Biomecânica do quadril

Forças que atuam no quadril

– Força dos abdutores deve ser igual ao momento do peso: alavanca do peso / dos abdutores = 2.5:1
– Alavanca dos abdutores:
– – componente horizontal e vertical com orientação de 30º com relação ao plano vertical
– Peso: força age verticalmente -> centro de gravidade: parede anterior de S2
– – Posterior ao centro de rotação do quadril -> Atuam torcendo a haste posteriormente
– Bengala contralateral: reduz força na articulação
– – reduz momento de força do peso corpóreo, que reduz a necessidade de contração dos abdutores

Estabilidade rotacional da prótese

– Forças de torção: papel significativo na soltura dos componentes femorais
– Estabilidade pode ser aumentada proximalmente e distalmente
– – Aumento da largura da porção proximal, especialmente nas próteses sem cimento
– – Porção distal com secção transversa retangular no manto de cimento: melhor do que as redondas
– Cortes longitudinais e porosidade extendida aumentam a fixação distal nas não cimentadas

– Momentos rotacionais sobre o eixo do implante
– – Galante: carga dirigida longitudinalmente e posteriormente, em combinação, são as mais críticas para gerar fratura da haste.
– – Maior parte das fraturas ocorre anterolateral
– Charnely: força dirigida posteriormente que ocorre quando o quadril é fletido, resulta em retroversão da haste e tem papel na soltura do componente femoral

Pressão

– Marcha: maior pressão ocorre na superfície ântero-superior da cabeça femoral (domo acetabular)
– Ao levantar da posição sentada: força 3x maior do que ao andar no ápice da cabeça femoral e na borda posterossuperior do acetábulo

– Diâmetro da cabeça e colo
– – Se cabeça pequena, colo aproxima-se ao tamanho da cabeça: aumento do impacto
– – Atualmente polietileno cobre o equador das próteses para manter maior ADM

– Picos de pressão
– – Entre o toque do tornozelo e início da fase de balanço
– – Relacionado a força de reação do solo e musculatura abdutora, respectivamente
– – Carga maior (5,5 Megapascal) ocorre na superfície femoral ântero-superior (domo acetabular)
– – Levantar da cadeira: triplica pressão (9-15 MPa) na porção posterossuperior do acetábulo

– Forças articulares são reduzidas com:
– – Centro de rotação medial, inferior e anterior
– – Lateralização do trocanter maior: aumenta o braço de alavanca dos abdutores

Alterações na anatomia articular

– Afetam a força e capacidade geradora de momento dos músculos
– Habilidade mecânica dos abdutores é afetada por:
– – Lateralização do trocanter maior: melhora a vantagem mecânica dos abdutores
– – Ângulo do colo
– – – Varo:
– – – aumenta a vantagem mecânica dos abdutores
– – – reduz a força de contato articular
– – – aumenta a estabilidade
– – – aumenta o momento de inclinação do fêmur proximal –> prótese precisa resistir a essa força
– – – Valgo: melhores resultados
– – – reduz o momento de inclinação do fêmur proximal
– – – aumenta força de reação articular
– – Comprimento do colo
– – – Maior: aumenta o momento de inclinação do fêmur proximal (ruim)
– – – associado a maior força dos abdutores e adutores (aumento do offset)
– – – Menor: reduz o momento de inclinação do fêmur proximal
– – – aumenta força de reação articular
– – Centro de rotação
– – – Medial, inferior e anterior: reduz força sobre a articulação
– – – Melhora a capacidade geradora de momento dos abdutores
– – – Traz o centro do quadril mais próximo à linha de ação da força de reação pé-chão, reduzindo o momento externo que é necessário para balancear as forças musculares
– – – Superior, lateral e posterior: ocorre a maior força na articulação
– – – Superior: reduz a capacidade geradora de momento dos adutores, abdutores e flexores por reduzir comprimento muscular e braço de alavanca
– – – Maior taxa de soltura

Adaptação à marcha

– Marcha em Trendelenburg:
– – evita estresse nos abdutores por trocar o peso sobre os centros de rotação dos quadris
– – reduz a necessidade dos abdutores para o balanço

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Última modificação porMarcio R4
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