Lesões distais nos dedos da mão

Anatomia

Vascularização de extremidade distal é formada por um sistema proveniente de um sistema anastomótico entre as duas artérias colaterais;
– A conexão é observada junto à inserção do tendão na falange distal;
– Drenagem venosa é basicamente volar;
– Interação é feita basicamente por ramos dos nervos colaterais que se ramificam ao nível da articulação interfalangiana distal;
– Complexo ungueal: hiponíquia, paroníquia, eponíquia, unha e leito ungueal.

Classificação das amputações distais

Divisão em quatro níveis didaticamente:

Zona I: não há exposição óssea, com pequena perda de substância local, sendo a cicatrização por segunda intenção a melhor conduta;

Zona II: a lesão passa pelo leito ungueal com fratura da tuberosidade falângica, existe a possibilidade de evoluir com deformidade ungueal em garra, caso não seja reparada adequadamente, a técnica de reposição mais retalho poderá ser utilizada;

Zona III: ocorrerão deformidades e problema de crescimento ungueal, a técnica de reposição mais retalho poderá ser utilizada, bem como reimplante, mas certamente a este nível anastomose venosa dificilmente terá condições de ser feita;

Zona IV: próxima a interlinha articular o reimplante poderá ser indicado, dependendo das condições gerais do paciente, do mecanismo de trauma, da conservação e do estado do segmento amputado.

Métodos de reconstrução

Perda de substância cutânea volar:

Retalho de Tranquilli-Leali: descrito em 35, foi popularizado por Astoy. Tem avanço médio de 0,5cm. É planejado um retalho de forma triangular, palmar, sobre a flange distal, com o vértice ao nível da prega de flexão da articulação IFD, fazendo-se deslocamento e avanço ficando o retalho com uma agulha hipodérmica ou pontos de fio não absorvível.

Retalho de Hueston: perdas de substâncias laterais e oblíquas. É um retalho em “L”, com incisão longitudinal na borda lateral do dedo, seguida por incisão transversa ao nível da prega de flexão permitindo a rotação e a cobertura da lesão. A zona doadora, em forma de triângulo, poderá ser coberta por enxerto de pele ou cicatrização espontânea;

Retalho em ilha unipediculado: Joshi em 74, descreveu um retalho em ilha dorsolateral para cobertura da PDS da polpa digital. De marca-se uma ilha de pele volar próxima da PDS. Identificação e dissecção do pedículo por incisão lateral, ou em ziguezague tipo Brunner, ate a prega proximal da articulação metacarpofalangeana. Poder-se-á ganhar até 2cm. A pele doadora é coberta com enxerto de pele total ou parcial.

Retalho de Kutler: descrito em 47 consiste de 2 retalhos laterais e triangulares , simétricos, suturados na linha média para amputações transversais. A incisão desses não deve se estender além da prega distal da articulação IFD. O descolamento, com posterior tração, avançará os retalhos sobre a parte amputada, com a sutura sendo realizada na linha média . O defeito na área doadora é fechado em forma de “Y”.

Perda de substância cutânea dorsal

Retalho de Hueston: idem;

Retalho Homodigital desepidermizado: vascularizado por ramos dorsais das artérias colaterais. A pele é desepidermizada, expondo o tecido celular subcutâneo, que é seccionado proximalmente e girado em 180 graus, para cobrir a perda de substância, com posterior enxertia de pele

Lesão ou perda de substância no leito ungueal

Lesão por esmagamento e flexão: Há avulsão proximal da unha associada ou não à fratura da falange distal ou deslocamento tipo Salter Harris I. Deverá ser reparada a lesão com fio 6 ou 7, a fratura necessita de redução anatômica e a fixação da unha poderá ser feita com fio inabsorvível.

Lesão do leito ungueal e fratura da falange distal: a lesão do leito ungueal deverá ser reparada com fio absorvível, a fratura poderá ser fixada com FK, e quando a unha for inutilizável para a reparação deveremos utilizar uma lamina de silicone.

Perda de substância do leito ungueal: as perdas de substancia do leito ungueal, nas mais freqüentes, são da extremidade distal, que esta mais sujeita a traumatismos. Shepard descreveu utilização de enxerto extremamente fino do próprio leito ungueal retirado à lamina de bisturi e fixado com fio absorvível 6 ou 7.

Amputações distais

Classicamente o reimplante é a melhor opção, quando tecnicamente possível. Na zona IV existe unanimidade de que os resultados do reimplante são superiores a qualquer tipo de reconstrução. Nas zonas II e III a dificuldade técnica de anastomose arterial ou venosa tronam o reimplante de difícil execução, sendo a opção de retalho e enxerto de resultados satisfatórios.

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Última modificação porMarcio R4
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