do termo lesão por pressão foi justificada por descrever de forma mais precisa esse tipo de lesão, tanto na pele intacta quanto na ulcerada.

Causas

As lesões por pressão são um grave problema para pessoas que apresentem qualquer condição que limite sua capacidade de mudar de posição seja por fatores situacionais, intrínsecos ou extrínsecos. Essa condição normalmente acomete pacientes acamados, idosos e cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida. Qualquer pessoa que passe muito tempo em uma única posição, sem alívio da pressão sobre a parte pressionada da superfície corpórea, apresenta risco para desenvolver uma lesão por pressão.

A natureza do tecido, bem como suas estruturas de suporte, isto é, vasos sanguíneos, fluido intersticial e colágeno, irão determinar a tolerância do tecido à pressão que podem levar a um processo isquêmico local. Além do mais, outros fatores como nutrição, perfusão, comorbidades e condição do tecido mole, irão contribuir para a formação de lesão por pressão.

Fatores de risco

Alguns pacientes estão mais suscetíveis à ocorrência de lesões por pressão, seja por apresentarem idade avançada, baixo peso corporal, obesidade e imunidade deficiente, condições que incrementam esse risco. Idade avançada e baixa imunidade favorecem a fragilidade da pele, o que a torna mais propensa a danos. No baixo peso corporal, há déficit de tecidos como músculos e gordura, que funcionam como amortecedores e ajudam a distribuir a pressão sob as proeminências ósseas e diminuem a pressão exercida sobre a pele. Em pacientes obesos há sobrecarga de pressão sobre estas proeminências, o que acelera o dano tecidual.

Observa-se uma predominância das lesões por pressão na região posterior, visto que, a maioria dos pacientes permanece em posição supina ou decúbito dorsal (deitado de barriga para cima). As áreas mais afetadas são normalmente as regiões isquiática, sacroccígea e calcânea e, também as regiões laterais como trocantérica e maléolos laterais.

pontos de lesao por pressao

Tratamento

As principais recomendações descritas para evitar lesões por pressão decorrentes do uso de EPI’s, são os cuidados com a pele, como hidratação, aplicação de produtos protetores que permitam a vedação do equipamento de proteção individual e diminuam a intensidade da  pressão.

Cicatrização de ferimentos
Última modificação porMarcio R4
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