Definição
A lombar é a mais acometida no esporte
Principalmente na transição toraco-lombar
Epidemiologia
– 40% lesões cardiopulmonares
– 20% abdominais
– 10-50% crânio e ossos longos
– 20% outras fraturas na coluna
– De todos os pacientes com lesao neurológica, 40% são da coluna torácica.
– Das cervicais, 40% tem déficit neurológico.
– Das torácicas (20%)
– As mais frequentes da coluna (89%).
– Distribuição ao longo da coluna muda (2/3 na coluna toracolombar): 50% T12, 50% L1, 47% TORÁCICA, 42% NA LOMBAR
Etiologia
Traumas automotivos tem aumentado incidência.
Classificação de Denis
3 colunas
Classificação de Magel e Getsbein
OTA
A: compressão: aumento da angulação dos processos espinhosos, esmagamento anterior
A1: impactada
A2: splint (separação)
A3: explosão: cominuição – complexo póstero-lateral está integro
B: distração e alongamento extensão posterior ou anterior
B1: distração-flexão (só lesão ligamentar)
B2: distração-flexão (inclui Chance B.2.1)
B3: espondilólise
C: torque rotacional
C1: compressão e rotação
C2: distração e rotação
C3: cizalhamento e rotação (fx oblíqua pelo corpo vertebral)
SLICE FRACTURE DE HOLDSWORTH (C3.1) = fragmento cizalhado próximo a placa terminal
Classificação da severidade do Trauma Toracolombar (TLICS)
O sistema Thoracolombar Injury Classification and Severity Score (TLICS) leva em consideração o exame neurológico do paciente, o mecanismo de lesão (morfologia da fratura) e a integridade do complexo ligamentar posterior, para derivar um escore numérico para uma determinada lesão.
Diagnóstico
Distância maior que 7 cm entre os processos espinhosos, e porque há alguma lesão.
Quadro clínico
Dor moderada a intensa, geralmente pós-trauma
Déficit neurológico nos mmii
Cuidado no transporte
Associação calcâneo-coluna-plato
Exame físico
– Sentido crânio-caudal, completo neurológico
– Sensibilidade vibratória
– Sensibilidade perianal
– Reflexo bulbo-cavernoso: 99% volta em até 48h, mas pode voltar até 72h
– Choque medular: lesão neuromotora total, sem reflexo bulbo-cavernoso
– Lesão medular incompleta: quando abaixo do nível está normal, ou há poupança sacral
– Nível de lesão: segmento mais caudal que está normal
– Reflexos tendinosos profundos ocorrem no corno anterior da medula:
Bíceps c5, estilorrad c6, tríceps c7, patelar L4 e aquileu S1
TESTES DE Neurônio MOTOR superior: Abdominal t8-t12, cremastérico aferente L1 eferente T12 -> se ausente, nms, se assimétrico: nmi
– Babinski e Oppenheim: todos de neurônio motor superior, se presentes
– 3-5% fraturas múltiplas da coluna
Exames de imagem
Rx perfil: canal vertebral, processos espinhoso
Inconscientes: rx coluna ap e p total, para não passar lesões despercebidas
Posição do nadador: vê lesões entre C7-T3
Pode ainda colocar peso.
TC E RNM substituiu mielografia
RNM: partes moles, tirar dúvidas
Tratamento
Tratamento conservador pode ser feito nas fraturas (fx) b2.1, com fratura de duas colunas
A: conservador
B: cirúrgico, mas pode ser conservador (CHANCE)
C: cirúrgico
OBJETIVOS: restaurar anatomia e função, recuperação do déficit e dor, reabilitação precoce.
Fx isoladas do processo transverso, processo espinhoso e pars interarticulares, tem sido consideradas lesões menores.
Cirurgia depende do local, tipo da fx, cirurgião e recursos
Fx torácica e lombar geralmente são não cirúrgicas (órtese, fisio)
Indicações cirúrgicas: Abertas, déficit neurológico, risco de lesão neurológica por instabilidade
A: conservador se menos de 50% de acunhamento ou menos de 30º de cifose, sem déficit neurológico -> Órteses 6-12 semanas -> O que melhor imobiliza é o colete de Jewett. Se cirurgia, abordagem anterior tem maior morbidade, mas biomecanicamente e melhor.
B: cirúrgicas: todas menos Chance. Via preferencialmente posterior, anterior se compressão do canal acima de 50% e tiver que reconstruir parte anterior do corpo vertebral.
C: cirúrgico é o mais indicado, preferido redução e fixação cirúrgica associado a artrodese. Anterior isolada contra-indicada, pois há muita lesão dos ligamentos posteriores, que não resolve somente por anterior. Tem que reconstruir anterior e posterior. Pode fazer uma via única, se for posterolateral, senão tem que fazer duas.
Não existe consenso no tratamento das fraturas toracolombar.