Fratura do navicular
– Tibial posterior pode interpor
– Geralmente associada a outras lesões articulares
Três tipos de lesão
Avulsão cortical
– Traumatismo torcional com lesão anterior do deltóide
– Tratamento: bota gessada para marcha por 6 semanas
– Se > 20-30% do osso: cirurgia
Fratura da tuberosidade
– Lesão em eversão com tendão tibial posterior sendo arrancado
– Se associada a esmagamento do cubóide: pode indicar luxação ou subluxação oculta da Lisfranc
– Tratamento: bota gessada para marcha
– Se desvio proximal > 1 cm: cirurgia
Fraturas do corpo
– Associada a outras lesões mediotarsais
– Sem desvio: bota gessada
– Desvidadas: tratamento cirúrgico
Fratura do cubóide
– Lesão mais comum: efeito quebra-nozes
– Se impacção mínima: bota gessada
– Se perda do comprimento ou alinhamento da coluna lateral: evolução com disfunção ao redor da calcaneocuboídea e do tendão fibular longo
– RC + FI ou artrodese primária
Fratura proximal do 5º metatarso
Classificação de Dameron, Lawrence & Botte
Zona I: compreende a articulação tarso metatársica
– 90% das fraturas
– Avulsão pela corda lateral da aponeurose plantar. Tamanho variável.Pouco deslocada e estável. Avaliar tornozelo.
– Tratamento conservador com analgesia e imobilização com gesso ou sintomático c/ carga com solado rígido 6-8 semanas
– Fratura intra-articular desviada opta-se por redução abeta + FI
Zona II: fratura na junção metáfise-diáfise
– Área de 1,5 cm entre a Zona I e a Zona III. Metafisiodiafisária em adução do pé por tensão lateral
– Também chamada de fratura de Jones
– tratamento igual à da zona I, mas com consolidação mais lenta; ou carga com bota 6 semanas + proteção
– cirurgia se desvio > 5 mm
Zona III: mais freqüentemente causada por estresse em atletas
– tratamento conservador ruim pelo tempo prolongado de consolidação
– Mais relacionadas a pseudoartrose
– Geralmente de indicação cirúrgica ou gesso por 3 meses
# do Bailarino – Espiral e rotação em pé fletido. Tratamento sintomático c/ carga com solado rígido 6-8 semanas
Indicações de cirurgia
– Pseudo-artroses sintomáticas na zona 3: Desbridamento + enxertia + compressão c/ parafuso de tração 3.5mm.
– Articulares com desvio com fio K. Obs: Se muito cominutiva = tto conservador
Fratura do 1° metatarsal
Definição
Perda da arquitetura óssea habitual do 1° metatarsal assim como sua capacidade de desempenhar sua função.
Anatomia / fisiopatologia
Inserções do tibial anterior (plantar medial) e do fibular longo (plantar lateral).
– TA eleva e o FL flexiona.
Não existe conexão entre os dois primeiros MTTs, portanto é provável que qualquer desvio da fratura seja instável.
Mecanismo de trauma
Trauma direto: queda de objeto sobre o antepé.
Indireto: rotação do corpo com os artelhos fixos mais relacionado aos MTTs intermediários.
Quadro clínico
Dor, inchaço e impotência funcional.
– Inchaço significativo e retesamento de partes moles deve levar a suspeita de síndrome compartimental.
Imagem
Radiografia: AP e P com carga
Classificação
OTA descreve o padrão, mas não relaciona com o tratamento, 81 A extra-articular, B parcialmente articular e em cunha da diáfise, C articulares ou diafisárias mais complexas.
Diagnóstico diferencial
Lesão de Lisfrank, contusões, entorses e fraturas do antepé.
Tratamento
Radiografias com carga e a possibilidade de deslocar a fratura manualmente mostra instabilidade que exigi fixação.
– Fratura isolada e estável -> bota gessada 4 a 6 semanas pé na posição plantígrada (pcte em decúbito ventral com joelho fletido).
– Fraturas instáveis simples da diáfise: FK percutâneo ou RAFI com parafusos (2,7mm).
– Fraturas instáveis transversas opção é placa e parafuso.
– Fraturas graves -> fixação externa (ossos intactos do mediopé e falange).
– – Se houver dúvida da estabilidade da tarso-MTT, deverá ser fixada com parafuso 3,5mm.
– Fraturas da cabeça e colo reduzidas anatomicamente e fixadas com FK.
Pós-operatório
Apoio a partir de 8 a 10 semanas.
Placa tarso-metatarsal retirada com 6 meses.
Complicações
Consolidação viciosa;
Pseudartrose;
Artrose;
Metatarsalgia.