– Nascimento: 10-15º de varo
– 14 meses: neutro
– Fisiológico: > 10º bilateral após os 18 meses
– Maioria dos casos é fisiológico
– História familiar é comum
– Geralmente varo bilateral com hálux para dentro: avaliar marcha, geralmente é normal
– Algumas vezes: doença de Blount (tíbia vara infantil)
Exames de imagem
RX:
– Geralmente não diferencia Blount de varo fisiológico antes dos 15 meses
– Importante se:
– – > 15 meses
– – Deformidades > 20º
– – Thrust lateral do joelho à marcha
– – – Característico de varo patológico
– < percentil 20 de altura
– Suspeita de doença osteometabólica
– RX é feito com paciente em pé com patela apontada para frente
Ângulo meta-diafisário
Não é diagnóstico: ajuda a diferenciar estágio I de Blount de fisiológico
– Se < 10º: 95% é fisiológico
– > 16º: 95% é Blount
– Entre 10-16: segmento de 1 a 2 anos: se progressão Blount
Razão entre ângulo M-D do fêmur / tíbia
– Se > 1: varo proporcionado entre o fêmur e tíbia e o remodelamento deve ocorrer
– Se < 1: provavelmente doença de Blount
Varo fisiológico
Fatores de risco:
– Deambuladores precoces antes de 1 ano
– Historia familiar
– Genu varo simétrico mais comum
– Associado a rotação interna do membro e frouxidão ligamentar
O varo fisiológico pode persistir até 2 anos e meio. A deformidade é dividida em todo membro inferior, tanto no fêmur, como na tíbia proximal e distal.
Diagnóstico diferencail: Tibia vara de Blount, Doenças osteometabolicas, Displasias ósseas; Sequelas de fratura e infecção, Acondroplasia
na progressão irá involuir no fisiológico e progredir no Blount
– No fisiológico a deformidade é em todo membro
– O ângulo metafisio-diafisário normalmente é menor que 10º
– Pode ser calculado também a relação entre o ângulo metafisiodiafisário do femur em relação a tibia que será maior ou igual a 1 denotando que a deformidade é tanto no femur quanto na tibia
– Não sera possível ver alteração na epífise medial da tibia como no Blount
– Avaliar a presença de outras deformidades como ocorrem nas displasias ósseas
– Avaliar estatura
Radiografia ajuda a diferenciação com raquitismo e doenças endócrinas, onde podemos encontrar alargamento da metáfises, osteopenia
Solicitar cálcio e fósforo no sangue e urina
Na históriam averiguar alterações alimentares e história familiar de outras patologias.
Diagnóstico diferencial
Fisiológico
– Varo com distribuição difusa no fêmur e na tíbia
– Evolução: resolve com o crescimento
Patológico
– Doença de Blount (tíbia vara infantil): não é fácil na criança muito pequena
– – Alterações de Langenskiöld: diagnósticos
– – Nem sempre visível antes dos 2 a 3 anos de idade
– – Varo concentrado na tíbia proximal
Doença osteometabólica
– Raquitismo: a mais provável de ter início na criança que engatinha
– – Mais frequentemente o hipofosfatêmico ligado ao X
– – Crianças são pequenas com altura < 10 percentil
– – Fises devem aparecer anormalmente largas com metáfises “flared out” e ao redor da fise em forma de trompeta
– – Densidade óssea reduzida com cortical pouco definida entre a diáfise e metáfise
Displasias esqueléticas
– Condroplasia metafisária (Tipo Schmid e McKusick) apresentam-se com varo e baixa estatura em uma criança que parece normal
– – Altura < 5º percentil
– – Fises aparecem normais e densidade óssea normal
– Acondroplasia: geralmente apresenta varo no joelho com fíbula alongada
– Pseudoacondroplasia: também terão estatura baixa e frouxidão ligamentar
– Displasia fibrocartilaginosa focal: muito rara
– – Unilateral e progressiva
– – Pode correr na tíbia proximal ou fêmur distal
– – Lesão fibroblástica com tecido cartilaginoso
– – Produz angulação aguda abaixo da metáfise
Tratamento
No fisiológico: não usa órtese, hemiepifisiodese se persistir, seguimento 4-6 meses.
Nos demais, de acordo com a patologia acometida.